Guga começou a ir para a escola em julho desse ano. A adaptação foi difícil para todos nós e um dia pretendo fazer um post com as minha reflexões e registros. Só que hoje posso falar de boca cheia que ele está adaptado e, mesmo em seus momentos de crise, se sente confortável com as pessoas que cuidam e ensinam para ele as coisas da vida.
Então, nesse cenário, o encerramento das atividades escolares foi para mim um momento especial, pois pude afirmar (internamente) que valeu a pena ter enfrentado os medos e a incerteza sobre se colocá-lo na escola antes dos dois antes seria uma boa opção e também se a Lumiar seria uma boa escolha. Guga se desenvolveu muito bem nesse período escolar. Iniciou bastante disperso e terminou bastante integrado com os tutores e assistentes, mestres, coleguinhas de classe e também de outras classes, já que lá na Lumiar o convívio entre alunos de idades diferentes é bastante intenso, a ponto de Guga saber o nome da maioria dos alunos de outras classes. Ele também chama pelo nome todos os pais dos seus coleguinhas e eu acho isso muito engraçado. Detalhe: não chama de Tia, não. É a Lú, Silvio, Dudu, e por ai vai. As tutoras e Assistentes também não são chamadas de tia ou de professora. Política da Escola.
Dentre os projetos que ele mais se identificou foi do Fábio, que durante o ano, apresentou aos pequenos o ritmo e a dança do Cacuriá, típicos do Maranhão. Guga fica vidrado e isso eu notei desde a festa Junina. Só que hoje, como forma de integrar os pais no encerramento das atividades, os pequenos fizeram uma apresentação livre das principais músicas do Cacuriá, vestidos de batinha e sainha de chita. FOFURA TOTAL. Todos caíram na dança, com exceção de Guga, que ficou hipnotizado pelo batuque, a ponto de, no final, tocar ele mesmo o tambor do Fábio, rendendo palmas de todos os presentes. Esse momento mágico não foi filmado nem fotografado. Quis aproveitar sozinha (e sem interrupções) o momento de ver o meu filho tão integrado, mostrando as sua habilidades percussivas. Sucesso! Se não fosse a Lumiar, ele não teria conhecido o Cacuriá. Ponto para a escola.
Outra coisa muito legal que eu notei é que, hoje em dia, ele transita pela escola com uma desenvoltura incrível, assim como todos os coleguinhas. Noto que não há a neura de mantê-los sempre à vista. Na verdade, eles vão aprendendo a se virar naquele espaço físico, sozinhos. Fiquei aflita no início, mas acabei notando que Guga quase não apronta das suas, se resume a correr e conversar com os outros alunos e tutores. É uma lição que ainda não aprendi, pois, nas nossas andanças (eu + ele), fico bastante preocupada com a segurança dele e acabo segurando as rédeas, talvez mais do que deveria. Escola também ensina aos pais.
Além de ter criado bastantes vínculos com a Renata, tutora, e com a Vivi, assistente - com quem ele lida diretamente nas atividades. Ele fica bastante à vontade com a Dri, tutora da tarde e com o Fê, assistente da tarde, muito embora só fique na escola no turno da manhã. Agora, paixão mesmo ele tem pelo Rafa, assistente da turma do infantil, um carinha jovem, tranquilo, com sotaque do interior; pelo Fábio, mestre do Cacuriá; Andréa, responsável pela limpeza, e pelo Damião, o porteiro, figura bastante carismática, diga-se de passagem! O Damião ganhou até um apelido do Guga, que o chama de Dami, na maior intimidade. Adoro isso! Meu filho gosta de gente!
Fomos ao encerramento sozinhos (eu + ele). O pai tinha um compromisso, inadiável mesmo. Evelyn, trabalhou. O resto (avô e avó paterno) não sei - ponto para um post especial. Mesmo sozinha, já me sinto em casa na escolinha, a minha adaptação foi um sucesso também!
Muito legal, Evie.
ResponderExcluirSobre o que vc citou de viver coirrendo atrás dele, li uma coisa no "Bésame Mucho" (Carlos González) que fez bastante sentido. Ele diz que as crianças só se afstam numa margem de segurança (eles sabem onde a mãe está e podem vê-la, se olharem para trás) e sempre voltam. Mas, se a mãe sai do lugar inicial e vai atrás dele, a margem de segurança dele aumenta e ele continua a correr. Imagino que em lugares de multidão isso seja difícil, mas num lugar ao ar livre (praças e parques fechados, MCB etc.), vc poderia desencanar um pouco e esperá-lo voltar.
Beijos,
Paloma
Que bom que vc me lembrou dessa parte! Vou até reler. Mas, pelo que vejo de Guga, ele ainda está meio sem noção, para me chamar atenção. Vou ter que meditar para conseguir chegar no estágio Lumiar.
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