sábado, 30 de outubro de 2010

Entrevista com Carlos Gonzales


Estava eu lendo o post de minha amiga Paloma sobre amamentação à base da livre demanda, quando me deparei com um comentário de umas das mamães sobre uma entrevista com Carlos Gonzales, pediatra catalão, que possui livros escritos sobre a infância e mater/paternidade.

http://chezlesbeaup.blogspot.com/2010/10/carlos-gonzalez-sou-mega-fa.html

Na entrevista, ele reforça a necessidade da presença dos pais na vida dos filhos. Para ele, ter filhos é das coisas mais relevantes na vida de uma pessoa e, por conta disso, estar com eles de forma intensa, física e mentalmente, é uma decorrência. Óbvio que reconhece as necessidades de sobrevivência que nos leva a trabalhar fora de casa, mas esse fato não é, para ele, suficiente para que a ausência não seja compensada de forma presencial e afetiva e mas sim por meios de bens materiais (supérfluos).

Abaixo, extraí alguns trechos da entrevista que me marcaram:

Pergunta (P): Como criar bem uma criança?
Resposta (R): Passando o maior tempo com ela.

P: Por quê ter filhos é tao transcendente?
R: Dentro de umas décadas o único que restará de nós será a nossa descendência. Quando era adolescente, li num muro de rua: “temos que considerar a possibilidade de que a imortalidade esteja nos filhos”.

(...)

P: O que significa criar um filho de forma natural?
R: O normal na espécie humana é dar a atençao que o bebê pede: quando chora, pegá-lo no colo; se ele se desperta, consolá-lo… Isto de colocá-lo para dormir em outro quarto e nao acostumá-lo no colo se inventou recentemente.

P: E se ele nao quer dormir sozinho?
R: Antes de tudo nao se deve deixá-lo chorar. É como se chegássemos em casa e encontráramos a nossa esposa soluçando de chorar. Nao seria normal perguntar-lhe o que acontece? E se é o meu filho, vou ignorar e começar a ler um livro? Pois é claro que vou me preocupar!

R: Os pais costumam impor aos seus filhos normas absurdas que os fazem sofrer e a eles também. Por exemplo, nao pegá-los no colo com frequência ou deixá-los chorar quando lhes colocam a dormir sozinhos.

(...)

P: O mais importante para criar um bebê é…
R: Nao lhe dizer muitas vezes que lhe ama, porque ele nao entende isto, temos que demonstrá-lo: abraçar-lhe, beijar-lhe muito e fazer com que sinta que estaríamos dispostos a tudo por ele.


Já li o livro dele mais famoso, o Besame Mucho, e adorei. É libertador o danado do livro. Principalmente porque nos permite refletir sobre o poder do instinto e da nossa presença carinhosa e amorosa na vida dos nossos filhos.

Tive um filho por opção, das mais conscientes que já fiz. Quando ele nasceu, me deparei com um amor imenso, intenso, que remexeu com tudo aqui dentro. É tão forte essa experiência que sequer lembro exatamente como eu era antes. No meu caso, há outros aspectos que reforçam essa entrega, como a separação. Mas tenho a impressão se estivesse casada, a diferença seria que hoje teria companhia para lamber a minha cria. De qualquer forma, todo esse sentimento me conduz naturalmente para estar presente na vida dele, a dar a atenção necessária, inclusive a saber não sufocá-lo e permitir que ele compartilhe a vida com outras pessoas.

É tudo natural, tudo movido pelo amor e pela intenção de fazer o melhor para ele. Porém, ainda que esses sentimentos estivessem presentes, seria pelo senso de responsabilidade.

É importante esclarecer que tal "do melhor para o meu filho" é algo bastante subjetivo, mas que, na minha visão, depende de convivência. Para mim, só os pais que convivem, que compartilham, que estão presentes de corpo e alma, tem condição de saber o que melhor para cada um dos seus filhos, até que eles próprios vão ganhando autonomia, de forma paulantina. [É por isso que discordo de atitudes bruscas, como a de deixar um bebê chorar para dormir, para ficar com pessoas que estranha etc., pois receio que podem gerar o efeito contrário, insegurança].
Bem, só para finalizar, nessa trajetoria de educar à base da presença amorosa, o que eu espero é poder dar condições a Gustavo para que ele saiba encontrar o que é melhor para ele, na visão dele e, sobretudo, com consciência de que ele será responsável pelas suas escolhas. Difícil, mas meus pais, se não conseguiram totalmente, chegaram muito próximo disso.

E viva o Besame Mucho! Recomendo a leitura!




quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eu e os meus quase dois anos

Tá chegando a hora, os dois anos já estão batendo com força em nossa janela! Com ele, podemos ver alguns marcos, bem demarcados (uia!), do desenvolvimento de meu fofucho.

Nani, a nossa fiel escudeira, ao voltar das férias se deparou com um menino bastante diferente. Ainda apaixonado por ela, mas bastante diferente.

Eu pulo, sim, e estou vivendo!

Nesses últimos tempos, Guga aprendeu a pular! Primeiro alternando os pés e, atualmente, já percebo que os dois pés já sobem bem juntinhos. Andei lendo e me disseram também que isso é um grande passo no desenvolvimento neurológico e que, por conta disso, ele adquire algumas percepções novas. Um exemplo que me deram foi de que ele passará a gostar de sentir friozinho na barriga, curtindo brincadeiras que envolvem descidas bruscas. Faz todo o sentido, né?

Cobertor carinhoso, o objeto de transição

Acho que já comentei por aqui, o objeto de transição do meu pequeno é o cobertor carinhoso. Pode ser o da mamãe, o da vovó ou até mesmo o do papai que, por força das circunstâncias, possui o seu cobertor cativo aqui em casa. Assim, quando colocamos ele para dormir, o cobertor da vez é acionado imediatamente e ele resgata a ponta do cobertor e se aninha todo. Nani, quando chegou, não sabia de todo esse procedimento, mas Guga tratou de orientá-la, passando o seu recado direitinho.

Eu, eu, meu!

Outra coisa que tenho curtido muito é ouvir "Eu quero", "Isso é meu". É o meu menino se desgarrando. É ele, por ele mesmo.

Lindo é perceber que tudo, que toda a nossa dedicação e amor contribuem para isso, e que, ao mesmo tempo, essas etapas do desenvolvimento se dão naturalmente, no tempo dele, sem aviso prévio, sem qualquer interferência direta nossa. É só olhar e ver crescer. Quanto mais perto estivermos, quanto mais inteiros estivermos nessa relação, mais poderemos nos deliciar com as minúcias e detalhes do que é próprio dele e do que é comum a todas às crianças.

Isso não dá trabalho, dá prazer!

Pérola do dia

Mamãe: - Guga, você está com saudades do papai?

Guga: - Xim! (Às vezes, ele fala "Tim").

Mamãe: - Mas aonde está o papai?

Guga: - No trabalho dele!

Mamãe: - E a mamãe? (Nem sei porque perguntei isso...)

Guga: - Na trabalha dela!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Relato de amamentação - instinto materno ajuda, mas não é tudo


O tema amamentação ainda me interessa muito. Faço parte de uma lista de mães que defendem a amamentação prolongada e trocam dicas de como cuidar da alimentação das suas crias da forma mais natural possível. Não concordo com elas em tudo, mas confesso que aos poucos a minha opinião sobre amamentação vem mudando, a ponto de ter uma visão mais crítica da experiência que vivi. Além de tudo isso, o fato de Paloma, minha amiga estar justamente nessa fase, por conta do nascimento de Clarice, sua segunda filhota, me fez voltar no tempo e lembrar de alguns detalhes do meu processo e também refletir sobre o que eu teria feito diferente.

Durante a minha gravidez, eu pouco me informei sobre as possíveis dificuldades que poderia enfrentar na amamentação. Apenas consultei a obstetra sobre a necessidade de preparar os seios, com banhos de sol, buchas ou qualquer outro procedimento. Ela me tranquilizou e dispensou qualquer preparação. Então o contexto era o seguinte: Guga crescendo na barriga e eu às voltas com preocupações sobre o desenrolar das atividades maternas, como dar banho, fazer dormir, cólicas, além das preocupações odiosas que decorreram das frustações da vida. Amamentação não era uma delas, definitivamente.

Chega o grande dia, nasceu o meu menino e eu simplemente o coloco no peito e ele mama! Recebi algumas orientações da enfermeira do berçário, mas confesso que estava meio dopada pela anestesia, o que comprometeu o meu entendimento. A sorte estava do meu lado, pois Guga tinha uma ótima pega, sugava forte, apesar de ter nascido bem pequeno.

Os dias seguintes na maternidade foram agitados, pois recebemos muitas visitas, a ponto de me tornar conhecida pelo pessoal da portaria. Porém, toda essa agitação não impediu que eu tivesse recebido uma carga maciça de instinto materno, que é o nome que eu dou para o famoso "baby blues". Para aqueles que não sabem, é aquele sentimento forte que surge com o nascimento do filhote, aquela choradeira, desespero, medo de não dar conta. Na hora, não sabia direito o que estava acontecendo, eu só chorava. A situação se agravou quando Gustavo foi levado ao meu quarto para tomar o banho de luz para prevenir a icterícia. Pesadelo. Ele chorava demais, tava peladinho, só de fralda, com os olhos vendados para protegê-lo da luz. Gente, eu pirei! Não queria que ele sofresse. Questionei esse procedimento de prevenir icterícia. Virei uma leoa! Acho que virei mãe naquela hora! Mas não foi só isso. O tempo fechou mesmo quando elas disseram que ele pararia de chorar se elas dessem o complemento, o tal do leite artificial. Aí eu não me conformei, mesmo sem nenhum preparo teórico sobre amamentação, meu instito materno me dizia que não havia a menor razão para dar complemento. Foi um deusnosacudadosinfernos! Liguei para Dr. Cardoso, o pediatra de Guga. Fiz um auê! Infelizmente, não adiantou, pois eles levaram Guga para o berçario, prometendo que não daria o complemento. Mas é difícil garantir, ou melhor, é óbvio que deram o leite artificial.

De qualquer forma, saí da maternidade amamentando o meu colostrinho, com força total e confiante de que o meu leite desceria sem problemas. A sorte ajudou mais uma vez e o leite desceu. Minha mãe e Elaine ajudaram bastante com o operacional da casa e Dr. Cardoso ajudou com suas orientações bastante detalhadas sobre o assunto. Hoje seria mais crítica sobre algumas das suas idéias, mas na época era o que eu tinha.

No geral, não tive grandes problemas com amamantação, mas hoje vejo que se eu tivesse melhor informada, eu teria amamentado não até 8 meses, mas até mais tarde.

- Eu não fazia a tal da livre demanda, mas também não estabelecia horário. Guga solicitava o peito com certa periodicidade e eu respeitava.
- Ele teve cólicas diárias e várias vezes por dia. Era um horror, pois nem o peito ele queria.
- Quanto havia queda de produção, eu fui orientada a dar Nan. Enfim, não acho que isso prejudicou a amamentaçao, pois essa situaçao era muito rara, mas de qualquer forma, ao prescrever o Nan, o médico já revelou certa flexibilidade em relação à amamentação, o que mais tarde, não ajudou quando voltei ao trabalho.
- Na volta do trabalho, não tive apoio médico para armazenar leite. Disso eu me arrependo muito. Hoje vejo que é possível, com certo esforço. Detalhe: eu estava bem disposta aos sacrifícios, mas confiava cegamente. Hoje não mais.
- A vida pessoal não ajudava em nada para que eu tivesse o equilíbrio para a amamentação. Tive que buscar equilíbrio na marra.
- Como sou bastante esquecida, eu anotava o horário da última mamada e o peito. Ele mamava muito rápido. Em 15 minutos ele esvaziava um peito! Uma draga!
- Instintivamente, levei a amamentação até os oito meses de Guga, lutando contra todas as pressões para que ele fosse desmamado. Hoje seria bem diferente!

É isso, o instinto me fez querer amamentá-lo ao máximo. Não sabia, naquela época, os benefícios da amamentação além dos 6 meses. Não sabia de nada. Só sabia que queria amamentar e, por sorte, amamentei sem problemas. Agora, imagino se tivesse tido alguma dificuldade, a minha ignorância não teria ajudada em nada. Por isso eu, sempre que me é dada a chance, aconselho para que reforcem o seu intinto com informação. Aí sim, a história de amamentação pode ser diferente, e quem sabe, mais longa!

Poesia concreta para um amor abstrato


Um dia eu fiz uma poesia para Guga. Isso foi lá no início da minha nova vida materna. Não lembro se ele já falava, só sei ao certo que ele já nos entendia. À medida que foi aprendendo a falar, ele passou a completar e interpretar os versos (não se esqueçam que ele é gênio), o que me deixava e ainda me deixa mais apaixonada. Às vezes, eu passo tempos sem recitar a minha grande obra e quando relembro, constato que ele a mantém fresca na sua memória de elefantinho.

Vale alertá-los que eu não tenho medo do ridículo, até porque o meu muso inspirador já aprovou os meus versinhos.

Eu te amo
Amo, amor...
Amor, coração...
Coração, denguinho...
Denguinho, gostoso...
Gostoso, hummmmm...
Guga!

Como eu não sou boba nem nada, eu ensinei que podemos trocar o nome dele pelo da mamãezinha aqui. Sei lá, ele aprendeu fácil e eu gostei :).

Sapo não lava o pé

Sapo não lava o pé
Não lava o pé porque não quer
Ele mora na lagoa
Não lava o pé porque não quer
Macuxulé

Um, dois, três, (...)

(...), deoito, denove, dedez!!!!

É assim que meu menino se vira nas contas. Adoro!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sotaque Paulistano

Apesar do meu forte, fortíssimo (para uns) sotaque baiano, Gustavo, meu bidinguinho, já fala com a levada de um autêntico paulistano! Não estava querendo acreditar, pois tinha uma esperança que ele ficasse ao menos neutro, diante da babel de sotaques que frequenta essa casa, mas não, ele fala DOENNNNNDO, LÊVANNNNNTA, ARRUMAR (no sentido de consertar), MEXIRICA e hoje falou MARRRTA (fazendo referência à Marta, uma amiga do peito). Sei que não posso me chatear com isso, afinal, moramos aqui e tudo mais...Agora, se ele falar MANDIOCA, ao invés de AIMPIM, aí eu não sei o que será de mim.

domingo, 17 de outubro de 2010

Natura, é nóis na sua fita!




Eu tenho um sonho, não muito oculto, pois já contei para algumas pessoas. Eu quero ser uma revendedora da Natura! Claro que daquelas tops, que abrem lojinhas e tudo. Sei lá, sempre simpatizei com a empresa e principalmente com os produtos, que não devem nada aos Lâcomes da vida.

Bem, hoje a minha admiração pela empresa aumentou mais ainda, pois fomos (eu, Guga, Julia e João, Marcela e seus pimpolhos) para o Natura Nós. Assistimos ao show da Palavra Cantada, Patu Fu e Adriana Partimpim. Tudo perfeito, gente! Shows ótimos, organização impecável, protetor solar para a galera, Espaço Mamãe Bebê.

Confesso que tava com medinho de encarar um show grande com Gustavo, diante da sua propensão para sair em disparada, me deixando louca e descabelada. Tanto é que só decidi na última hora, num rompante de mulher guerreira! Segui com as minhas amigas e nossos pimpolhos, com frio na barriga, mas a certeza de que devemos arriscar um pouco para sair do feijão com arroz.

No final, a moral da história é a seguinte: SER GUERREIRA É ESSENCIAL, seja para cair no mundo com o meu filhote, seja para iniciar o projeto consultora master da Natura.


Brasileiros e Brasileiras!!! E por que não dizer, Brasileirinhos!!!

Povo, ontem pela manhã, eu, Guguito e Artur, fomos para a Feira do Livro da Lumiar (escolhinha). Guga foi tomado pela ansiedade e no caminho só falava em "feta" (festa) e em passear. Ele é chegado numa rua. Acho que puxou à mãe e ao pai (nos tempos passados, pois hoje ele jura de pé junto que virou caseiro).

No início teve uma sessão de contação de estórias, com uma contadora MUITO expressiva, para desespero de pessoas que, como eu, não são chegadas as artes cênicas em geral). Mas como a gente faz tudo pela cria, suportei com bom humor, até o momento em que o Guga 220w resolveu ganhar o mundo e abandonar o espaço. Normal.


Mas o momento mágico da manhã foi a sessão musical com a banda do Paulo Bira, apresentando o trabalho maravilhoso chamado Brasileirinhos. Ele, o Paulo Bira, musicou as poesias do Lalau (e ilustrações de Laurabeatriz) sobre bichos da nossa fauna. Coisa linda de se ouvir! O Lalau estava lá, de carne e osso, e também nos deu a chance de ouvir um pouco sobre o seu processo criativo. O chato é que Guga não estava mais por lá, pois ele, meu pequeno, já tinha outro compromisso com o pai. A sorte é que na semana passada fomos ao Museu da Casa Brasileira para ver o show dessa galera. Gostei tanto que não pude deixar de prestigiar, tanto os músicos e poeta, quanto a escola. Lumiar está de parabéns pela iniciativa! Detalhe que ele já conhecia o disco antes de mim, pois já estava sendo trabalhado pelas tutoras da escola. Outro ponto positivo!

Ah! Só para não deixar passar, um dos livros distribuidos gratuitamente pelo Itaú Cultural é de autoria do Lalau (Bem-te-vi, o primeiro da sua carreira). Mais um motivo para se inscrever no site e ganhar livros de graça! http://www.lerfazcrescer/. Vamo lá meu povo, castiga o Itaú!

sábado, 16 de outubro de 2010

Cacuriá, um hit!!!

Guga, esse post é para você, meu denguinho...

A música "Ô Joaquim, vem cá curiá" é disparado o maior hit da sua vida, até hoje! Por isso, gostaria de registrar que eu adoro te ver cantar essa música, ultimamente, acompanhada do violão de plástico remendado, que você mesmo toca!

Mas, o mais fofo de tudo é o jeitinho que você canta, especialmente o trecho que fala: "O que é que esses negos estão fazendo, vem cá curiá". A sua versão revela toda a sua bebezisse, que sua mãe curte milimetricamente, sem perder um segundo.

Veja que fofura:

Ô Jaquim,
Vem cá curiá,
Cuxunego tão fazenda!
Vem cá curiá!

É apaixonante!

Medos, medinhos e medões!

Eu sempre fui meio medrosa. Tinha medo de fundo do mar, principalmente quando aparecia aquelas listras que indicam a profundidade. Medo de altura. Medo de pinaúna, de engolir comprimido grande e ficar engasgada. E por ai vai! Enfim, apesar disso, nunca me privei de nada! Mas, com a maternidade, acho que fui ficando meio pinel. Adquiri mais medos, alguns altamente pertinentes, como se de ser assaltada, mas outros bastantes esquisitos. Além disso, comecei a adotar comportamentos preventivos ou remediadores bastante estranhos.

Por exemplo: comecei a ter medo de elevador. Fico pensando que vou passar horas presa e Guga vai começar a sentir a minha falta. Ai eu comecei a checar se o celular funciona dentro do elevador, caso eu precise ligar.

O pior é quando estou com ele no elevador. Ai o bicho pega! No início, para evitar que ele passasse fome, eu só pegava o elevador com ele se eu levasse junto o leitinho ou algo para ele comer. É neurótico? Acho que sim!

Claro que tem épocas que estou mais tranquila, mais distraída e não dou atenção às caraminholas, mas tem fase que se eu pudesse carregaria ele numa bolsa idêntica ao dos cangurus e obviamente com um leitinho dentro, se possível, materno!

Tchau, Palavras Fofas!

Esse post é apenas para me despedir oficialmente do "Caqui". Não é caqui, a fruta, mas é o jeito que Guga fala "taxi". Pois é, eu me apego à algumas palavras fofas que ele inventa (e imagino que outra mães são assim também, vide minha amiga Paloma). E "Caqui" é uma delas. Adorava quando ele perguntava se poderia dirigir o "Caqui". E eu, para não gerar uma guerra nuclear, respondia e respondo: - Pergunte ao motorista, meu amor. Se ele deixar, você dirigir...(fazendo uma carinha de fofa). É óbvio que ele não dirige o "Caqui", pois até hoje, nenhum taxista concedeu essa graça. Ainda bem!

Voltando ao assunto despedida das palavras, hoje ele nos perguntou claramente: - "Diigi" taxi? E eu, com lágrimas no olhos: - Taxi????? Como assim, Guguinha????? Buáááá!

Outra expressão fofa que está com os dias contados é "Cafalda"! Não sei se inclui essa no vocabulário, mas se não inclui, é Oi e Tchau para ela. Ele já esbolçou falar "trocar fralda". Fingi que não ouvi e não quero acreditar, pois eu AMO falar: -Guga, vamos "cafaldinha"? E AMO mais ainda ouvir ele perguntar: - "Cafalda"?

Mas ainda restam tantas outras, né? E ainda virão tantas-tantas! Por essas e outras que eu vejo que eu nasci para ser mãe e adoro muito a convivência com o meu filho, que me permite acompanhar os mínimos detalhes do seu crescimento.
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