Com o perdão do cliché, a maternidade é cheia de verdades máximas, que todos insistem em apregoar o tempo todo. Quando digo todos, estou me incluindo também, pois, na medida que vou educando Guga, passando por todas as experiências, me pego tentando aplicar as tais verdades máximas. Só que o que eu tenho percebido é que, até mesmo as verdades máximas se contradizem, o que torna as coisas muito mais difíceis.
Exemplo:
- Você deve criar o seu filho para o mundo x criança cega a gente, não podemos descuidar!
- O leite materno é insubstituível x Cuidado, manter o filho na base do peito pode gerar dependência!
- Filho muda toda a sua vida! x Seu filho tem que se inserir na sua vida e não o contrário!
As vezes é fácil compatibilizar essas máximas da maternidade, mas tem horas que fica difícil saber quando soltar e quando proteger, ficar de olho, por exemplo. Se você coloca o filho embaixo da sua saia, está superprotegendo. Se solta, larga mão, é negligente. Óbvio que a zona cinzenta ou o caminho do meio é o que se quer, mas quando e como encontrar o caminho do meio?
Em termos práticos, eu vivencio dificuldades em relação ao caminho do meio. Gustavo é bastante ativo, buliçoso, desafiador algumas vezes. Ou seja, sinto que ele demanda vigilância. Por outro lado, ele é o tipo de criança que, fora de casa, ele requer a presença de física do adulto que está cuidando - eu, o pai, minha irmã, babá, o tutor da escolinha. Esse traço de personalidade dele às vezes suscita nas pessoas a ideia de que ele é superprotegido, que eu sou grudada demais, que eu deveria deixá-lo mais solto, para que ele seja mais independente. Ou seja, que não estou criando ele para o mundo.
Esse dilema se instalou fortemente na viagem que fizemos a Salvador e me fez refletir bastante para identificar quais os momentos que devo ser mais relaxada e quais devo manter a vigilância. O conceito de criar o filho para o mundo ainda é muito subjetivo para mim e por isso os conselhos e toques foram e são muito bem vindos, pois os olhares de fora me ajudam a dimensionar essa abstração toda. Meu pai foi essencial nessas férias justamente porque a sua experiência e credibilidade me deixaram à vontade para ousar um pouco mais. O resultado foi positivo, já que Guga se soltou, assumindo um comportamento menos desafiador em alguns momentos.
Mas, olhando de outra forma, não me acho assim tão protetora, pois o fato de ser separada do pai de Guga me força a não ter certos apegos, já que é necessário que ele conviva com pai familiares, longe da minha presença, até mesmo dormindo fora de casa.
A ideia não é exatamente chegar a uma conclusão sobre qual das máximas prevalecem, mas deixar claro que, na minha opinião, essas verdades são apenas nortes, balizas que devem ser consideradas quando se está educando um filho, ainda que seja para descartá-las em algum momento, voltando aplicá-las em outro, na maior humildade.
Exemplo:
- Você deve criar o seu filho para o mundo x criança cega a gente, não podemos descuidar!
- O leite materno é insubstituível x Cuidado, manter o filho na base do peito pode gerar dependência!
- Filho muda toda a sua vida! x Seu filho tem que se inserir na sua vida e não o contrário!
As vezes é fácil compatibilizar essas máximas da maternidade, mas tem horas que fica difícil saber quando soltar e quando proteger, ficar de olho, por exemplo. Se você coloca o filho embaixo da sua saia, está superprotegendo. Se solta, larga mão, é negligente. Óbvio que a zona cinzenta ou o caminho do meio é o que se quer, mas quando e como encontrar o caminho do meio?
Em termos práticos, eu vivencio dificuldades em relação ao caminho do meio. Gustavo é bastante ativo, buliçoso, desafiador algumas vezes. Ou seja, sinto que ele demanda vigilância. Por outro lado, ele é o tipo de criança que, fora de casa, ele requer a presença de física do adulto que está cuidando - eu, o pai, minha irmã, babá, o tutor da escolinha. Esse traço de personalidade dele às vezes suscita nas pessoas a ideia de que ele é superprotegido, que eu sou grudada demais, que eu deveria deixá-lo mais solto, para que ele seja mais independente. Ou seja, que não estou criando ele para o mundo.
Esse dilema se instalou fortemente na viagem que fizemos a Salvador e me fez refletir bastante para identificar quais os momentos que devo ser mais relaxada e quais devo manter a vigilância. O conceito de criar o filho para o mundo ainda é muito subjetivo para mim e por isso os conselhos e toques foram e são muito bem vindos, pois os olhares de fora me ajudam a dimensionar essa abstração toda. Meu pai foi essencial nessas férias justamente porque a sua experiência e credibilidade me deixaram à vontade para ousar um pouco mais. O resultado foi positivo, já que Guga se soltou, assumindo um comportamento menos desafiador em alguns momentos.
Mas, olhando de outra forma, não me acho assim tão protetora, pois o fato de ser separada do pai de Guga me força a não ter certos apegos, já que é necessário que ele conviva com pai familiares, longe da minha presença, até mesmo dormindo fora de casa.
A ideia não é exatamente chegar a uma conclusão sobre qual das máximas prevalecem, mas deixar claro que, na minha opinião, essas verdades são apenas nortes, balizas que devem ser consideradas quando se está educando um filho, ainda que seja para descartá-las em algum momento, voltando aplicá-las em outro, na maior humildade.
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