segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estou de volta pro meu aconchego...!

Depois de um longo jejum do blog, resolvi voltar. A distância daqui se deu por vários motivos, mas em termos subjetivos (ui, filosofei agora) acho que eu precisava dar conta de outras questãs internas. Fui cuidar da outra Evie e achei melhor deixar a maternidade rolar, sem maiores reflexões e tal. E rolou, foi indo, e Guga foi crescendo, danado, intenso, quase insubordinado, mas muito carismático e cheio de vida. É um menino amado e feliz, mas não imune às frustrações (como às vezes o pai dele pensa ser a minha intenção).

Hoje, eu posso dizer que vários hábitos da nossa rotina se solidificaram (horários para comer, banho, assistir tv) e outros foram mudando, como por exemplo o sono. Nesse período de afastamento daqui, eu voltei a sofrer com o sono dele, pois ele enfrentou uma fase intensa de fantasias e medos. Ou seja, tinha insônias, pesadelos, um sono todo interrompido. E eu, disponível para protegê-lo (como ele mesmo fala), mas cansada demais. Do outro lado, o pai pressionava muito para eu deixar de dormir com ele, alegando que eu estaria impedindo a autonomia e coisa e tal. Foi um período difícil, mas eu tinha uma intuição que essa fase iria passar e que não dependeria do fato de eu passar a dormir na minha cama, mas da perda do medo dele de dormir, do medo da noite. Batata: hoje em dia, o medo diminuiu bastante, ele agora dorme ouvindo músicas e cantando e pediu para eu não mais deitar do lado dele, como sempre fazia. Agora, fico no pé da cama, lendo um livro (luxo total) até ele dormir. Liberdade, essa é a verdadeira liberdade. Levanto e vou cuidar da vida. Durmo na minha cama e quando ele acorda me chamando, dou uma chegadinha do lado da cama dele e espero ele voltar a dormir. Claro que criança tem suas fases e outro fatores podem afetar essa questão do sono. É mais ou menos como a gente, nem sempre dorme aquele sonão.

Em termos alimentares, Guga que sempre foi uma draga, mas agora tá dando para escolher comida e não gostar de verduras, legumes e tal. Enfim, estou de olho, observando, sem fazer muito alarde. Longe de mim tornar o momento de comer algo estressante, mas também não vou ceder às guloseimas para que ele se alimente. O maior desafio é ter um cardápio variado de coisas legais. Contarei como sempre com Nani para implementar as minhas idéias, apesar de eu mal saber fritar um ovo.

Fora isso, a escola vai bem, ele adora a turma e alguns colegas já vem aqui em casa brincar com ele durante a semana e no final de semana. Ele também já foi algumas vezes na cada de dois coleguinhas, os que ele adora: Thiago e Lia. Ele se comporta bem fora de casa, mas come como a zorra! Dos males o menor.

Voltando um pouco para o lance da fantasia, entre os 3 e 4 anos, Guga embarcou profundamente no mundo dos super heróis e de tudo o que se relaciona com isso. Conta com a consultoria especializada do pai, que explica tim tim por tim tim das idas e vidas da Liga da Justiça. Eu sou leiga e conto com a boa vontade do próprio Guga para me explicar as coisas básicas, como por exemplo que o Homem Aranha tem um primo, parente que é igual a ele, só que malvado. É o tal do Venon. Guga me ensinou e fica me sabatinando diariamente.

Mas o que eu não posso deixar de contar aqui é que ele criou o seu próprio super herói. O HOMEM FOGO. Todos da escola já conhecem, aliás, todo mundo que conversa com ele 5 minutos já e apresentado ao HF e as suas habilidades mutantes. O HF é simplesmente o máximo, porque ele se instransforma em todos os super heróis. Isso é genial, porque ele não passa vontade e tem uma capacidade de adaptação invejável. Ele tem vários super poderes, emite raios, gelo, laser, tem espada de luz, arco e flecha, bumerangue, revolver. É o poder personificado. E eu acho que Guga criou um super herói que reflete o temperamento dele, intenso, explosivo, carinhoso, afinal, o meu bichinho é de escorpião. Acho que não poderia deixar de ser diferente. HF é demais. O mais legal é que quando a gente está bem envolvido com as aventuras do HF, ele tem o prazer de dizer que o HF não existe, que é tudo da imaginação dele. Atoro!

Nesse tempo, também surgiu a paixão pelo Livro do Corpo Humano, da Ed. Recreio. Ele ganhou o livro da casa do pai e passou a me encher de perguntas do tipo: - Mãe, o que são células tronco? E os glóbulos brancos, pra que servem? Geralmente, essas perguntas passaram a surgir assim, antes de dormir ou no caminho da escola. Só sei que eu não sabia responder e nem sabia de onde surgiam esses assuntos. Ele falou do livro que tinha ganhado e tal. Bem, não me restou outra alternativa senão a de comprar e entrar pro time dos cientistas. Falamos sobre vírus, fungos, bactérias, glóbulos, vacinas, respiração. Ele é super curioso e de vez em quando me pede para ler o livro do corpo humano na hora de dormir, como se fosse uma historinha qualquer. Aliás, ele já escolhe o tema: - Mãe, eu quero a parte das bactérias!

Claro que outras mudanças ocorreram durante esse tempo, mas aos poucos tentarei atualizar os meus poucos, mas fiéis leitores.

Beijinho de volta.



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