sábado, 25 de dezembro de 2010

Salvador - avanços na linguagem

Acho esse post sobre a avanços na linguagem sempre haverá após as nossas viagens. Esse intensivão família-amigos-lugares diferentes é bastante poderoso, ele volta sempre tagarela, falando até com sotaque!

Quando estávamos nadando ou correndo pela praia, ele falava cada coisa engraçada! Vejam que fofo:

- Aleluia!!! (Não sei com quem ele aprendeu, mas para uma mãe nada ligada em espiritualidade e em religião, dá um frio na barriga).

- Vou migulhá no bacalhau!!! (No início, eu fiquei sem saber onde ele aprendeu a falar bacalhau, mas depois vi que é parte de uma música - "A cozinheira lá de casa, fez uma comida especial, arroz, feijao e bacalhau". Não sei quem ensinou, só sei que ele aprendeu..rs).

- Onda, vem pra mim!!! (fofo!).

- A praia tá cheia de cocô!!!! Mãmãe, cadê o meu cocô amarelinho!!! (Momento vergonha: ele fez cocô na fralda e como não tinha lixo na praia, tive que jogar no mar. Eca! Já tava com uma super vergonha, quando lança uma dessa!).

- Mamãe, não estou mais chateado! (Chegou na praia de mau humor, irritado com a temperatura da água, um pouco fria. Depois, foi acostumando e lançou essa frase fofa).

Frases menos tarzanicas e sotaque baiano:

- Mamãe, quero ir pra casa mesmo. (Já em SP tinha começado a usar esse termo, mas aqui era toda hora).

- Ô minha mãe! ô minha avó, venha cá! (Sotaque baiano comendo no centro).

- Mamãe, o que aconteceu com a televisão? Não sei...(Aprendeu a falar não sei, e toda hora dava um jeito de perguntar coisas e ele mesmo responder não sei, na sequência).

- Mamãe, a lua de Papai Noel é barulhenta. A casa de papai noel é aqui? A casa de papai noel é na lua?

- Mãe, quem é seu pai? (As vezes, se referia ao avó, como "seu pai", no caso, o meu pai).

- Mãe, você ainda tá chateada? (Depois de eu ter dado um carão, por uma das suas traquinagens. Fiquei calada, distraida, mas ele ainda se sentindo culpado, lançou essa).

- Tia Patola, você tá chateada com Enetinho? (Achou que Patola tinha dado um bronca).

Alguns causos:

Minha mãe pegou minha sapatilha emprestada para ir ao shopping, sem minha autorização. Na volta, eu nem tinha percebido, mas quando ele viu (no momento em que peruava a nossa conversa), começou a pedir: - Vovó, tila, tila!!!! E nós ainda não estávamos entendendo. Foi quando ele começou a apontar para o sapato. Minha mãe tirou e deu para ele. Prontamente ele me devolve: - Tó, mãe! Fofo, sabe proteger o patrimônio da mamãe, até porque o pé de minha mãe tem a capacidade de desbeiçar qualquer sapato.

Na voltamos para Sampa, pela Azul, e ele se comportou bem no avião. No ônibus de Campinas para São Paulo, já estava entediado e começou a cantar alto, rolando um momento vergonha engraçado. Olha o jeito que ele cantava essa música, alto e em bom som, no ônibus:

Olha o camaleão, olha o rabo dele,
Segura esse nego, senão ele cai,
Meu caximbo era de rola de samulai.

Ainda bem que ele gostou da música Marinheiro Só, pois só assim consegui que ele mudasse o repertório. Graças!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Salvador - Guga imerso na baianidade


Confesso que estava com preguiça de escrever sobre as férias em Salvador. Foram muitas emoçõoooes!

O tempo colaborou, já que fez sol na maioria dos dias, com exceção de uns dois dias. Por outro lado, o calor que nos levar à praia e permite a maioria dos passeios, muitas vezes faz com que tudo que se faça fique muito mais cansativo.

Bem, a nossa rotina girou basicamente na ida à praia e ao clube e às visita aos parente e amigos. Mas praia e piscina são disparados os prediletos do meu bichinho.
Frequentamos bastante a Associação Atlética da Bahia, um clube que somos sócios e que recentemente foi reinaugurado. Piscina é mais prático que praia. Suja menos, é mais fresco. Foi uma alternativa ótima e Guga adorou, tanto a piscina rasa quanto a funda. Viva as boinhas! Virei fã!


Outro ponto forte da viagem, eu não canso de dizer, é o contato intenso com a minha família. Todos amam ele e ele ama todos. Pegou bastante afeição por minha mãe, tanto é que quando ela sumia das suas vistas, ele perguntava: - Cadê a vó? Depois, com o passar dias, já tinha incorporado o sotaque baiano. Ai o jeito era outro: - Cadê minha vó?


Meu pai e ele também ficaram num xodó, só! Ele adorava pegar no umbigo bizarro do meu pai, adorava brincar na casa dele, ignorando o calor que beirava uma sauna. O auge foi o dia em que meu pai estava tendo aula de pilates e Guga quis participar ativamente. Meu pai ria e ele também se esbaldava, repetindo as orientações do meu primo Rodrigo, fisioterapeuta, e também subindo na pancinha do vovô, ajudando a atrapalhar a sessão. Tudo isso regado a muita risada de todos.




Esse ano eu busquei mais contato com amigas que não via fazia muito tempo, como por exemplo, Dani Teixeira. Tivemos um dia super agradável no Iate Clube de Salvador, um lugar lindo, pois a piscina faz fronteira com o mar. Coisa linda mesmo. Guga logo se espantou: - Mamãe, o que ser esse mar? Aquela paisagem despertou a sua imaginação: - Mamãe, cadê a casa de Papai Noel? Ontá Mamãe do Céu? (alguém falou sobre essa entidade, e por questões óbvias, eu fiquei sem saber o que dizer). Lua e estrelas viram tema da conversa, pois ficamos lá até o anoitecer. Foi ótimo!


Logo nos primeiros dias fomos para Praia do Forte com Patola e Ernestinho, filho dela de 3 anos. Procuramos um local com piscinas naturais (lá é o que não falta) e fizemos a festa. Logo logo outra criança se juntou a nós e ai eles brincaram pra caramba. Na volta da praia, fomos até o Projeto Tamar para tomar banho de água doce, almoça e depois ver as tartarugas. De fato, tudo isso aconteceu, mas de forma pouco tranquila, pelo menos para mim.



No caminho do Projeto Tamar, eu já estava com fome (urrando!), o sol tava de lascar e Guga querendo correr pela areia quente, se sujando todo, ou querendo colo, me matando de cansaço. No banho de água doce ele fez vários cocôs no chuveiro público. Momento vergonha e trabalheira. O almoço demorou e não estava bom. Guga com toda energia para brincar e fugir do restaurante em direção às tartarugas. Alegria para ele e cansaço para a mamãe aqui. 40 graus de sol e calor. Finalmente fomos até o reservatório dos bichos e ele amou! Ernestinho também! Mas eu e Patola já estávamos exaustas, querendo voltar. Quando chegamos ao carro, tinha sido rebocado. Estacionamos em lugar proibido! Enfim, até resolver tudo, pagar multa e tudo mais, já eram quase 18 hrs. Porém, mesmo com todo cansaço, Guga adorou e até hoje fala da praia do forte!

O nosso reveillon foi bastante caseiro, justamente como eu queria. Não tava disposta a enfrentar trânsito e multidão com Guga, ainda mais que ele certamente estaria dormindo, ou querendo dormir. Patola e Ernestinho vieram para nossa casa e eles brincaram bastante. Demos banho e vestimos branco nos nossos meninos, para que eles seguisse a nossa tradição. Dormiram tranquilos e nós terminamos a noite vendo os fogos, desejando o melhor para 2011 e falando da vida. Sem stress e com muita amizade, como diz Elaine.



No mais, visitamos Mary e Gui, ele tomou banho de piscina na laje, fomos para a pracinha e muita, muita praia. O meu peixinho ficou tanto na água nesse verão que teve Otite. Então, nos 4 últimos dias, ficamos de molho em casa. A sorte é que a dor não parecia ser tão forte, pelo menos ele aguentava brincar e tal. O chato é que para que ele melhorasse, tivemos que dar antibiótico. Mas é isso aí! Pelo menos ele aprendeu a migulhá.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Salvador - pinceladas

A minha casquinhagem, aliada á inércia que me impediu de ter comprado as passagens com antecedência, me fizeram viajar de Azul, que sai do aeroporto de Viracopos. Se não tivesse com Guga, teria sido tranquilo. Mas com ele, fiquei meio arrependida, por dois motivos: é preciso muita antecedência para dar tudo certo com o horário do vôo e o ônibus até o aeroporto pode ser um problema, se não conseguirmos uma cadeira para cada um - justamente o que aconteceu.
Então, Gustavo no auge da sua agitação, gritava, com todo mundo dormindo:
- Como podelei viver!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ou
- Mamãe, quelo ir pa MINHA casa!!!!!!!!!!.
Além disso, já bastante consciente das coisas da vida, lançou o clássico:
- Já chegamos? (Detalhe: 15 minutos após o ônibus dar a partida).
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No aeroporto foi mais tranquilo, pois tinha espaço para ele correr. Era eu indo atrás e ele percorrendo cada um dos portões de embarque, gritando alto quem era do dono de cada letra:
- G, é meu, Mamãe! É fechadinho!!!
- E, é da Nani!!! É da mamãe!!!
- A é do papai!!!
Ele fez bastante amizades e se encantou com uma menina, chamada Jenifer. No início, ele só a chamava de menininha, mesmo sabendo o seu nome. Depois arriscou um Diniter, deixei rolar. Nos separamos durante o vôo, mas no final ele começou a choramingar, pedindo para revê-la. O reencontro rendeu até fotos, tiradas pela mãe dela.
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Chegamos e apesar da euforia por rever Tio Mima e Vovó Zil, dormiu exausto no carro. Sono agitado e precipitado. Acordou á noite e pediu para ir para casa dele. Primeira vez que ele verbaliza isso com tanta clareza.
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Dia seguinte, café da manhã na casa de Vovô Jalba e Sueli e praia na sequência. Ele ama a praia, o sol, tudo daqui. É como eu, praiero. Não tem medo de água e se lambuza na areia. Comeu acarajé e gostou! No mar, gritava na maior alegria: - Vou entrar no Bacalhau!!!!! (não sei o que isso significa). Inventava músicas, cantarolava as já conhecidas ou as suas novas manias. Ele tá feliz e falante. E eu feliz e cansada, mas já com mais experiência e tranquilidade. E só estamos começando.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sitio do Pica Pau Amarelo - O Minotauro


Faz algum tempo que eu comprei esse DVD, com intenção de rever um dos melhores capítulos, na minha opinião, da série do Sítio. A idéia era apresentar para Guga somente quando ele tivesse uns 3 anos, pois acho que tem cenas meio fortes.

Só que esse final de semana, começamos a ouvir a trilha de 1970 e tantos que baixei da internet, maravilhosa, por sinal. Ele começou a perguntar sobre as músicas e eu a tentar descrever os personagens a que cada música se referia. Mas eu não conseguia descrever com fidelidade ou de um jeito que ele entendesse. Ai me veio a idéia de colocar só o início, para que ele fosse vendo os personagens. Pra quê? O moleque pirou! Amou. Nem piscava o olho!

Quando Minotauro apareceu, mugindo, pensei que ele iria ficar com medo. Nada! O bichão raptou Tia Anastácia. Nada de medo! Pra prevenir, utilizei a técnica do filme Adeus Lenin e dei uma maquiada na história, dizendo que o Minotauro era bozinho e que ele tava mesmo é com fome, por isso que levou a Tia Anastácia para cozinhar para ele. Não menti, mas amenizei um pouco.

Ele adorou o saci, fantástico! Zé Carneiro, impagável! E Emília, figura! Passamos o resto do dia cantando a música da Emília, na versão dos anos 80, interpretada por Baby do Brasil, que atualmente está bem parecida com a Cuca.

Natal na Paulista - agora eu entendo

Esse post é uma forma de me redimir. Sempre critiquei, lancei todas as maledicências possíveis e imagináveis contra a decoração de Natal da Paulista e de qualquer outro lugar. Sempre achei Natal e os seus motivos vindos da Lapônia uma coisa bizonha! Mas aí veio o meu príncipe. E eu, aos poucos, fui me rendendo àquilo que sempre rejeitei. Até o primeiro de ano Guga, uma guirlanda na parede. Do primeiro pro segundo ano, uma árvore de natal pequena, cheia de luzes. Só que ele não entendia nada. Quase não curtiu.


Esse ano já foi diferente. Aquela árvore já fez todo sentido para ele. Toda visita que chega, ele liga a árvore, como bom anfitrião que é. Comecei a me empolgar! Daí para eu ir para Avenida Paulista com ele e com a Super Tia Evelyn foi um pulo, digamos, um pulinho. Começamos pelo Banco do Brasil, com as suas renas e girafas e com os seus bonecos gigantes movidos a carne humana (num calor de 60 graus!). Pensei: - Ele não vai gostar, isso tá horroroso! Ledo engano, amou, amou, amou! Falou com todos os bonecos, pegou em todas as renas e tudo mais. Não vou mentir que gostou também (e muito) dos caixas eletrônicos, ensaiando até pegar o dinheiro de uma jovem desavisada (momento vergonha).

Seguimos a nossa pregrinação, com Guga no colo, rindo sozinho como se tivesse visto um passarinho verde. Isso me deu forças para continuar até o inferno! Evelyn então, nem se fala. A bichinha é empolgada com esse sobrinho de um jeito....! Bank Boston, aí fomos nós! Enfrentamos multidão e fila para, finalmente, colocar Guga frente a frente com Papai Noel de carne e osso. Quando estávamos na cara do gol, Guga avistou um pirulito no chão e começou a pedir, pois Tia Beca fez o favor de apresentar essa iguaria ao meu garoto naturalista. Pois é, comecei a fazer sinal para Papai Noel não dar o pirulito, tal como ele estava fazendo com as outras crianças. Ele acatou, mas sob protesto, queria saber o porquê eu não queria dar pirulito para Guga. Pode? Intrometido, não?

Mas isso não nos desanimou, seguimos na peregrinação bancária na direção do Bradesco, com direito a paradinha no Trianon, cuja decoração está realmente bonita! No Bradesco nossa pilha acabou e Guga começou a dar bafão na frente do coral da família Noel. Hora de voltar para a casa, mas com a sensação de que mais vale um filho feliz do que ver Papai Noel voando, como quer o meu amigo Tiago, que anda rogando praga para o velhinho no FB. PROTESTO!

Só pra finalizar, Guga não pode ver um judeu ortodoxo na rua que já chama de Papai Noel, na cara! (meu bairro é cheio deles, por conta das sinagogas). Acho que eles adoram..rs.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Encerramento da Escola


Guga começou a ir para a escola em julho desse ano. A adaptação foi difícil para todos nós e um dia pretendo fazer um post com as minha reflexões e registros. Só que hoje posso falar de boca cheia que ele está adaptado e, mesmo em seus momentos de crise, se sente confortável com as pessoas que cuidam e ensinam para ele as coisas da vida.

Então, nesse cenário, o encerramento das atividades escolares foi para mim um momento especial, pois pude afirmar (internamente) que valeu a pena ter enfrentado os medos e a incerteza sobre se colocá-lo na escola antes dos dois antes seria uma boa opção e também se a Lumiar seria uma boa escolha. Guga se desenvolveu muito bem nesse período escolar. Iniciou bastante disperso e terminou bastante integrado com os tutores e assistentes, mestres, coleguinhas de classe e também de outras classes, já que lá na Lumiar o convívio entre alunos de idades diferentes é bastante intenso, a ponto de Guga saber o nome da maioria dos alunos de outras classes. Ele também chama pelo nome todos os pais dos seus coleguinhas e eu acho isso muito engraçado. Detalhe: não chama de Tia, não. É a Lú, Silvio, Dudu, e por ai vai. As tutoras e Assistentes também não são chamadas de tia ou de professora. Política da Escola.


Dentre os projetos que ele mais se identificou foi do Fábio, que durante o ano, apresentou aos pequenos o ritmo e a dança do Cacuriá, típicos do Maranhão. Guga fica vidrado e isso eu notei desde a festa Junina. Só que hoje, como forma de integrar os pais no encerramento das atividades, os pequenos fizeram uma apresentação livre das principais músicas do Cacuriá, vestidos de batinha e sainha de chita. FOFURA TOTAL. Todos caíram na dança, com exceção de Guga, que ficou hipnotizado pelo batuque, a ponto de, no final, tocar ele mesmo o tambor do Fábio, rendendo palmas de todos os presentes. Esse momento mágico não foi filmado nem fotografado. Quis aproveitar sozinha (e sem interrupções) o momento de ver o meu filho tão integrado, mostrando as sua habilidades percussivas. Sucesso! Se não fosse a Lumiar, ele não teria conhecido o Cacuriá. Ponto para a escola.

Outra coisa muito legal que eu notei é que, hoje em dia, ele transita pela escola com uma desenvoltura incrível, assim como todos os coleguinhas. Noto que não há a neura de mantê-los sempre à vista. Na verdade, eles vão aprendendo a se virar naquele espaço físico, sozinhos. Fiquei aflita no início, mas acabei notando que Guga quase não apronta das suas, se resume a correr e conversar com os outros alunos e tutores. É uma lição que ainda não aprendi, pois, nas nossas andanças (eu + ele), fico bastante preocupada com a segurança dele e acabo segurando as rédeas, talvez mais do que deveria. Escola também ensina aos pais.

Além de ter criado bastantes vínculos com a Renata, tutora, e com a Vivi, assistente - com quem ele lida diretamente nas atividades. Ele fica bastante à vontade com a Dri, tutora da tarde e com o Fê, assistente da tarde, muito embora só fique na escola no turno da manhã. Agora, paixão mesmo ele tem pelo Rafa, assistente da turma do infantil, um carinha jovem, tranquilo, com sotaque do interior; pelo Fábio, mestre do Cacuriá; Andréa, responsável pela limpeza, e pelo Damião, o porteiro, figura bastante carismática, diga-se de passagem! O Damião ganhou até um apelido do Guga, que o chama de Dami, na maior intimidade. Adoro isso! Meu filho gosta de gente!

Fomos ao encerramento sozinhos (eu + ele). O pai tinha um compromisso, inadiável mesmo. Evelyn, trabalhou. O resto (avô e avó paterno) não sei - ponto para um post especial. Mesmo sozinha, já me sinto em casa na escolinha, a minha adaptação foi um sucesso também!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Canções de Ninar - Palavra Cantada

Às vezes me vem à cabeça uma frase que adoro de Guimarães Rosa em que se diz "qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura." Imagine um amor que não é um qualquer? Imagine um daqueles grandes e profundos? Que dá sentido a tudo e nos liberta de um monte de coisa, dando coragem para seguir?

É desse sentimento que surgem momentos ímpares, de total sintonia e comunhão que, de tão deliciosos, a gente não quer que acabe nunca. Momentos como o de hoje, em que estávamos eu e meu Guguinha, cantando música por música do disco Canções de Ninar do Palavra Cantada. Esse disco é pra lá de especial. Ninou a todos da família (até mesmo Artur), nos acalmou nos momentos difíceis e que até hoje nos emociona, pois voltamos às sensações dos primeiros meses, em que tudo era novo e misterioso.

Guga parece que entende tudo isso, só que hoje, ao invés de se embalar, do alto dos seus dois aninhos ativos, danou a fazer perguntas sobre as músicas e a escolher a que queria ouvir. Quando não gostava de uma música, pedia para mudar e falava "essa tá faquinha, mamãe!". Não sei onde ele aprendeu isso, mas eu me divertia com essa nova expressão. Quando gostava da música, perguntava de quem era e até o significado de algumas palavras. Eu expliquei o que podia e contei histórias do tempo que ele era bebezinho. Nessa hora, ele ficou dengoso e pediu para ir para o meu colo, como se fosse um pequenino de meses. Na hora eu pensei que eu não quero que ele cresça tão rápido, ou que, pelo menos, ao ouvirmos o Canções de Ninar, eu continue tendo essa sensação maravilhosa de nostalgia de uma fase vivida intensamente e da melhor forma que estava ao nosso alcance.

Cada mergulho, um flash!

Estou impressionada com a velocidade das mudanças do meu fofucho. Como venho dizendo neste blog, cada dia ele se apresenta com um dizer diferente, uma música, uma expressão. Esses dois anos são mesmo uma fase de altas transformações. Seguem os flashes!

***
Frases enfáticas
- Nani, apace aí! (Fica deitado na cama, no soninho da tarde, cantarolando e chamando Nani, até dormir);
- Não cante alto, mamãe! (Isso quando não me pede para parar de cantar);
- Queo ficar sozinho!
- Só uma chance! (Quando apronta alguma com Bibia, filha de Nani);
- Nani, o que é chance? (Depois de já ter pedido chances uma centena de vezes);
- Mamãe, queo comidinha! Eu ainda estou com fome! (Quase nove da noite, perto do horário de dormir).
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Músicas que cantarola sozinho
- Meu limão, meu limoeio, meu pé de jacalandá....(A parte que mais gosta é a que fala "uma vez, tindolelê, outra vez, tindolalá).
- Macaco pisa o milho, ploploplô...
- Um, dois, tres, VIZINHOS, quatro, cinco, seis, VIZINHOS (É isso ai, um garoto urbano só pode cantar vizinhos, afinal, nunca viu um índio na vida, nem em fotos! No final da música, eu adaptei para 1o VIZINHOS LEGAIS, um jeito que encontrei para que ele tenha boa impressão dos seres mudos que vivem no condomínio).
- Hoje é Domingo, pé de cachimbo...
- Como podelei viver, como podeleiiiiiiiiii! (Amo essa música de paixão, acho que sintetiza o amor que sinto por ele e pelo visto ele gosta bastante também);
- A dona aanha xubiu pela paede, veio a chuva fote e a derrubou...
- Ô Joaquim, vem cácuriá! (Para não perder o hábito!)
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I´m calling you!!!!!!!

Outro dia, estava eu cantarolando essa música melosa, do filme Bagdá Café (que eu adoro de paixão) e me surpreendi com Guga, o meu gênio, me acompanhando no refrão. A música é em inglês, mas ele não se intimidou.

Comecei a cantar desde o início, pois o meu repertório de músicas infantis tinha acabado e como eu tinha ouvido essa música recentemente, lancei a idéia para ver se iria colar. A idéia era que ele dormisse e eu imaginei que como o rítmo da modinha era lento, pra lá de lento, ele iria se embalar. Mas, qual o quê, ele ficou atento, de olhinhos arregalados no escuro, ouvindo tudo desde o início. Quando chegou o refrão, senti que ele curtiu mais ainda. Ai, depois, quando iria repetir a música novamente, desde o início, ele falou com o seu novo estilo "delicado": - "Exa não, mamãe! A ota!". E eu, sem saber se ele queria outra música, perguntei: - Outra música? E ele: - Não! A pate, AAAAAAAAAAAAAAA, COIUUUUUUUUUUUUUU!!!!!! (A parte, Calling You!!!!).

Resumindo: repeti o refrão umas 6 vezes e acabei dormindo, sem saber se a estratégia surtiu algum efeito. Só sei que a música foi aprovada!



Passeio - Cia dos Bichos

Não tenho muito a falar sobre o passeio. Sei que os detalhes estão guardados a sete chaves na cabecinha do meu menino, que aos poucos, muito aos poucos, irá revelar o que aconteceu. Receio que a primeira a saber não serei eu, mas Nani, a sua eterna confidente. Confesso que o "ciúme roi o cotovelos, a raiz dos cabelos, gela a sola dos pés", como já disse um dia o meu, o nosso, Caetano Veloso, na voz de Elza Soares. Gostaria que Guga falasse da sua vidinha comigo, como fala com Nani, mas, enfim, não tenho outra alternativa senão me conformar.

Sei, por ouvir dizer, que Guga amou o passeio. Ficou super empolgado com o pavão que, ao abrir a sua calda, despertou no meu menino uma reação eufórica. Segundo a Rê, tutora da escola, ele gritava: - É uma arvore! É um olho! Ficou louco de emoção.

Fora isso, adorou ver a galinhas chocando os seus pintinhos. Chegou até a tomar uma queda, pois, na agonia de presenciar o denguinho "galinha-pintinhos", tropeçou e caiu, sujando todo o seu rostinho, fazendo todo mundo rir.

Após o almoço, soube que ele tirou uma boa soneca embaixo da árvore, deitando num pufe. Fiquei com uma baita inveja, pois na mesma hora eu deveria estar enlouquecida na frente de um computador, correndo para terminar todo o meu "serviço" a tempo de ir pegá-lo na escola.

De qualquer forma, foi mais um desafio deixá-lo ir, passear com a sua turminha. Diferentemente dos meus pesadelos na noite anterior, dos meus medos e das borboletas voavam no meu estômago, tudo correu bem. Ele retornou para a casa, cansado, mas feliz e satisfeito.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pérolas de Genialidade

Meu compositor de música e letra

Pois é, gente, é isso ai que vcs leram. Meu menino inventa músicas (sei que esse toque de genialidade não é só dele, mas de todos os meninos e meninas fofas desse mundo afora). O temas variam bastante, a depender do humor e da ocasião. A lua é uma eterna musa, não só para músicas, mas para todo tipo de situação. Só que esse final de semana, a bola da vez foi uma frase que ele aprendeu recentemente, que é "Abre pra gente, mamãe". Ele pede isso o tempo todo e o "a gente", eu presumo que seja eu e ele. Aí, esse sábado, estávamos envolvidos numa de suas empreitadas de abrir coisas, quando ele começa a entoar a sua mais nova invenção:

"Abpagente, tititi
Abpagente, tchatchatcha
"

É de um rítmo, de uma riqueza poética, coisa de louco! Vale traduzir, para que vocês não percam nenhum detalhe: abre pra gente, tititi, abre pra gente, tchatchatcha.

A lua, sua eterna musa

Como disse nestante, a lua é tudo para ele. Os diálogos que travamos com ela são constantes e intensos. Ora conversamos amigavelmente, perguntando porque ela ainda está no céu, quando já é dia. Ora ele dá esporros, e eu embarco no mesmo humor, reclamando que ela anda meio preguiçosa e que já deveria ter ido para a casa da mamãezinha dela, pois o sol já está bem quente. Ora eu admiro a admiração que ele tem por ela, seja na sua fase minguante, seja na sua versão mais robusta.

Outro dia, a pedido do meu menino, desenhei umas 20 luas, de todas as cores possíveis, todas com aquela touquinha de dormir, que ninguém usa, mas que sempre existiu nos livros infantis. Só que ele pedia para eu desenhar e ao mesmo tempo se irritava com as touquinhas. Nesse humor oscilante, ele começa a dialogar com a lua:

Guga: - Lua, tie o chapeu aanja!
Lua (no caso, a mamãe fazendo voz de lua): Porque você quer que eu coloque o chapéu laranja?
Guga: - Lua, cooque foa o chapeu aanja! tô chateado, queo naná!

Tradução: lua, tire o chapéu laranja; lua, coloque fora o chapeu laranja; tô chateado, quero naná!

O "tô chateado" foi demais para mim. A primeira vez que ele nomeia assim, um sentimento de frustação. Lindo demais!

O Porquê do por que!

Eu sempre busco perguntar o porquê que ele fez determinada coisa, mas ele demonstra, ou melhor, demonstrava não entender muito o que significava esse negócio de falar os porquês. Mas essa semana (confesso que ele está pra lá de gênio essa semana), ele já ensaiou algo nesse sentido.

Mamãe perguntadeira: - Guga, por que você não quer a Nani! (ele tava chorando dizendo que não queria que Nani entrasse em casa)

Guga: - Poquê o brinquedo tá aqui!!!

Não fez muito sentido, o tal porque, mas já é um começo. Ficou meio nonsense, mas o surrealismo é genial também!

Autoexplicativa

Quando algo não sai do jeito que ele quer, ele já manda a clássica, "NÃO QUERO MAIS BRINCAR!". É o ponto final de um bebê! É um TIBI, ao melhor estilo de Jalbão!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Meu primeiro insulto

Ontem de manhã, estávamos eu e Guga no caminho inicial da nossa rotininha 'acordar-gagau-cafédamanhã-escolinha', quando ele, não lembro bem em que contexto, largou essa: - Seu bobos!!!! Obviamente, se dirigiu a mim, afinal a mãe é o primeiro alvo dos beijos e também dos insultos. Fiquei pasma e perguntei: - Guga, quem te ensinou isso?? Achei que ele iria falar que tinha sido o Gregório, pois ele costuma por a culpa nesse coleguinha da escola, muito fofo, diga-se de passagem! Não, dessa vez, segundo ele, o culpado foi o Chicão, outro fofo da escolinha, que é da turma dos mais velhos. Tem fundo de verdade...

Moral da história: resta pouca coisa de bebê no meu menino (snif!). Não posso perder nem um minuto, pois tá passando muito rápido!

PS.: Amanhã é o primeiro passeio dele pela escolinha. Vão passar o dia numa fazendinha vendo animais e tal. Autorizei, mas tô com um medão da zorra!

domingo, 21 de novembro de 2010

A maternidade, ontem e hoje

Já faz um tempo que vem pensando e comparando a maternidade de hoje e de ontem. Desde que engravidei, venho colhendo informações e lembranças com a minha mãe sobre como era a vida dela na gravidez e na minha infância, inicialmente como filha única e depois com os meus irmãos. É nítida a diferença em relação a vários aspectos. Como tudo na vida, há pontos positivos e negativos no jeito que se criava filho antes e também no jeito que nos compartamos com os nossos filhos hoje.

A impressão que eu tenho é de que antigamente, na época em que eu era só filha, ser mãe era algo muito mais natural, da natureza mesmo. Era uma consequencia lógica na vida da maioria das mulheres, independente da sua classe social. O destino estava meio que traçado: casar e ter filhos. Trabalhar era mais uma necessidade do que uma opção. Profissão pautada na vocação com plano de carreira era um plus em tanto. Então, nesse contexto, até os 30 anos as mulheres já tinham seus filhos, que eram criados por elas, com ajuda de babá ou de familiares. Não existia essa glamourização da maternidade, como sendo um momento mágico de novas experimentações e sentimentos arrebatadores. Não quero dizer com isso que se amava menos os filhos. Só quero dizer que ter filhos era como andar pra frente. Não tinha ciência, não tinham orientaçoes especiais, cartilhas e coisas do gênero. Cada um educava os filhos de acordo com os seus valores e referências familiares.

Hoje o buraco é mais embaixo, as mulheres (pelo menos num certo extrato social) tem engravidado mais tarde, porque antes disso é preciso se estabelecer (e crescer) profissionalmente, fazer a sua pós-graduação, mestrado, viagens fantásticas, comprar apartamento, enfim, cumprir etapas que tornam a maternidade algo mais distante do que era na época da minha mãe.

Conheço várias mulheres na faixa dos 30 anos que ainda não são mães. Eu mesmo cumpri todas essas etapas e só engravidei aos 35. Ai é que eu me deparei com um outro paradigma de maternidade. Percebo que hoje ser mãe é tido como algo mágico, diferente, que requer uma preparação especial, leituras, cursos e toda sorte de aparatos para ensinar a mulher (e também o homem) para aquilo que antes era muito natural. É preciso ler, ouvir, se informar, trocar experiencias e tudo mais. O lado bom disso tudo é que hoje temos mais informações sobre os benefícios da amamentação, parto natural, alimentação balanceada. Ou seja, querendo, é possível propiciar uma saude melhor para os nossos filhos. Por outro lado, vejo um excesso de endeusamento nesse momento (eu me incluo nessa situação), talvez porque tenhamos nos desviados tanto da rota que nos leva à maternidade, que hoje em dia, seja algo diferente mesmo.

Hoje li uma reportagem que falava de Coaching para mães. São consultores que ministram sessões de treinamento para a futura mamãe ou para a mãe de primeira viagem, visando alinhar suas expectativas na gravidez e nos primeiros meses. Fiquei em estado de choque! Como assim, alinhar expectativas? Quer dizer que é preciso alguém vir me dizer que o filho, ainda na minha barriga, poderá nascer de um jeito que eu não espero? Será que preciso de um profissional que me prepare para as noites sem dormir, para os eventuais problemas na amamentação, para os conflitos que possam ocorrer no meu casamento nessa nova fase?

Gente, isso pra mim um mau sinal! Minha avó (semi-analfabela e musa inspiradora desse blog) criou as 3 filhas sozinha, na luta, com a maior dificuldade do mundo e não precisou de coaching nenhum! Minha mãe não teve tantas dificuldades e de uma certa forma, teve até mais facilidades do que eu tenho hoje, pois contava com o super help da minha avó e das empregadas e ainda estava casada com o meu pai. De qualquer forma, não tinha nem 1/3 das informações que temos hoje. Não precisou de coaching!

Já ouvi dizer que esse excesso de informação, glamourização, endeusamento da maternidade e paternidade, pode gerar crianças e futuros adultos muito egocêntricos. Não sei, não sabemos ao certo no que resultaremos. Pode ser que eu esteja apenas com medo do novo. Mas o que eu sei é que a falta de coaching da minha avó resultou a minha mãe, que por sua vez, resultou em mim e nos meus irmãos, pessoas muito honestas e trabalhadeiras (rs).

sábado, 20 de novembro de 2010

Dois anos - muito amor e muita festa!

Ele completou dois anos no dia 10 de novembro. Como caía num dia de semana, decidimos comemorar na escolinha e depois fazer uma festa no final de semana seguinte, com toda a família.

A festa da escolinha


Conversamos com o pessoal da escola para saber qual era o esquema. Fiquei tranquila quando soube que só era permitido comemorar na hora do lanche, o que nos obrigaria a fazer algo simples. Então, na véspera, já encomendei o bolinho de aimpim da padaria, que ele adora, e comprei os paezinhos de festa. Tava crente que iria usar as bexigas tinha aqui em casa. Fiquei com a sensação que tava tudo sob controle. É raro eu ter essa sensação, pois não sou muito organizada e costumo deixar tudo pra última hora. Elaine e Bibia dormiram aqui em casa, o que já foi um grande presente para Guga, que ama Bibia de paixão. Ele beijava ela, corriam pela casa, fizeram uma boa farra!

No dia, os bolos chegaram pontualmente, mas ao checar as bexigas, vi que não daria para encher, só com bombinha. Liguei correndo para Artur, que já estava a caminho, e ele nos salvou. Na minha opinião, bexiga é tão essencial num aniversário quanto o bolo. Tudo certo para a nossa festinha!

Chegamos na escola, montamos a mesinha, ajeitamos as bexigas. Além do pessoal da escola, dos coleguinhas, fomos eu, Artur, Elaine e Cristina, a avó paterna. Ela levou o presentinho dele, o que não foi muito boa idéia, pois ele quis abrir na frente de todos os amiguinhos, gerando aquele auê. Depois de alguns "catiripapos", a coisa se acalmou. Cantamos os parabéns, na versão universal e na versão baiana e ele apagou a velinha. Para ele, apagar a velinha é o ponto alto. Acho até que ele dispensaria o resto!

A festa da família

Eu sempre fico ansiosa antes das minhas festas e geralmente costumo deixar tudo para a última hora, para me torturar um pouquinho, afinal, a minha vida é muito é fácil e sem emoções (rs)! Mas em se tratando de filhos, o negócio muda de figura, a gente tenta ser um ser humano melhor em todos os sentidos, inclusive nos preparativos das festas. Comecei com certa antecedência, troquei idéias com amigas para me inspirar na escolha do tema e graças a isso, me apropriei da idéia de uma amiga de Mary, que fez dos instrumentos musicais o tema do aniversário do seu pimpolho. Tudo a ver com Guga! Mandei ver. Ou melhor, mandamos ver, pois Evelyn, Artur, Cristina, avó paterna, e Gabi, madrasta de Artur, fizeram parte da produção da festa.

O que eu tenho gostado nesse lance de preparar as festas de Guga é perceber que, na verdade, eu sou festeira. Eu gosto de idealizar as lembrancinhas, os detalhes do tema, os frufrus. É para mim uma celebração da minha maternidade. São dois aninhos do meu carneirinho e dois anos da nova Evie. É por isso que, apesar de toda a correria da minha vida, não abro mão desses momentos.

- trilha sonora: amei fazer, escolhi cada música, inclui músicas adultas que tinha um apelo infantil ou que Guga gostasse (Fliperama, de Tom Zé, Planet Rock, do Afrika Bambata, São João Xangô Menino, dos Doces Bárbaros, Preta Pretinha e Acabou Chorare, dos Novos Baianos).

- decoração: como disse, o tema foi de intrumentos musicais. Depois que a festa acabou, foram revertidos em favor do meu caneirinho, que até hoje se empolga com a flauta e vuvuzela. Nas mesas, colocamos pandeiros de enfeite, cheios de trufas dentro. Ficou lindo! Quanto às bexigas, esse ano me libertei da casquinhagem e contratei os enchedores de bexiga. Recomendo! O toque pessoal da decoração foram os murais de fotos, feitos sob cartolinas coloridas. Tentei separar as fotos por tema: nascimento, família do papai, família da mamãe e outra cartolina com fotos variadas, dando ênfase para as primeiras experiencias (dentinho, festa junina, escolinha etc..). Fazer o mural foi delicioso e ficou bem legal, tanto é que pretendo aproveitar na decoração do quarto dele.


- brinquedos: num dos cantos do salão de festa, fizemos um cantinho dos brinquedos, com instrumentos musicais que Guga já tinha, além do pula-pula que ele ganho da Tia Carla no ano passado e que, apesar do tamanho gigante, eu intui que me salvaria de algum forma. E salvou! A criançada adorou!


- comes e bebes: Cristina, mais uma vez, arrasou nos docinhos. Gabi, se superou no bolo em forma de violão! Enfim, cada um deu sua contribuição, o que me fez economizar uma boa grana. Os bebes, Artur gerenciou. Garçons são outro item que não abro mão!

Tudo deu muito certo. A festa de Guga foi ótima! Teve mais criança do que o ano passado e eu estava mais tranquila. Veio a Valentina, amiguinha de Guga da escolinha, Vanessa, Salo e seus filhotes, Lucas e Júlia. Bela, amiga de infância, de quando eu tinha 9 anos, com os seus dois filhos. Maurício, Rika e suas meninas fofas! Vieram também os meus amigos sem filhos e que curtem muito o meu filhote (Tia Maroca, Tio Vini e Tio Ali, Machado e Mazé, Tia Debbie etc..) e os convidados de Artur, cuja família sempre prestigia em peso!

Mas o que me fez realmente feliz é poder contar com a presença da minha família, que veio novamente prestigiar (esse ano, além de meu pai e minha madrasta, minha mãe e Luis Otávio, vieram também minha tia Denise e meu irmão, o Tio Mima, que Guga ama de paixão!). Ponto alto foi ver todos os homens, incluíndo meu Guga, dançarem Afrika Bambata. Pena que não tem filme, só foto. Vejam que farra!

Guga ficou bem (apesar de não ter dormido depois do almoço), brincando bastante e se empolgando cada vez que recebia um presente. Ele perguntava logo: - Que é??? E ia logo abrindo os pacotes. Na hora do parabéns, ele se apressou para apagar a velinha, pois é a hora que ele mais gosta. Depois, ficou comendo as notas musicais do bolo, açucar puro, para despero do meu "projeto criança saudável". Bem, no dia da festa, ele pode comer de tudo, mas ficou mesmo fissurado pela decoração do bolo, sem ligar para o mundo de brigadeiros que estavam por lá. Ufa!!!

Dois anos - a adolescência da bebezice

Andei sabendo que os dois anos de uma criança são marcados por birras, acessos de raiva e tudo mais. Os americanos gostam muito de classificações e costumam chamar essa fase de "terrible two". Mas como Guga já é uma criança agitada, fiquei imaginando que não fosse sentir muita diferença quando chegassem os dois anos. Enfim, não é que bem no dia do aniversário, ele nos dá uma demonstração daquelas de rebeldia?! Vamos aos fatos:

Cenário: Eu, Artur, Elaine e Bibia (filha dela e melhor amiga de Guga), todos juntos, curtindo a maior brincadeira. Tava uma farra em casa, ele eufórico com a presença de Bia, nós felizes com a comemoração do aniversário na escola. Tudo indo às mil maravilhas, quando eu decido perguntar para ele como tinha sido a festinha, só pra testar a sua habilidade narrativa recém adquirida. Lá vou eu com as minhas perguntas:

Euzinha: - Guga, como foi o aniversário na escola? Você gostou?
Guguinha, o rebelde: - Gotei
Euzinha: - Quem estava lá?
Guguinha, o rebelde: - Rê, Vivi, Valentina...(A conversa poderia ter acabado por aqui)
Euzinha: - Quem mais?
Artur: - Quem mais, Guga? Quem mais estava lá?
Guguinha, o rebelde: - Papai, mamãe...
Euzinha e Artur: - Quem mais, Guga??????
Guguinha, o rebelde, já de saco cheio, querendo brincar com Bibia: - Papai, mamãe...
Nós, loucos para que ele citasse o resto da galera: - Sim, Guga, além de papai e mamãe?
Guguinha, o rebelde, com voz de intolerante: - Já contei, mamãe!! Já contei!!

Vejam bem, minha gente, depois desse dia, ele vem me dando cada cortada! Tem horas que vou toda animada, embarcando na música dele e ele diz: - Não canta, mamãe!!!!

Na primeira vez, eu precisei me certificar era isso mesmo, se ele não queria que eu cantasse. E ele disse, na maior convicção: - Não, não canta, mamãe!

Eu tenho achado a maior graça dessa rebeldia sem causa. Até porque, o velho hábito de bater em mim, nos amiguinhos, nos desconhecidos, diminuiu bastante. Isso, sim, me deixava louca da vida!

O lado bom dessa fase é que ele, além de falar tudo e viver cantarolando, virou um perguntador de primeira:

- Ontá?
- Quem deu? (quando recebe um presente)
- A gente vai? (Pra onde a gente vai?)
- Quem é ? (quando toca o telefone)

De qualquer forma, é cedo pra contar vantagem, pois posso estar diante de um cãozinho dos teclados, né?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dica musical imperdível - saudade não tem idade


Uma das coisas legais em ser mãe é que, sem o menor esforço, fazemos uma visitinha ao passado, às nossas origens, desencavamos lembranças da infância. Uma das formas mais fáceis de fazer essa viagem, para mim, é através da música. Com o nascimento de Guga, pude perceber que a minha infância foi altamente musical e aos poucos venho relembrando as nossas modinhas (como dizia a minha avó) e tentando ensiná-las para o meu pequeno.


Só que outro dia, quando estávamos fazendo uma atividade chamada Aula de Dança Materna, ministrado pela Tatiana Tardiolli, ela nos apresentou o que eu posso chamar de intensivão à viagem no passado - o cd de uma estudiosa de música, baiana do recôncavo, Lydia Hortélio, produzido em conjunto com Antônio Nóbrega, chamado ABRE A RODA TINDOLELÊ. Fantástico! Foi paixão à primeira audição. Pena que não é fácil de encontrar. Mas eu encontrei, porque eu sou danada, devo confessar!


Guga também se encantou e eu até arrisco dizer que ele sentiu a vibe nordeste-raiz do disco, já que a proposta é resgatar as cantigas e parlendas e brincadeiras e tudo que é bem tradicional no quesito infância. No disco, conseguimos identificar músicas com a "pegada" de Odete, para Guga, a Bisa Detinha, que parecem aqueles sambas de roda, animados com prato. Até a minha mãe cantarolou algumas músicas, lembrando também da época dela.


Olha, é mesmo uma obra de arte que, pelo que soube através da minha amiga e inspiradora, Paloma, esse trabalho influenciou alguns outros grupos de música infantil. Pesquisando na net sobre Lydia, li algumas entrevistas dela e fiquei encantada. Numa dessas entrevistas, ela falou uma frase simples, mas que me chamou atenção demais: "É preciso brincar para afirmar a vida". Concordo, concordo, concordo. Lamento, lamento, lamento as infâncias que se perdem por ai, por N motivos.


http://www.almanaquebrasil.com.br/papo-cabeca/e-preciso-brincar-para-afirmar-a-vida/

Para conhecimento de todos, Lydia Hortélio possui também outro trabalho chamado "Oh, Bela Alice", que pretende resgatar as cantigas de roda do sertão baiano dos anos 20 ou 30 (não sei ao certo). Mas, esse disco eu não encontrei ainda, apesar de ser danada!



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carros

Guga ama dirigir e por conta disso passou a amar carros. Reconhece os carros das pessoas mais chegadas na rua. Isso já foi objeto de um post meu por aqui e por isso não vou tagarelar mais. O fato é que, no domingo passado, estávamos indo para a pracinha e no caminho eu emparelho com um Citroen Picasso preto. Ele logo grita espantado:

- Mamãe, carro vovô Jalba!

E eu, focada que estava no transito, apenas confirmei:

- É, filho, é mesmo...

E ele, do alto da sua genialidade, percebendo que quem dirigia era um estranho:

- Mamãe, vovô Jalba "empestou" carro pu moxo????

A baba da mamãe escorreu no volante na hora! Orgulho do meu pequeno...

Frase do dia

Mamãe, quer cantar Gilberto Gil!!!!!!

sábado, 30 de outubro de 2010

Entrevista com Carlos Gonzales


Estava eu lendo o post de minha amiga Paloma sobre amamentação à base da livre demanda, quando me deparei com um comentário de umas das mamães sobre uma entrevista com Carlos Gonzales, pediatra catalão, que possui livros escritos sobre a infância e mater/paternidade.

http://chezlesbeaup.blogspot.com/2010/10/carlos-gonzalez-sou-mega-fa.html

Na entrevista, ele reforça a necessidade da presença dos pais na vida dos filhos. Para ele, ter filhos é das coisas mais relevantes na vida de uma pessoa e, por conta disso, estar com eles de forma intensa, física e mentalmente, é uma decorrência. Óbvio que reconhece as necessidades de sobrevivência que nos leva a trabalhar fora de casa, mas esse fato não é, para ele, suficiente para que a ausência não seja compensada de forma presencial e afetiva e mas sim por meios de bens materiais (supérfluos).

Abaixo, extraí alguns trechos da entrevista que me marcaram:

Pergunta (P): Como criar bem uma criança?
Resposta (R): Passando o maior tempo com ela.

P: Por quê ter filhos é tao transcendente?
R: Dentro de umas décadas o único que restará de nós será a nossa descendência. Quando era adolescente, li num muro de rua: “temos que considerar a possibilidade de que a imortalidade esteja nos filhos”.

(...)

P: O que significa criar um filho de forma natural?
R: O normal na espécie humana é dar a atençao que o bebê pede: quando chora, pegá-lo no colo; se ele se desperta, consolá-lo… Isto de colocá-lo para dormir em outro quarto e nao acostumá-lo no colo se inventou recentemente.

P: E se ele nao quer dormir sozinho?
R: Antes de tudo nao se deve deixá-lo chorar. É como se chegássemos em casa e encontráramos a nossa esposa soluçando de chorar. Nao seria normal perguntar-lhe o que acontece? E se é o meu filho, vou ignorar e começar a ler um livro? Pois é claro que vou me preocupar!

R: Os pais costumam impor aos seus filhos normas absurdas que os fazem sofrer e a eles também. Por exemplo, nao pegá-los no colo com frequência ou deixá-los chorar quando lhes colocam a dormir sozinhos.

(...)

P: O mais importante para criar um bebê é…
R: Nao lhe dizer muitas vezes que lhe ama, porque ele nao entende isto, temos que demonstrá-lo: abraçar-lhe, beijar-lhe muito e fazer com que sinta que estaríamos dispostos a tudo por ele.


Já li o livro dele mais famoso, o Besame Mucho, e adorei. É libertador o danado do livro. Principalmente porque nos permite refletir sobre o poder do instinto e da nossa presença carinhosa e amorosa na vida dos nossos filhos.

Tive um filho por opção, das mais conscientes que já fiz. Quando ele nasceu, me deparei com um amor imenso, intenso, que remexeu com tudo aqui dentro. É tão forte essa experiência que sequer lembro exatamente como eu era antes. No meu caso, há outros aspectos que reforçam essa entrega, como a separação. Mas tenho a impressão se estivesse casada, a diferença seria que hoje teria companhia para lamber a minha cria. De qualquer forma, todo esse sentimento me conduz naturalmente para estar presente na vida dele, a dar a atenção necessária, inclusive a saber não sufocá-lo e permitir que ele compartilhe a vida com outras pessoas.

É tudo natural, tudo movido pelo amor e pela intenção de fazer o melhor para ele. Porém, ainda que esses sentimentos estivessem presentes, seria pelo senso de responsabilidade.

É importante esclarecer que tal "do melhor para o meu filho" é algo bastante subjetivo, mas que, na minha visão, depende de convivência. Para mim, só os pais que convivem, que compartilham, que estão presentes de corpo e alma, tem condição de saber o que melhor para cada um dos seus filhos, até que eles próprios vão ganhando autonomia, de forma paulantina. [É por isso que discordo de atitudes bruscas, como a de deixar um bebê chorar para dormir, para ficar com pessoas que estranha etc., pois receio que podem gerar o efeito contrário, insegurança].
Bem, só para finalizar, nessa trajetoria de educar à base da presença amorosa, o que eu espero é poder dar condições a Gustavo para que ele saiba encontrar o que é melhor para ele, na visão dele e, sobretudo, com consciência de que ele será responsável pelas suas escolhas. Difícil, mas meus pais, se não conseguiram totalmente, chegaram muito próximo disso.

E viva o Besame Mucho! Recomendo a leitura!




quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eu e os meus quase dois anos

Tá chegando a hora, os dois anos já estão batendo com força em nossa janela! Com ele, podemos ver alguns marcos, bem demarcados (uia!), do desenvolvimento de meu fofucho.

Nani, a nossa fiel escudeira, ao voltar das férias se deparou com um menino bastante diferente. Ainda apaixonado por ela, mas bastante diferente.

Eu pulo, sim, e estou vivendo!

Nesses últimos tempos, Guga aprendeu a pular! Primeiro alternando os pés e, atualmente, já percebo que os dois pés já sobem bem juntinhos. Andei lendo e me disseram também que isso é um grande passo no desenvolvimento neurológico e que, por conta disso, ele adquire algumas percepções novas. Um exemplo que me deram foi de que ele passará a gostar de sentir friozinho na barriga, curtindo brincadeiras que envolvem descidas bruscas. Faz todo o sentido, né?

Cobertor carinhoso, o objeto de transição

Acho que já comentei por aqui, o objeto de transição do meu pequeno é o cobertor carinhoso. Pode ser o da mamãe, o da vovó ou até mesmo o do papai que, por força das circunstâncias, possui o seu cobertor cativo aqui em casa. Assim, quando colocamos ele para dormir, o cobertor da vez é acionado imediatamente e ele resgata a ponta do cobertor e se aninha todo. Nani, quando chegou, não sabia de todo esse procedimento, mas Guga tratou de orientá-la, passando o seu recado direitinho.

Eu, eu, meu!

Outra coisa que tenho curtido muito é ouvir "Eu quero", "Isso é meu". É o meu menino se desgarrando. É ele, por ele mesmo.

Lindo é perceber que tudo, que toda a nossa dedicação e amor contribuem para isso, e que, ao mesmo tempo, essas etapas do desenvolvimento se dão naturalmente, no tempo dele, sem aviso prévio, sem qualquer interferência direta nossa. É só olhar e ver crescer. Quanto mais perto estivermos, quanto mais inteiros estivermos nessa relação, mais poderemos nos deliciar com as minúcias e detalhes do que é próprio dele e do que é comum a todas às crianças.

Isso não dá trabalho, dá prazer!

Pérola do dia

Mamãe: - Guga, você está com saudades do papai?

Guga: - Xim! (Às vezes, ele fala "Tim").

Mamãe: - Mas aonde está o papai?

Guga: - No trabalho dele!

Mamãe: - E a mamãe? (Nem sei porque perguntei isso...)

Guga: - Na trabalha dela!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Relato de amamentação - instinto materno ajuda, mas não é tudo


O tema amamentação ainda me interessa muito. Faço parte de uma lista de mães que defendem a amamentação prolongada e trocam dicas de como cuidar da alimentação das suas crias da forma mais natural possível. Não concordo com elas em tudo, mas confesso que aos poucos a minha opinião sobre amamentação vem mudando, a ponto de ter uma visão mais crítica da experiência que vivi. Além de tudo isso, o fato de Paloma, minha amiga estar justamente nessa fase, por conta do nascimento de Clarice, sua segunda filhota, me fez voltar no tempo e lembrar de alguns detalhes do meu processo e também refletir sobre o que eu teria feito diferente.

Durante a minha gravidez, eu pouco me informei sobre as possíveis dificuldades que poderia enfrentar na amamentação. Apenas consultei a obstetra sobre a necessidade de preparar os seios, com banhos de sol, buchas ou qualquer outro procedimento. Ela me tranquilizou e dispensou qualquer preparação. Então o contexto era o seguinte: Guga crescendo na barriga e eu às voltas com preocupações sobre o desenrolar das atividades maternas, como dar banho, fazer dormir, cólicas, além das preocupações odiosas que decorreram das frustações da vida. Amamentação não era uma delas, definitivamente.

Chega o grande dia, nasceu o meu menino e eu simplemente o coloco no peito e ele mama! Recebi algumas orientações da enfermeira do berçário, mas confesso que estava meio dopada pela anestesia, o que comprometeu o meu entendimento. A sorte estava do meu lado, pois Guga tinha uma ótima pega, sugava forte, apesar de ter nascido bem pequeno.

Os dias seguintes na maternidade foram agitados, pois recebemos muitas visitas, a ponto de me tornar conhecida pelo pessoal da portaria. Porém, toda essa agitação não impediu que eu tivesse recebido uma carga maciça de instinto materno, que é o nome que eu dou para o famoso "baby blues". Para aqueles que não sabem, é aquele sentimento forte que surge com o nascimento do filhote, aquela choradeira, desespero, medo de não dar conta. Na hora, não sabia direito o que estava acontecendo, eu só chorava. A situação se agravou quando Gustavo foi levado ao meu quarto para tomar o banho de luz para prevenir a icterícia. Pesadelo. Ele chorava demais, tava peladinho, só de fralda, com os olhos vendados para protegê-lo da luz. Gente, eu pirei! Não queria que ele sofresse. Questionei esse procedimento de prevenir icterícia. Virei uma leoa! Acho que virei mãe naquela hora! Mas não foi só isso. O tempo fechou mesmo quando elas disseram que ele pararia de chorar se elas dessem o complemento, o tal do leite artificial. Aí eu não me conformei, mesmo sem nenhum preparo teórico sobre amamentação, meu instito materno me dizia que não havia a menor razão para dar complemento. Foi um deusnosacudadosinfernos! Liguei para Dr. Cardoso, o pediatra de Guga. Fiz um auê! Infelizmente, não adiantou, pois eles levaram Guga para o berçario, prometendo que não daria o complemento. Mas é difícil garantir, ou melhor, é óbvio que deram o leite artificial.

De qualquer forma, saí da maternidade amamentando o meu colostrinho, com força total e confiante de que o meu leite desceria sem problemas. A sorte ajudou mais uma vez e o leite desceu. Minha mãe e Elaine ajudaram bastante com o operacional da casa e Dr. Cardoso ajudou com suas orientações bastante detalhadas sobre o assunto. Hoje seria mais crítica sobre algumas das suas idéias, mas na época era o que eu tinha.

No geral, não tive grandes problemas com amamantação, mas hoje vejo que se eu tivesse melhor informada, eu teria amamentado não até 8 meses, mas até mais tarde.

- Eu não fazia a tal da livre demanda, mas também não estabelecia horário. Guga solicitava o peito com certa periodicidade e eu respeitava.
- Ele teve cólicas diárias e várias vezes por dia. Era um horror, pois nem o peito ele queria.
- Quanto havia queda de produção, eu fui orientada a dar Nan. Enfim, não acho que isso prejudicou a amamentaçao, pois essa situaçao era muito rara, mas de qualquer forma, ao prescrever o Nan, o médico já revelou certa flexibilidade em relação à amamentação, o que mais tarde, não ajudou quando voltei ao trabalho.
- Na volta do trabalho, não tive apoio médico para armazenar leite. Disso eu me arrependo muito. Hoje vejo que é possível, com certo esforço. Detalhe: eu estava bem disposta aos sacrifícios, mas confiava cegamente. Hoje não mais.
- A vida pessoal não ajudava em nada para que eu tivesse o equilíbrio para a amamentação. Tive que buscar equilíbrio na marra.
- Como sou bastante esquecida, eu anotava o horário da última mamada e o peito. Ele mamava muito rápido. Em 15 minutos ele esvaziava um peito! Uma draga!
- Instintivamente, levei a amamentação até os oito meses de Guga, lutando contra todas as pressões para que ele fosse desmamado. Hoje seria bem diferente!

É isso, o instinto me fez querer amamentá-lo ao máximo. Não sabia, naquela época, os benefícios da amamentação além dos 6 meses. Não sabia de nada. Só sabia que queria amamentar e, por sorte, amamentei sem problemas. Agora, imagino se tivesse tido alguma dificuldade, a minha ignorância não teria ajudada em nada. Por isso eu, sempre que me é dada a chance, aconselho para que reforcem o seu intinto com informação. Aí sim, a história de amamentação pode ser diferente, e quem sabe, mais longa!

Poesia concreta para um amor abstrato


Um dia eu fiz uma poesia para Guga. Isso foi lá no início da minha nova vida materna. Não lembro se ele já falava, só sei ao certo que ele já nos entendia. À medida que foi aprendendo a falar, ele passou a completar e interpretar os versos (não se esqueçam que ele é gênio), o que me deixava e ainda me deixa mais apaixonada. Às vezes, eu passo tempos sem recitar a minha grande obra e quando relembro, constato que ele a mantém fresca na sua memória de elefantinho.

Vale alertá-los que eu não tenho medo do ridículo, até porque o meu muso inspirador já aprovou os meus versinhos.

Eu te amo
Amo, amor...
Amor, coração...
Coração, denguinho...
Denguinho, gostoso...
Gostoso, hummmmm...
Guga!

Como eu não sou boba nem nada, eu ensinei que podemos trocar o nome dele pelo da mamãezinha aqui. Sei lá, ele aprendeu fácil e eu gostei :).

Sapo não lava o pé

Sapo não lava o pé
Não lava o pé porque não quer
Ele mora na lagoa
Não lava o pé porque não quer
Macuxulé

Um, dois, três, (...)

(...), deoito, denove, dedez!!!!

É assim que meu menino se vira nas contas. Adoro!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sotaque Paulistano

Apesar do meu forte, fortíssimo (para uns) sotaque baiano, Gustavo, meu bidinguinho, já fala com a levada de um autêntico paulistano! Não estava querendo acreditar, pois tinha uma esperança que ele ficasse ao menos neutro, diante da babel de sotaques que frequenta essa casa, mas não, ele fala DOENNNNNDO, LÊVANNNNNTA, ARRUMAR (no sentido de consertar), MEXIRICA e hoje falou MARRRTA (fazendo referência à Marta, uma amiga do peito). Sei que não posso me chatear com isso, afinal, moramos aqui e tudo mais...Agora, se ele falar MANDIOCA, ao invés de AIMPIM, aí eu não sei o que será de mim.

domingo, 17 de outubro de 2010

Natura, é nóis na sua fita!




Eu tenho um sonho, não muito oculto, pois já contei para algumas pessoas. Eu quero ser uma revendedora da Natura! Claro que daquelas tops, que abrem lojinhas e tudo. Sei lá, sempre simpatizei com a empresa e principalmente com os produtos, que não devem nada aos Lâcomes da vida.

Bem, hoje a minha admiração pela empresa aumentou mais ainda, pois fomos (eu, Guga, Julia e João, Marcela e seus pimpolhos) para o Natura Nós. Assistimos ao show da Palavra Cantada, Patu Fu e Adriana Partimpim. Tudo perfeito, gente! Shows ótimos, organização impecável, protetor solar para a galera, Espaço Mamãe Bebê.

Confesso que tava com medinho de encarar um show grande com Gustavo, diante da sua propensão para sair em disparada, me deixando louca e descabelada. Tanto é que só decidi na última hora, num rompante de mulher guerreira! Segui com as minhas amigas e nossos pimpolhos, com frio na barriga, mas a certeza de que devemos arriscar um pouco para sair do feijão com arroz.

No final, a moral da história é a seguinte: SER GUERREIRA É ESSENCIAL, seja para cair no mundo com o meu filhote, seja para iniciar o projeto consultora master da Natura.


Brasileiros e Brasileiras!!! E por que não dizer, Brasileirinhos!!!

Povo, ontem pela manhã, eu, Guguito e Artur, fomos para a Feira do Livro da Lumiar (escolhinha). Guga foi tomado pela ansiedade e no caminho só falava em "feta" (festa) e em passear. Ele é chegado numa rua. Acho que puxou à mãe e ao pai (nos tempos passados, pois hoje ele jura de pé junto que virou caseiro).

No início teve uma sessão de contação de estórias, com uma contadora MUITO expressiva, para desespero de pessoas que, como eu, não são chegadas as artes cênicas em geral). Mas como a gente faz tudo pela cria, suportei com bom humor, até o momento em que o Guga 220w resolveu ganhar o mundo e abandonar o espaço. Normal.


Mas o momento mágico da manhã foi a sessão musical com a banda do Paulo Bira, apresentando o trabalho maravilhoso chamado Brasileirinhos. Ele, o Paulo Bira, musicou as poesias do Lalau (e ilustrações de Laurabeatriz) sobre bichos da nossa fauna. Coisa linda de se ouvir! O Lalau estava lá, de carne e osso, e também nos deu a chance de ouvir um pouco sobre o seu processo criativo. O chato é que Guga não estava mais por lá, pois ele, meu pequeno, já tinha outro compromisso com o pai. A sorte é que na semana passada fomos ao Museu da Casa Brasileira para ver o show dessa galera. Gostei tanto que não pude deixar de prestigiar, tanto os músicos e poeta, quanto a escola. Lumiar está de parabéns pela iniciativa! Detalhe que ele já conhecia o disco antes de mim, pois já estava sendo trabalhado pelas tutoras da escola. Outro ponto positivo!

Ah! Só para não deixar passar, um dos livros distribuidos gratuitamente pelo Itaú Cultural é de autoria do Lalau (Bem-te-vi, o primeiro da sua carreira). Mais um motivo para se inscrever no site e ganhar livros de graça! http://www.lerfazcrescer/. Vamo lá meu povo, castiga o Itaú!

sábado, 16 de outubro de 2010

Cacuriá, um hit!!!

Guga, esse post é para você, meu denguinho...

A música "Ô Joaquim, vem cá curiá" é disparado o maior hit da sua vida, até hoje! Por isso, gostaria de registrar que eu adoro te ver cantar essa música, ultimamente, acompanhada do violão de plástico remendado, que você mesmo toca!

Mas, o mais fofo de tudo é o jeitinho que você canta, especialmente o trecho que fala: "O que é que esses negos estão fazendo, vem cá curiá". A sua versão revela toda a sua bebezisse, que sua mãe curte milimetricamente, sem perder um segundo.

Veja que fofura:

Ô Jaquim,
Vem cá curiá,
Cuxunego tão fazenda!
Vem cá curiá!

É apaixonante!

Medos, medinhos e medões!

Eu sempre fui meio medrosa. Tinha medo de fundo do mar, principalmente quando aparecia aquelas listras que indicam a profundidade. Medo de altura. Medo de pinaúna, de engolir comprimido grande e ficar engasgada. E por ai vai! Enfim, apesar disso, nunca me privei de nada! Mas, com a maternidade, acho que fui ficando meio pinel. Adquiri mais medos, alguns altamente pertinentes, como se de ser assaltada, mas outros bastantes esquisitos. Além disso, comecei a adotar comportamentos preventivos ou remediadores bastante estranhos.

Por exemplo: comecei a ter medo de elevador. Fico pensando que vou passar horas presa e Guga vai começar a sentir a minha falta. Ai eu comecei a checar se o celular funciona dentro do elevador, caso eu precise ligar.

O pior é quando estou com ele no elevador. Ai o bicho pega! No início, para evitar que ele passasse fome, eu só pegava o elevador com ele se eu levasse junto o leitinho ou algo para ele comer. É neurótico? Acho que sim!

Claro que tem épocas que estou mais tranquila, mais distraída e não dou atenção às caraminholas, mas tem fase que se eu pudesse carregaria ele numa bolsa idêntica ao dos cangurus e obviamente com um leitinho dentro, se possível, materno!

Tchau, Palavras Fofas!

Esse post é apenas para me despedir oficialmente do "Caqui". Não é caqui, a fruta, mas é o jeito que Guga fala "taxi". Pois é, eu me apego à algumas palavras fofas que ele inventa (e imagino que outra mães são assim também, vide minha amiga Paloma). E "Caqui" é uma delas. Adorava quando ele perguntava se poderia dirigir o "Caqui". E eu, para não gerar uma guerra nuclear, respondia e respondo: - Pergunte ao motorista, meu amor. Se ele deixar, você dirigir...(fazendo uma carinha de fofa). É óbvio que ele não dirige o "Caqui", pois até hoje, nenhum taxista concedeu essa graça. Ainda bem!

Voltando ao assunto despedida das palavras, hoje ele nos perguntou claramente: - "Diigi" taxi? E eu, com lágrimas no olhos: - Taxi????? Como assim, Guguinha????? Buáááá!

Outra expressão fofa que está com os dias contados é "Cafalda"! Não sei se inclui essa no vocabulário, mas se não inclui, é Oi e Tchau para ela. Ele já esbolçou falar "trocar fralda". Fingi que não ouvi e não quero acreditar, pois eu AMO falar: -Guga, vamos "cafaldinha"? E AMO mais ainda ouvir ele perguntar: - "Cafalda"?

Mas ainda restam tantas outras, né? E ainda virão tantas-tantas! Por essas e outras que eu vejo que eu nasci para ser mãe e adoro muito a convivência com o meu filho, que me permite acompanhar os mínimos detalhes do seu crescimento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha mãe, meu pai, meu povo, eis aqui tudo de novo!

Sei que as minhas expectativas em relação às férias foram altas e sei também o quanto é difícil tirar férias e não esperar nada delas. De qualquer modo, a lista me ajudou a perceber que a realidade tem o seu encanto, mesmo que de algum modo distante das idealizações.

Feita essa introdução quase que acadêmica, vocês poderão constatar como Gustavo dá saldos de desenvolvimento quando vai para Salvador. Não sei se o mérito é exclusivamente de Salvador e da minha família, pois talvez o aumento da genialidade de Guga ocorresse se tivessemos ido a qualquer outro lugar, feito qualquer viagem. Mas não dá para negar que a forma que a minha família se relaciona entre si é bastante intensa e isso ajuda muito na construção da identidade do meu bichinho (ai, ai! Dei uma de psicologa agora!).



IDA

No avião Guga já demonstrou que memória de criança é algo impressionante! Mal sentamos e ele já me perguntou claramente sobre "o suco de manga da mamãe".
Explico: Eu, na minha tentativa de dar uma vida mais natureba para o meu filho, tinha como regra não dar sucos de caixinha, pois são cheios de açúcar e conservantes. Enfim, como tudo na vida tem a primeira vez e toda regra materna tem o direito de ser quebrada num momento de desespero, permiti, na nossa viagem anterior, que ele se esbaldasse de suco de manga da mamãe (que é o jeito que ele chama suco de caixinha). Quebrei a regra, na maior cara de pau, pois eu estava com muita fome e se não fosse o bendito suco, teria sofrido falência multipla de órgãos! Ele tomou 4 copos e ainda pediu mais.
Então, voltando ao nosso vôo de ida, ele me perguntou: - Xuco de manga da mamãe? Moxa vai dar pra Guga? Pensei: Tou lascada, vou ter que inventar nova regra. SUCO DA MAMÃE, SÓ EM VIAGENS AÉREAS! Acho que cola, né?

Nesse mesmo vôo, Guga ficou melhor amigo de Aquiles, membro da banda de reggae Tribos de Jah, composta em sua maioria por deficientes visuais. Aquiles é um deles e Guga logo notou esse fato, pois toda hora ficava olhando para ele, colocando o rosto bem perto, percebendo que havia algo estranho. No final do vôo, Guga chamava Aquiles a cada 5 minutos, em alto e bom som, e além disso, chamou o outro integrante da banda de papai, causando uma gargalhada geral.

ITACIMIRIM

Itacimirim foi tudo aquilo que pensei e um pouquinho mais. A Pousada Jambo é maravilhosa, de frente para o mar, com direito a lua cheia e tudo. Ele continuou grudado, mas confesso que o barulho do mar amenizou o cansaço. É muito gratificante ver o seu filho se fartar de sol, mar, comida boa.

Ele amou de paixão a pousada. Chamava o nosso quarto de "apamento Vovó Jambo". Fez amizade com os hóspedes, dentre eles a filha de uma cantora famosa, que estava descansando por lá. Mas, como nem tudo são flores nessa idade e Guga, para não perder o costume, ensaiou dar uns catiripapos na menininha. Vergonha tripla.

Outro momento de alto constrangimento meu, óbvio, foi o fato de que ele encasquetou de fazer xixi no restaurante. Então, era eu dar um vacilo que ele ia correndo deixar a sua marca pelos cantos. Voltava para a piscina se pocando de rir!

Ponto alto foi a lua cheia! Quando ele viu, ficou doido! Ele é doido pela lua, gente! Gritou na maior empolgação: - Lua Cheia!!!! É velha, mamãe? Fazendo referência à música "A Lua", do MPB 4, que ele ama!

Gente, não é que eu arranjei um paquerinha? Pois é, mas quando eu percebi, já era hora do moço voltar para onde veio...Sniff! Mas eu fiquei feliz com esse movimento do cosmo, do universo, em me mostrar que é possível, é possível desencalhar algum dia.





SALVADOR PROPRIAMENTE DITA

Os outros dias em Salvador foram legais, mas muito, extremamente cansativos. Guga ficava tão excitado, que não conseguia seguir a nossa rotina. Dormia tarde e acordava cedo. Uma loucura! Cheguei até a emagrecer um pouco. Olha que alguns dos meus desejos se realizaram, ainda que parcialmente. Emagrecimento + Bronzeado. Ótimo!

Arrisquei ir ao Porto da Barra com ele e quase estafei! Percebi que uma horinha de praia é suficiente. Então, chegava lá, brincava na água bastante, depois, um pouquinho na area e pronto, hora de voltar! Ele, plenamente satisfeito e eu, cansava, mas ainda viva!



Além disso, rolaram alguns programas legais, como visitar uma amiga secular e ir para uma pracinha com outra amiga, para que eles, os nossos meninos, brincassem e nós fofocássemos. Tudo deu certo, com exceção do fato de que eu quase perdi Gustavo no meio da criançada. Foi coisa de 1 segundo. Quando me vi, estava desesperada com a mão na cabeça, cerebro vazio, embotado! O MAIOR HORROR DA TERRA! Mas tudo deu certo, pois achei ele dentro de um carrinho, dirigindo igual um deseperado. Lição: se seu filho é danado, não desgrude dele nem por um segundo! Simples assim!

VOLTA

Viagem de volta. Avianca já é TOP OF MIND para Gustavo e o suco de manga da mamãe é item da cesta básica. Pelo menos dentro do avião. Encurtando o papo: no final da viagem, Guga já estava íntimo de toda a tripulação e dos pilotos. Enquanto eles prestavam o serviço de bordo, Gustavo gritava a plenos pulmões: - Titia Moxa!!!! Quero xuco de manga!!! Quem aguenta com esse moleque?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Férias em Salvador com o peito cheio de esperanças


É gente, voltarei à terra mãe em menos de 1 mês. Não vou mentir que sou mulher de malandro e as minhas esperanças já estão renovadas. Desta forma, segue o resumo das minhas expectativas de viagem:

1. Guga vai se comportar maravilhosamente bem, do aerolim de Guarulhos (é o jeito que ele vem se referindo ao aeroporto, para desespero das mães naturebas da minha lista materna) até o final da viagem.

2. Todos os membros da família vão me ajudar do jeitinho que a minha neurose de mãe solteira exige.

3. A ida a Itacimirim vai ser o ápice da viagem e eu voltarei bronzeada e mais magra.

4. Vou fazer caminhadas no final da tarde na orla e minhã mãe ficará com Guga (esse item pode estar incluido no item 2, mas prefiro garantir).

5. Guga vai sentir saudades do pai, mas não vai chorar (eu fico com peninha).

6. Vou encontrar o amor da minha vida (não custa nada sonhar, né?).

Depois eu conto como foi.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pra quê Bienal?


A segunda feira foi cansativa, já em ritmo de contagem regressiva para as férias que se aproximam. Cheguei em casa saudosa e cansada. É dia do pai vir no final da tarde dar o jantar e coloco-lo para dormir. Entrei em casa e Guga já veio correndo me receber, gritando e tagarelando mil palavras por segundo. Uma delícia de ver! Quando chego no quarto dele encontro o pai, vermelho igual a um camarão, tentando encher uma piscina gigante, que mal cabia no pouco espaço que temos. Lembrei na hora: tratava-se de uma presente dado pela Tia Carla, comprado pela internet, sem que fossem checadas as dimensões. Era um troço gigante e ela só descobriu quando a encomenda chegou na casa dela. E eu só descobri quando o pai resolveu conferir. Guga tava eufórico, cantava parabéns pra vc a cada segundo, afinal tinha todos os motivos para celebrar! Qual é a criança que não gostaria de ter um pula-pula exclusivo? Decidimos levar para sala e Guga amou mais ainda. Pensei cá com os meus botões tolerantes, quem precisa de Bienal? Tenho minha própria instalação artística, 100% aprovada pela crítica!

As palavras e as fotos


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