quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ser mãe não é brincadeira...

A ideia do blog é deixar registrado os momentos mais relevantes da infância de Guga, sejam eles bons ou ruins, e também dividir com leitores interessados no assunto as minhas percepções sobre a maternidade, que é para mim um papel de extrema importância.

Então, Gustavo e Leitores, tem horas que são mesmo muito difíceis. Difíceis até de escrever.

Situação 1

Tipo assim, agora Guga só quer o papai! Desde que ele começou a dormir na casa do pai, tenho tido que lidar com a situação extremamente desagradável de ser preterida expressamente por Gustavo. Seria exagero dizer que não temos mais momentos bons, mas também seria tapar o sol com a peneira dizer que isso ocorre de vez em quando. Infelizmente, essas expressões de desprezo à minha pessoa tem sido frequente e espero (e tenho quase certeza) que é uma fase. Quando chega da casa do pai, algumas vezes quando me vê já berra alto e em bom som: - Não quero você! Isso mataria a mãe mais desnaturada, imagine eu, toda dedicada, toda saudosa por ter passado o dia anterior (curtindo a vida) longe dele. Isso às vezes acontece quando eu chego do trabalho e encontro ele já todo entretido com o pai aqui em casa (às segundas e quartas). Tem que ter coração de pedra pra não sofrer.

Sei perfeitamente e racionalmente que isso é um ótimo sinal de que a figura paterna é presente, que ele está se desenvolvendo independente da simbiose mãe-filho, que está estabelecendo outras relações afetivas tão importantes quanto à nossa. Tudo isso eu sei e comemoro, mas gostaria, do fundo do meu coração, que ele pegasse mais leve com a mamãezinha aqui.

Essa independência dele tem alguns desdobramentos e se manifesta de jeitos parecidos com outras pessoas, a exemplo de Elaine, Bibia, Evelyn. Enfim, mamãe tá com pouca moral. Acho que é estágio para a adolescência.

Situação 2

Outro dia, Evelyn e minha mãe levaram Guga para fazer um ensaio fotográfico para uma Loja (ainda não saiu o resultado e por isso não sei dizer se vai dar certo). Tudo lindo, maravilhoso, não fosse a cena presenciada por Evelyn. Guga encostou na sacada do estúdio e começou a imitar uma pessoa fumando, segundo Evelyn, com riqueza de detalhes. E ainda dizia, com todas as letras: - Vou fumar!

Quando eu soube, quase tive um troço! Se tivesse na Raposo Tavares (a estrada que percorro todo santo dia para ir ao trabalho), teria trombado num caminhão. Meu Deus! Eu odeio cigarro e, ainda que não ligasse, acho que criança e, principalmente o meu filho, não deveria se exposto de forma alguma, no seu dia a dia, a esse hábito (nem na forma de espectador). Imediatamente expressei o meu desagravo aos interessados, mas não posso deixar de me lamentar. É duro ser mãe nessas horas!

Há quem diga que não posso colocar o meu filho numa redoma e que essas coisas estão aí, na vida. Concordo com Paloma (não sei colocar links, sorry!) quando ela fala que, na infância, devemos sim selecionar as melhores opções de vida para os nossos filhos. Isso, para mim, não significa colocar numa redoma, mas sim viver da melhor forma possível - direito de todos, dever de quem cuida. Fumar na frente de uma criança a ponto dela ter isso como parâmetro é altamente desnecessário, pois exemplo é tudo nessa fase.

Esse assunto me bodeia tanto que até esqueci outras situações. De qualquer forma, tudo isso tem o lado bom, que é ver o meu bebezinho de outro dia todo cheio de expressões próprias, de independência. Crescer dói, tanto para ele, quando para mim, que já não sou tão necessária assim, mas, mesmo assim, continuarei por aqui, cuidando dele do jeito que permitem as minhas convicções.

4 comentários:

  1. Concordo com vc quando diz que selecionar opções não é colocar numa redoma. E se for, eles são muito pequeninos ainda: redoma neles!
    Comprei aquele móvel ha muitos anos na teodoro sampaio. Mas tenho certeza que vc acha parecido dem lojas como Etna e Tok Stok, ou até mesmo na Telhanorte e Leroy Merlin!
    Bjos

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  2. Ai Evie, que difícil!!
    Primeiro, a situação com o pai. Realmente é um sinal que o pai do pequeno é presente, mas eu também me sentiria arrasada ao ouvir essas coisas... É claro que ele não diz por mal. Ele é pequeno ainda, provavelmente tem dificuldade em expressar que queria ficar com os dois pais...
    Sobre a situação do cigarro, concordo 100% com vc. Eu também ficaria muito brava e detestaria que fumassem na frente do filhote, principalmente se for alguém que ele gosta ou tem como referência.
    Força querida...
    bjocas

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  3. Oi Evie
    estou fazendo uma materia para a revista Pais e filhos sobre gravidas e mães solteiras e queria saber se quer participar?

    se topar me escrever para werlang.flavia@gmail.com que te envio as perguntas
    obrigada
    bjs

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  4. Evie, a primeira situação é chata, mas mostra que o pai é presente e importante na vida dele. O que ele, Guga, não quer é ter que ficar ora com um ora com outro. E ele sabe que, quando vc aparece, é hora de se despedir do pai. Mas tudo isso é normal e a Ciça também já me expulsou do quarto onde estavam ela e o pai.
    Mas a segunda situação é péssima, acho que eu matava. Reclame mesmo, criança aprende pelo exemplo. Na minha família, a última fumante deixou o cigarro, mas, enquanto fumava, eu não deixava que fizesse isso na frente da Ciça nem que pronunciasse a palavra, quando precisasse sair para fumar. Deu certo, a Ciça até hoje não se ligou que isso existe.
    Uma redominha nesta fase é sempre salutar!
    Beijos

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