segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Guga dormiu na casa do pai

Esse sábado demos início a essa nova rotina, que é dormir um dia do final de semana na casa do Artur. Por ele isso já deveria ter acontecido desde o tempo em que Guga era bebezinho. Claro que eu sempre achei precipitado e tentava demovê-lo da idéia. Primeiro porque acho que Guga precisava de um rotina demarcada em casa e acho que essa rotina nossa com ele nos ajudou a conhecê-lo e ele a nós. Em segundo lugar, acho que ele precisava de um cantinho na casa do pai, com brinquedos, caminha, as coisinhas dele. Aos poucos, essas etapas foram sendo cumpridas, tendo sido entremeadas pela entrada na escola, que demandou um tempo de adaptação de todos nós. Fomos avançando nessa evolução, até que chegou a hora! Ele já está falando mais que nega do leite e expressa as suas vontades com clareza, ainda que sejam vontades e sentimentos passageiros. Senti que era o momento.

Nos dias que atencederam à dormida, fui conversando com ele, dizendo que iria dormir no sábado na casa do Papai e da Lelê (com isso evitaria que ele pensasse que o pai viria aqui para colocá-lo para dormir). Ai veio a primeira apreensão. Ele, de forma totalmente espontânea, disse que não queria dormir com Lelê, só com o papai. Ops! Fiquei de orelha em pé. No outro dia, como quem não quer nada, falo novamente no assunto e ele repete o que disse no dia anterior. Pedi para Elaine, sua confidente, checar o assunto e ele é mais especifico, dizendo que está "chateado com Lelê". Pois é, parou por ai. Avisei ao pai sobre essa reação e entreguei ao Universo, como diria minha mãe.

Orelhas continuam em pé, mas agora mais tranquilas, pois correu tudo bem. Ele adorou o quarto, falou comigo por telefone e logo me perguntou se eu iria "naná", demonstrando que estava à vontade com o assunto.

Quando ele dormiu, Artur me passou o relatório detalhado, o que já é nossa marca. Não poupamos informaçoes um ao outro, pelo menos é o que eu sinto em relação a ele e é o que eu faço com ele. Todo o ritualzinho de sono foi seguido e ele dormiu tranquilo. De manhã, Artur disse que ele sentiu a minha falta quando Artur tava falando de uma princesa (não vou mentir que gostei um pouquinho disso) e também em outro momento da manhã.

Na verdade, a parte mais delicada foi quando Artur veio trazê-lo e ele achou que o pai deveria ir conosco ao nosso passeio. Foi comovente vê-lo pedir ao pai, chorando sentido. É duro isso, pois ainda é uma coisa que me deixa abalada. Tava conversando com uma pessoa mais experiente no assunto, que me disse que temos que agir de forma mais natural possível, para que ele ache natural a alternância entre pai e mãe. Concordo racionalmente, mas emocionalmente ainda não, já que eu vivi a experiência de ter uma infância feliz ao lado dos meus pais quando ainda estavam juntos. Mas, por outro lado, a realidade de Guga é diferente da minha e deve ser encarada pelo lado mais positivo possível. Vamos conseguir, eu sei. Nesse ponto, eu e Artur estamos mais juntos que tudo!

Um comentário:

  1. Que bom, Evie! Já falei o quanto te admiro, né? Acho sua postura fenomenal.
    Beijos

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