segunda-feira, 28 de março de 2011

O Aquário de São Paulo - Foi ruim, mas foi bom

Eu tava numa fixação de ir nesse aquário. Longe pra caramba, caminho complicado, tudo contra, mas eu, na minha teimosia, não pensava noutra coisa.

Ai, chegou esse sábado, já tava com a cabeça feita. Nada iria me deter. Dinheiro na mão para o táxi, uma idéia na cabeça e um garoto danado nos braços. Só podia ser sucesso!

Não foi. Pelo menos para mim. Gastei uma grana da zorra de táxi. Na entrada, um corredor escuro foi suficiente para Gustavo sair correndo no sentido oposto, morrendo de medo. Levei mais tempo para convencê-lo a entrar, do que percorrendo o caminho do aquário.

Antes de entrar, eu já estava toda suada, Gustavo idem. E o Patinho I love you resolveu se pirulitar na hora que eu mais precisava dele! Não tinha santo que fizesse Gustavo entrar no corredor do aquário. Nessa hora, me bateu uma super tristeza de não ter marido, de ter que viver essas situações sozinha. Se tivesse com alguém, seria mais fácil. Mas não havia espaço para desânimo. Mais uma vez, eu tinha que vencer a batalha, pacificamente. Só sei que um dos meus 1.414.000 argumentos surtiu efeito e ele entrou.

Lá dentro, uma sucessão de equívocos. Peixes pequenos, corredores escuros, vários aquários vazios. Esse ingredientes fizeram com que Gustavo olhasse tudo em ritmo de maratona. Ainda assim ele gostou do jacaré, tartaruga e tubarão. Se apavorou com um parque de dinossauros horrendos, que faziam barulho de monstro, e com o corredor do planeta dos macacos. Até eu fiquei com medo.

Agora, mesmo com esse horror todo, o Aquário é o assunto da vez. Ele só fala nisso e ainda disse que quer voltar com o papai e mamãe (juntos, conforme ele disse textualmente ao pai). Se o pai quiser levar, fique à vontade. Eu fico em casa com o Patinho I love you.

Que mãe, o quê???? Agora sou Patinho I love you.

É o seguinte: Guga tá na fase da fantasia. Já faz um tempinho que tudo se personifica e eu, como uma mãe dedicada, invento vozes para a lua, cadeira, papel higiênico e por aí vai. Só que, a partir de um certo dia, que não lembro bem qual, Gustavo encasquetou com um brinquedo, o tal do Patinho que fala "I love you", quando a gente aperta a sua pancinha.

O lance é que, quando chego do trabalho, ele olha para mim, me cumprimenta de forma meio burocrática, e já decreta: - Patinho I love you, fala comigo!!! Ai de mim se não fizer a voz fina do Patinho. Restaram poucos diálogos Guga x Evie. Agora quem manda no pedaço é o danado do Patinho I love you. Ele tomou o poder e eu nem vi. Tá se aproveitando da crise do Oriente Médio, certamente.

Mas eu também não sou boba, não. Quando o bicho pega pro meu lado e a desobediência civil do meu filhote toma conta, lanço mão do danado do Patinho I love you, que com poucas palavras e vozinha meiga, o convence das coisas mais impossíveis (fazer xixi antes de dormir, escovar os dentes, desligar a tv, e por ai vai).

Outro dia, Gustavo me pediu para levá-lo para a escola. Argumentei que ele poderia se esquecer do patinho lá e que, por isso, deixaria apenas que ele levasse até o carro. Resumo, tive que manter o Patinho na minha bolsa confinado, durante todo a jornada. E o medo de perder o meu grande aliado?

Nesse final de semana passamos um aperto. Ele levou o Patinho para o Aquário de São Paulo (o programa mais furado que já fiz e que será objeto de post futuro). Na ida Gustavo trocava idéias com o Patinho I love you no taxi, mas no desembarque fiquei meio atrapalhada e não me lembrei onde tinha colocado o meu aliado. Gente, juro que meu coração gelou. Pensei e falei: - Guga, perdemos os Patinho I love you! Ele me olhou com uma cara horrorosa. Danei a procurar o bicho na minha bolsa e nada. Finalizamos o programa e, no taxi de volta, o Patinho reaparece iluminado na minha bolsa. A minha felicidade foi genuína e vocês verão que o passeio só serviu para a gente valorizar ainda mais essa criatura inanimada, que ganha vida às minhas custas.

Só para finalizar, outro dia, Guga se recusou a trocar umas poucas palavras comigo no telefone, mas bastou eu me transformar (me humilhar) no Patinho I love you que o diálogo se estabeleceu tranquilamente.

Ah! Agora dormimos juntos, eu, Guga e Patinho I love you, provando até o sucesso da cama compartilhada!

domingo, 27 de março de 2011

Por uma infância sem racismo - visão e depoimento


Está rolando uma blogagem coletiva sobre esse tema. É um dos que mais me mobiliza nessa vida. Mas, antes de falar de racismo, acho melhor falar um pouco sobre a minha visão sobre preconceito, em geral.

Acho que preconceito é uma postura inerente ao ser humano. É uma forma de tentar se antecipar a uma determinada situação, para não se surpreender. Antecipamos um julgamento, um conceito e com isso achamos que damos conta de controlar a vida. É difícil não ter preconceitos, é quase impossível. Mas quando os preconceitos nos prejudicam ou prejudicam os outros, devemos buscar evitar, refletir, mudar o rumo das coisas.

Então, o racismo, a homofobia, o sexismo, são formas de julgar as pessoas antecipadamente, com base em falsos conceitos, de que os negros (ou qualquer outra raça), os homossexuais, as mulheres, são categorias de pessoas que se distinguem das outras negativamente.

Sobre o racismo contra negros e preconceito contra nordestinos posso dar o meu testemunho, pois já sofri na pele, de forma direta ou sutil. A forma sutil é, para mim, a pior delas, é que a te deixa sem defesa, já que você chega a pensar que é paranóia, que é mania de perseguição. E aí o constrangimento fica por isso mesmo. Por exemplo:

Uma vez, estava com Guga no sling, num café tradicional daqui dos Jardins. Tava num papo com uma mãe, loura, com sua filha também loura. Chegou uma mulher, elogiou Gustavo e depois, sem nem me olhar na cara, se voltou para a mãe loura e perguntou se Gustavo era filho dela. Na hora, eu respondi, de forma ríspida, que era MEU FILHO. Mas ficou no ar o constrangimento, a ponto dela se desculpar.

Outra vez, estava com Gustavo no Museu da Casa Brasileira, brincando com ele e com conversando uma umas meninas, na faixa dos seus 8, 9 anos. Conversa vai, conversa vem, elas perguntaram na lata se eu era a babá de Gustavo. Falei que não, que era a mãe. E elas se surpreenderam, dizendo que não parecia.

Nas duas situações, ficou claro para mim que, na cabeça daquelas pessoas, a mim só restava ser a babá do meu filho. Não é novidade que, no imaginário da sociedade, aos negros cabem os papéis sociais que remontam à condição servil. A possibilidade de ser a mãe de uma criança com a pele clara estava descartada, não foi cogitada.

O pior foi quando eu fui contar isso aos amigos que, em sua a maioria. brancos, sem sentir, destilaram o preconceito quando tentaram justificar a situação. Ouvi as seguintes frases: - Você estava desarrumada?; - Mas, Evie, você deveria se vestir melhor, depois que virou mãe, você anda muito largada.

Ora, meus poucos leitores, quer dizer que para ser identificada como mãe do meu filho, eu terei que vestir roupa de gala. Se eu fosse branca, poderia estar de sandálias havianas, que nada aconteceria. O negro tem que ser o mais inteligente, o mais arrumado, o mais competente, senão, nunca será o dono do carro importado, mas, sim, o motorista, nunca será a cliente da loja, a mãe do filho branco, mas, sim, a sua babá que, por liberalidade da patroa, não está fardada de branco.

É como diz a música Ilê de Luz (composição de Suka-Carlos Lima), "até, meu bem, provar que não, negro sempre é vilão."

Outro ponto que não posso deixar de analisar é o fato de que, aquelas meninas que conversavam comigo no Museu, apesar de estudarem numa escola Waldorf, tida como inclusiva e tal, certamente não tinham vivenciado uma situação em que uma mulher negra e nordestina não as tivesse servindo. E os pais, tão graduados quanto eu, provavelmente não se preocupam em educá-las de outra forma.

Isso é triste e lamentável. E a mim, o que me cabe fazer para educar Gustavo nesse contexto?

1) Passar para ele a idéia de que ele é mestiço, assim como eu e o pai dele.

2) Ensinar que a nossa cor e outros traços físicos são fruto da coragem de gente que rompeu barreiras e se misturou e se enriqueceu culturalmente com isso.

3) Ensiná-lo a se impor e a descortinar o preconceito velado.

4) Combater com clareza suas eventuais atitudes preconceituosas, que certamente e infelizmente ocorrerão.

Em termos genéricos é isso ai. Só que, somente no detalhe, na vida cotidiana e nas pequenas atitudes é que se educa contra o racismo, principalmente, aquele que se encontra nas entrelinhas, de difícil comprovação e, consequentemente, de difícil punição.



segunda-feira, 21 de março de 2011

Babies, o filme



Há tempos estava querendo ver esse filme. Perdi a oportunidade na Mostra de Cinema daqui de São Paulo e fiquei esperando estrear no circuito comercial. Até hoje nada. Acabei assistindo por outras fontes e adorei!

É um documentário que retrata o nascimento e crescimento até uns quase dois anos de quatro crianças que vivem em lugares e realidades bastantes diferentes. Uma nasceu e cresceu na numa aldeia na Namíbia, outra numa cidade da Mongólia, outra em Toquio e outra na California.

Com poucos diálogos e cenas meio soltas, o filme conseguiu mostrar o óbvio de um forma muito bonita. E o óbvio para mim é que, na relação entre pais e filhos, somos, ao mesmo tempo, iguais e diferentes em vários aspectos dessa trajetória. Mas, de qualquer forma, achei interessante ver que eu, uma mãe urbana me assemelho bastante a uma mãe americana e ao mesmo tempo me identifico com o jeitão da mãe da Naníbia, por exemplo. É lindo ver que o momento da amamentação, quando vivenciado com tranquilidade, é especial para mães de todos aqueles paises, por mais diferentes que sejam. Outro ponto interessante é ver que o conceito e postura das mães em relação à higiene e segurança dos filhos é algo bastante relativo, por que se sujeitam às condições de vida locais.

sábado, 19 de março de 2011

O melhor lugar do mundo é aqui e agora

O contexto:

Chegamos cansados da natação. Ele, porque agitou bastante na piscina. Eu, porque dar banho em banheiro cheio de crianças, com direito a correria para fazer xixi, magueira espirrando água para tudo quando é lado, me deixa meio exausta.

A cena:

Eu deito no sofá e proponho: - Guga, pegue o seu violãozinho, filho, e venha tocar para a mamãe, enquanto eu leio o jornal. Ele vem todo fofo e senta no chão, junto de mim, e começa a dedilhar as duas únicas cordas do seu violão de plástico (o terceiro sobrevivente) e a cantarolar "Abelha, carneirinho", do Acabou Chorare.

Ficamos assim, eu, lendo jornal, e ele, na dele, cantando e cantando e cantando. Foi uma paz que durou eternos 10 minutos. Acho que Gilberto Gil sentiu algo assim quando compôs Aqui e Agora.

João e Maria - o chocolate salvou o programa e o meu bolso!


Sábado chuvoso em São Paulo. Passei parte da manhã matutando sobre o que fazer com ele. Adiantei o que pude, com a ajuda de minha mãe e no meio do dia decidi levá-lo ao teatro para assistir João e Maria, da Cia. Le Plat du Jour. Não gosto muito da estória, pois me aflige a idéia de um pai abandonar os filhos na floresta. De qualquer forma, dois fatores me levaram a decidir por ela: o teatro era muito perto de casa, alguns quarteirões apenas; e ele tem o livro e gosta muito. Ponto negativo: o ingresso era meio caro. Pesei e superei a questão grana!

Chegada a hora, fomos eu, ele e minha mãe. Ele estava eufórico, achando que iria encontrar os personagens dos Saltimbancos (a sua primeira e última peça teatral). Expliquei pela milésima vez que a peça era do João e Maria e que o Jumento não estaria lá.

Entramos no teatro e fomos para as nossas cadeiras, escolhidas a dedo, no gargarejo. O cenário já estava montado e consistia num painel forrado com tiras de pano, simulando uma floresta meio soturna, como a da estória. Guga fica olhando, olhando, olhando e tchan! Vira para mim com cara de terror e fala apavorado, ao mesmo tempo que corre: - Mamãe, quero ir pra casa!!!!!!!!!!! Sai num pique danando em direção à saída do teatro. Tenho dificuldade para alcança-lo e o encontro apavorado e irredutível. Não tinha santo que fizesse com que ele voltasse à sala do teatro. Ele nem queria conversar. E eu, apavorada com a idéia de ter que desistir do programa, já tendo gastado uma boa grana com os convites.

Conversa vai, conversa vem, nada dele se convencer. Pensei em várias coisas ao mesmo tempo: (i) Será que o meu desgosto pelo teatro foi transmitido geneticamente para ele? (ii) Criança é uma caixinha de surpresas! (iii) Não posso morrer com esse prejuízo, preciso pensar rápido numa solução! Aí me veio uma luz: - Guga, você quer um chocolatinho? Você come sentado nesse banquinho, enquanto a gente conversa sobre a peça, filho... Ele aceitou na hora o M&M´s (o pior dos piores). Sei que apelei ao inimigo, mas valeu. Já embevecido pelo chocolate foi possível travar um diálogo e ele aceitou, depois de comer 1/3 do saquinho, a ficar na última cadeira do teatro, aquelas extras que colocam para os retardatários. Firmou até o compromisso de esperar a peça começar e depois, se gostasse, seguiria para a nossa cadeira lá na frente. Se não gostasse, eu prometi que iríamos para casa. Tudo isso com ajuda das recepcionistas que ficavam elogiando a peça, induzidas pelos meus olhares desesperados. Nesse meio tempo, imaginei a minha mãe lá, sozinha e deus, sem ter a menor noção dos meus avanços, pensando talvez que eu já tinha ido embora.

Agora, olha a descaração da figura! A peça começa com dois passarinhos dialogando, com um sotaque nordestino de pernambucano, que Gustavo ama. Aquele medo se transformou na imediata admiração. Quando eles, os passarinhos, começaram a cantar um baião, o menino danou a dançar, como se nunca tivesse querido se pirulitar de lá. Eu, espertinha que sou, propus voltar às nossas cadeiras e ele aceitou na hora, esquecendo para todo o sempre os M&Ms.

A peça correu bem e até me surpreendeu positivamente. Bem, Gustavo seguiu hipnotizado, fascinado até o final e até chorou para ir embora. Agora, eu é que embarcasse no primeiro drama, tinha ido pra casa, sem eira nem beira.

No outro dia, o pai encontrou o M&M´s na bolsa e estranhou. Perguntou para ele, que imediatamente passou toda a ficha para o pai, contando nos mínimos detalhes a nossa odisséia.

Moral da nossa história da vida real:

1) Criança é uma caixinha de surpresas!
2) Paciência, dialogo e imaginação são aliados importantes! Mas um chocolatezinho, às vezes, é de uma eficácia insuperável.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Esse é o meu menino

Meu músico

- Mãe, isso não é sacfone! É um tombone!

***

Consertando a Vovó

Vovó Zil: - Guga, quer dizer que você vai para o Museu do Futibó?
Guga: - Futibó????? Futebollllll!!!! Hahahahaha!!!!!

PS.: Minha mãe fala assim, futibó. Detalhe que minha avó também falava. O que será de mim, meu Deus? Estarei eu condenada a falar futibó? Guga, amigos, não deixem eu pagar esse mico!

Vovó Zil: - Guga, cadê Tia Ébide? (Minha mãe fazendo graça com o nome de Evelyn)
Guga: - Não é Ebide, é Evelyn!!!!!

***

Negociando o castigo

- Quero uma chance! Me dá mais uma chance! (Quando sabe que vai sofrer retaliação por alguma traquinagem).

***

Porque não posso tirar o olho dele

1) Já se perdeu em Salvador, me levando à loucura por alguns 3 minutos!

2) Jogou um pé da Haviana pela brecha do hall do Elevador.

3) Mesmo depois de ter levado um esporro, dias depois, jogou um VIOLÃO pequeno pela brecha do hall do Elevador. Se não houvesse um aparador lá embaixo, alguém teria morrido. Mas eu quase morri do coração.

4) Meteu a cabeça na fresta daquela grade que costuma separar a área vip em estádios de futebol. Não conseguiu sair sozinho, mas, felizmente, foi só uma questão de ajeitar o cabeção. Ufa!!!

PS.: O que eu faço após as tranquinagens? Em regra, quando eu consigo manter a coerência, dou esporro e busco retaliar de alguma forma, proibindo que me leve até o elevador (ela adora); proibindo que ele brinque de dirigir o meu carro. Às vezes acho que funciona, outras acho que ele nem liga. Vou tentando...

quinta-feira, 3 de março de 2011

A natação



Sábado passado fizemos uma aula teste de natação. Com dois anos, a mãe não entra na piscina, o que me fez pensar que a adaptação seria necessária, como foi na escola. Fui toda compenetrada, imbuida do espírito mãe-machona, que iria ser firme na hora da separaçao. Qual o quê, como diria Chico! Ele já se amigou com o instrutor da recreação que antecede a aula e de lá foi pra piscina sem olhar pra trás. Fiquei orgulhosa, pois além disso participou ativamente da metade da aula, já que na outra metade quis se desgarrar do grupo para ficar sozinho, num canto da piscina, fazendo as suas próprias atividades. Nada agradável para uma das instrutoras que teve que ficar exclusivamente com ele, já que a cada escorregada que ele dava eu tinha surtos internos e ele engolia quase a piscina inteira. O saldo foi mais do que positivo, comprovado pela frase que falou no banho, já em casa: - Mãe, a gente vai fazer nataçao pra sempre? Lindão, claro que vai! Venderei as minhas calças, mas você vai nadar melhor do que o Nemo!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Histórias para Guga dormir - baseadas em fatos reais

- Mãe, conta uma história? (já deitado na cama, pronto pra dormir, do meu lado)
- História de quê, filho?
- Hummm, éhhhh,...., História de eu!
- Era uma vez uma sementinha que foi parar na barriga da mamãe...

***

- Mãe, conta uma história? (já deitado na cama, pronto pra dormir, do meu lado)
- História de quê, filho?
- Hummm, éhhhh,...., História de Astajeneca!
- De manhã, a mamãe acorda e leva Guga para a esco?
- Linha!
- Depois, a mamãe vai pro?
- Tabalho
(e ai vai...)
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