Deixo consignado aqui neste blog que não consigo mais fazer um desenho que não seja de um submarino. Não tem quem faça ele mudar de tema. Estou virando especialista, tanto no estilo Yellow, dos Beatles, como no estilo de guerra, mais robusto. Desde que tenha janelinhas, hélices e chaminés ou binóculos, vale tudo!
O lema é: uma caneta na mão e um submarino na cabeça.
Acompanhando o tema fundo do mar, onde o submarino reina absoluto, às vezes eu consigo desenhar um tubarão, mas os dentes gossos são dele. Desenho o bicho banguela e ele finaliza com os dentes gossos. Ai de mim se desenhar os dentes gossos no lugar dele. É choro na certa! Hoje, por exemplo, eu desconfiei que poderia dar problema, mas segui em frente, pois eu adoro desenhar dentes gossos. Digamos que são a cereja do bolo. Bem, ele chorou tanto, era tanto sentimento, que tive que me humilhar, pedir desculpas de todas as formas, só porque desenhei as travagens do bicho.
Ele também gosta de anêmonas. Fala com a boca cheia. Mas é coisa rara, diante dos submarinos. Inclusive, já tenho verbetes certos no Youtube que nos levam aos mais variados tipos e modelos do sub. Assim nasce a especialização de uma mãe, daqui a pouco tou dando aula.
Só me resta a saudade da época em que eu desenhava 500 luas sorrindo com touquinha de dormir, 200 sóis com brilhos (vulgo raios), 5 flores, 2 árvores, 1 tartaruga, 1 caracol, mais ou menos nessa proporção.
No jogo Fantasia X Realidade, a Fantasia ganha de lavada! No teatro da vida (de Guga, ao menos) qualquer um ou qualquer coisa pode se transformar num monstro de dentes gossos num piscar de olhos. Dentes gossos, no jargão daqui de casa é a expressão que Guga e agora todos nós usamos para designar dentes pontudos, em forma de serra. Toda fera que se preze tem dentes gossos.
Então, nesse universo paralelo, cheios de feras malvadas, uma simples mosca é motivo para não querer entrar no quarto, por exemplo. Uma historinha de suspense da Mônica, transformou Maurício de Souza no Hitchcock for Babies (graças aos personagens da Boneca Tenebosa, Canguru Aranha, Árvore de DentesGossos e por aí vai).
Por conta disso, outro dia, tive que mudar de cama umas 4 vezes, porque Guga teve um pesadelo e ficou super assustado. Quando eu perguntei do que ele tava com medo, ele disse: - Mãe, tem uma Dona Aranha no meu quarto...(sussurando, apavorado). Que peninha do meu fofucho!
Guga está numa fase de cavalos, por conta dos Backyardigans, como eu já falei no post da Espanha. Então, aproveitando a maré, pensei que poderia levá-lo para ver cavalos, vacas (ele ama tetas!) e tudo mais. A Cia dos Bichos é perto da 'firma', garantindo que não haveria sobressaltos com os caminhos da cidade.
Lá fomos nós! Eu, Guga e a eterna, amada, adorada Titia Evelyn. Só digo uma coisa: tudo perfeito, com exceção do preço, que é meio carinho (R$ 30,00 para entrar, por pessoa, inclusive Guga). Mas valeu cada centavo.
1 - Guga pirou vendo os cavalos. São dois, um pônei e um cavalo grande. Com o coração medroso na mão, deixei Guga andar no pônei. Ele ficou tão avonts que deixei andar no cavalão 2 vezes. O cavalão 'dava umas parença' com Haney e o pônei com o Malhado. Era o Malhado anão. Só por isso, já teria valido o passeio.
Desenvoltura, nem se fala!
Olha o porte do garoto!
2 - Chega de mugido chocho de mãe imitando vaca e de pai imitando boi. Nada como ouvir ao vivo uma mimosa cara a cara. E um boi também. Tudo bem que o boi era pequenino, um adolescente. Mas valeu. Ele deu até comidinha para os bichinhos. O ápice do quesito boi e vaca foi ver o cara ordenar. Ele viu o bezerro mamando, viu o cara ordenhar, e por fim, ao estilo "derrama o leite bom na minha cara e o leite mau na cara dos caretas", o cara esguichou o leite na cada da criançada! Eu fui ao delírio, mas Guga ficou meio desconfiado (está numa super fase de nojo).
Vaca de divinas tetas!!!!
Muuuuuu!
Eu sou forte!
3 - Fizemos uma trilha! Isso mesmo! No Morro do Canguru Aranha! Em busca de aventula, emoção e adlenalina, como disse o Cebolinha numa das histórias preferidas de Guga. Tava garoando (paulistas), chuviscando (baianos etc.), mas ficamos intimidados, não. Guga lançou a sua capa de chuva de dinossauro e com isso ele espantou todas as feras que se aproximavam de nós (moscas, mosquitos, d. aranha, e todas as outras que povoam a imaginação do meu menino). Logo que colocou a capa, soltou logo um rugido de monstro-dinossauro. Foi assustador! Ele estava bastante corajoso, pois desceu uma ribanceira, sozinho, com uma "simples" ajudinha do monitor.; A mamãe, frouxa que só, desceu pelo lado da escadinha, para não dar vexames e pagar cofrinhos e sutiãs por aí.
Meu primeiro rapel!
Capa de dinossauro para espantar as feras!
4 - Andamos de charrete. Momento de contemplação e denguinho.
Dando um rolé
5 - Vimos cabras, bodes, ovelhas, porcos e porquinhos mamando loucamente. Tartarugas ou cágados ou jabotis (não sei a diferença entre um e outro, então pode ter sido qualquer um).
Titia amada orientando o Bola Bola de Bolinha
Tetas, tetas e mais tetas!
7 - A comida é boa, simples e caseira. Guga, no seu momento draga, já tinha almoçado, mas decidiu fazer um lanchinho a base de feijão, arroz, purê de batata, carne e suco de melancia. Simples assim.
8 - Resumo da ópera: muita aventura, emoção, adrenalina e tetas, muitas tetas!
Emoção!
Adrenalina!
9 - A música tema desse post é Vaca Profana! Som na caixa, mané!
Vou fazer um post rapidinho sobre o São João da Lumiar, só para não passar em branco. Olha, adoro festa junina, as comidas, as músicas. As festas da Lumiar são tradicionalmente ótimas, porque os pais frequentam, os parentes também, as crianças participam da organização, tem banda que toca forró e músicas nordestinas e não cobram caro por nada disso (R$ 20,00 por aluno e quem quiser leva docinhos para a mesa comunitária). Mas esse ano eu constatei algumas coisas sobre a festa:
- Apesar de tudo isso, acho que o povo de São Paulo (me perdoem os paulistas e paulistanos) não se empolgam, ou se empolgam de um jeito diferente, com a festa junina. Pô, com música e tudo, ninguém levanta das cadeiras, fica todo mundo muito na sua, dançar então, nem pensar!;
- A escola não contribui muito para que seja diferente. Acho que, por exemplo, na hora da banda, as outras atividades, como as prendas, por exemplo, deveriam ser interrompidas, o que faria com que as pessoas se espalhassem menos. Mas pode ser que só eu ache que tem algo que não engrena...Se for assim, então tá tudo bem e eu é que estou viajando.
Ai vão algumas fotos da festa. Detalhe, Guga ficou emburrado porque ele queria tocar os instrumentos da banda e como não deu (óbvio), rolou cara feita a maior parte da festa. Depois relaxou de uma tal forma, que não queria ir embora, apesar de já estar todo sujo de areia molhada até a orelha!