sábado, 25 de dezembro de 2010

Salvador - avanços na linguagem

Acho esse post sobre a avanços na linguagem sempre haverá após as nossas viagens. Esse intensivão família-amigos-lugares diferentes é bastante poderoso, ele volta sempre tagarela, falando até com sotaque!

Quando estávamos nadando ou correndo pela praia, ele falava cada coisa engraçada! Vejam que fofo:

- Aleluia!!! (Não sei com quem ele aprendeu, mas para uma mãe nada ligada em espiritualidade e em religião, dá um frio na barriga).

- Vou migulhá no bacalhau!!! (No início, eu fiquei sem saber onde ele aprendeu a falar bacalhau, mas depois vi que é parte de uma música - "A cozinheira lá de casa, fez uma comida especial, arroz, feijao e bacalhau". Não sei quem ensinou, só sei que ele aprendeu..rs).

- Onda, vem pra mim!!! (fofo!).

- A praia tá cheia de cocô!!!! Mãmãe, cadê o meu cocô amarelinho!!! (Momento vergonha: ele fez cocô na fralda e como não tinha lixo na praia, tive que jogar no mar. Eca! Já tava com uma super vergonha, quando lança uma dessa!).

- Mamãe, não estou mais chateado! (Chegou na praia de mau humor, irritado com a temperatura da água, um pouco fria. Depois, foi acostumando e lançou essa frase fofa).

Frases menos tarzanicas e sotaque baiano:

- Mamãe, quero ir pra casa mesmo. (Já em SP tinha começado a usar esse termo, mas aqui era toda hora).

- Ô minha mãe! ô minha avó, venha cá! (Sotaque baiano comendo no centro).

- Mamãe, o que aconteceu com a televisão? Não sei...(Aprendeu a falar não sei, e toda hora dava um jeito de perguntar coisas e ele mesmo responder não sei, na sequência).

- Mamãe, a lua de Papai Noel é barulhenta. A casa de papai noel é aqui? A casa de papai noel é na lua?

- Mãe, quem é seu pai? (As vezes, se referia ao avó, como "seu pai", no caso, o meu pai).

- Mãe, você ainda tá chateada? (Depois de eu ter dado um carão, por uma das suas traquinagens. Fiquei calada, distraida, mas ele ainda se sentindo culpado, lançou essa).

- Tia Patola, você tá chateada com Enetinho? (Achou que Patola tinha dado um bronca).

Alguns causos:

Minha mãe pegou minha sapatilha emprestada para ir ao shopping, sem minha autorização. Na volta, eu nem tinha percebido, mas quando ele viu (no momento em que peruava a nossa conversa), começou a pedir: - Vovó, tila, tila!!!! E nós ainda não estávamos entendendo. Foi quando ele começou a apontar para o sapato. Minha mãe tirou e deu para ele. Prontamente ele me devolve: - Tó, mãe! Fofo, sabe proteger o patrimônio da mamãe, até porque o pé de minha mãe tem a capacidade de desbeiçar qualquer sapato.

Na voltamos para Sampa, pela Azul, e ele se comportou bem no avião. No ônibus de Campinas para São Paulo, já estava entediado e começou a cantar alto, rolando um momento vergonha engraçado. Olha o jeito que ele cantava essa música, alto e em bom som, no ônibus:

Olha o camaleão, olha o rabo dele,
Segura esse nego, senão ele cai,
Meu caximbo era de rola de samulai.

Ainda bem que ele gostou da música Marinheiro Só, pois só assim consegui que ele mudasse o repertório. Graças!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Salvador - Guga imerso na baianidade


Confesso que estava com preguiça de escrever sobre as férias em Salvador. Foram muitas emoçõoooes!

O tempo colaborou, já que fez sol na maioria dos dias, com exceção de uns dois dias. Por outro lado, o calor que nos levar à praia e permite a maioria dos passeios, muitas vezes faz com que tudo que se faça fique muito mais cansativo.

Bem, a nossa rotina girou basicamente na ida à praia e ao clube e às visita aos parente e amigos. Mas praia e piscina são disparados os prediletos do meu bichinho.
Frequentamos bastante a Associação Atlética da Bahia, um clube que somos sócios e que recentemente foi reinaugurado. Piscina é mais prático que praia. Suja menos, é mais fresco. Foi uma alternativa ótima e Guga adorou, tanto a piscina rasa quanto a funda. Viva as boinhas! Virei fã!


Outro ponto forte da viagem, eu não canso de dizer, é o contato intenso com a minha família. Todos amam ele e ele ama todos. Pegou bastante afeição por minha mãe, tanto é que quando ela sumia das suas vistas, ele perguntava: - Cadê a vó? Depois, com o passar dias, já tinha incorporado o sotaque baiano. Ai o jeito era outro: - Cadê minha vó?


Meu pai e ele também ficaram num xodó, só! Ele adorava pegar no umbigo bizarro do meu pai, adorava brincar na casa dele, ignorando o calor que beirava uma sauna. O auge foi o dia em que meu pai estava tendo aula de pilates e Guga quis participar ativamente. Meu pai ria e ele também se esbaldava, repetindo as orientações do meu primo Rodrigo, fisioterapeuta, e também subindo na pancinha do vovô, ajudando a atrapalhar a sessão. Tudo isso regado a muita risada de todos.




Esse ano eu busquei mais contato com amigas que não via fazia muito tempo, como por exemplo, Dani Teixeira. Tivemos um dia super agradável no Iate Clube de Salvador, um lugar lindo, pois a piscina faz fronteira com o mar. Coisa linda mesmo. Guga logo se espantou: - Mamãe, o que ser esse mar? Aquela paisagem despertou a sua imaginação: - Mamãe, cadê a casa de Papai Noel? Ontá Mamãe do Céu? (alguém falou sobre essa entidade, e por questões óbvias, eu fiquei sem saber o que dizer). Lua e estrelas viram tema da conversa, pois ficamos lá até o anoitecer. Foi ótimo!


Logo nos primeiros dias fomos para Praia do Forte com Patola e Ernestinho, filho dela de 3 anos. Procuramos um local com piscinas naturais (lá é o que não falta) e fizemos a festa. Logo logo outra criança se juntou a nós e ai eles brincaram pra caramba. Na volta da praia, fomos até o Projeto Tamar para tomar banho de água doce, almoça e depois ver as tartarugas. De fato, tudo isso aconteceu, mas de forma pouco tranquila, pelo menos para mim.



No caminho do Projeto Tamar, eu já estava com fome (urrando!), o sol tava de lascar e Guga querendo correr pela areia quente, se sujando todo, ou querendo colo, me matando de cansaço. No banho de água doce ele fez vários cocôs no chuveiro público. Momento vergonha e trabalheira. O almoço demorou e não estava bom. Guga com toda energia para brincar e fugir do restaurante em direção às tartarugas. Alegria para ele e cansaço para a mamãe aqui. 40 graus de sol e calor. Finalmente fomos até o reservatório dos bichos e ele amou! Ernestinho também! Mas eu e Patola já estávamos exaustas, querendo voltar. Quando chegamos ao carro, tinha sido rebocado. Estacionamos em lugar proibido! Enfim, até resolver tudo, pagar multa e tudo mais, já eram quase 18 hrs. Porém, mesmo com todo cansaço, Guga adorou e até hoje fala da praia do forte!

O nosso reveillon foi bastante caseiro, justamente como eu queria. Não tava disposta a enfrentar trânsito e multidão com Guga, ainda mais que ele certamente estaria dormindo, ou querendo dormir. Patola e Ernestinho vieram para nossa casa e eles brincaram bastante. Demos banho e vestimos branco nos nossos meninos, para que eles seguisse a nossa tradição. Dormiram tranquilos e nós terminamos a noite vendo os fogos, desejando o melhor para 2011 e falando da vida. Sem stress e com muita amizade, como diz Elaine.



No mais, visitamos Mary e Gui, ele tomou banho de piscina na laje, fomos para a pracinha e muita, muita praia. O meu peixinho ficou tanto na água nesse verão que teve Otite. Então, nos 4 últimos dias, ficamos de molho em casa. A sorte é que a dor não parecia ser tão forte, pelo menos ele aguentava brincar e tal. O chato é que para que ele melhorasse, tivemos que dar antibiótico. Mas é isso aí! Pelo menos ele aprendeu a migulhá.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Salvador - pinceladas

A minha casquinhagem, aliada á inércia que me impediu de ter comprado as passagens com antecedência, me fizeram viajar de Azul, que sai do aeroporto de Viracopos. Se não tivesse com Guga, teria sido tranquilo. Mas com ele, fiquei meio arrependida, por dois motivos: é preciso muita antecedência para dar tudo certo com o horário do vôo e o ônibus até o aeroporto pode ser um problema, se não conseguirmos uma cadeira para cada um - justamente o que aconteceu.
Então, Gustavo no auge da sua agitação, gritava, com todo mundo dormindo:
- Como podelei viver!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ou
- Mamãe, quelo ir pa MINHA casa!!!!!!!!!!.
Além disso, já bastante consciente das coisas da vida, lançou o clássico:
- Já chegamos? (Detalhe: 15 minutos após o ônibus dar a partida).
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No aeroporto foi mais tranquilo, pois tinha espaço para ele correr. Era eu indo atrás e ele percorrendo cada um dos portões de embarque, gritando alto quem era do dono de cada letra:
- G, é meu, Mamãe! É fechadinho!!!
- E, é da Nani!!! É da mamãe!!!
- A é do papai!!!
Ele fez bastante amizades e se encantou com uma menina, chamada Jenifer. No início, ele só a chamava de menininha, mesmo sabendo o seu nome. Depois arriscou um Diniter, deixei rolar. Nos separamos durante o vôo, mas no final ele começou a choramingar, pedindo para revê-la. O reencontro rendeu até fotos, tiradas pela mãe dela.
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Chegamos e apesar da euforia por rever Tio Mima e Vovó Zil, dormiu exausto no carro. Sono agitado e precipitado. Acordou á noite e pediu para ir para casa dele. Primeira vez que ele verbaliza isso com tanta clareza.
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Dia seguinte, café da manhã na casa de Vovô Jalba e Sueli e praia na sequência. Ele ama a praia, o sol, tudo daqui. É como eu, praiero. Não tem medo de água e se lambuza na areia. Comeu acarajé e gostou! No mar, gritava na maior alegria: - Vou entrar no Bacalhau!!!!! (não sei o que isso significa). Inventava músicas, cantarolava as já conhecidas ou as suas novas manias. Ele tá feliz e falante. E eu feliz e cansada, mas já com mais experiência e tranquilidade. E só estamos começando.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sitio do Pica Pau Amarelo - O Minotauro


Faz algum tempo que eu comprei esse DVD, com intenção de rever um dos melhores capítulos, na minha opinião, da série do Sítio. A idéia era apresentar para Guga somente quando ele tivesse uns 3 anos, pois acho que tem cenas meio fortes.

Só que esse final de semana, começamos a ouvir a trilha de 1970 e tantos que baixei da internet, maravilhosa, por sinal. Ele começou a perguntar sobre as músicas e eu a tentar descrever os personagens a que cada música se referia. Mas eu não conseguia descrever com fidelidade ou de um jeito que ele entendesse. Ai me veio a idéia de colocar só o início, para que ele fosse vendo os personagens. Pra quê? O moleque pirou! Amou. Nem piscava o olho!

Quando Minotauro apareceu, mugindo, pensei que ele iria ficar com medo. Nada! O bichão raptou Tia Anastácia. Nada de medo! Pra prevenir, utilizei a técnica do filme Adeus Lenin e dei uma maquiada na história, dizendo que o Minotauro era bozinho e que ele tava mesmo é com fome, por isso que levou a Tia Anastácia para cozinhar para ele. Não menti, mas amenizei um pouco.

Ele adorou o saci, fantástico! Zé Carneiro, impagável! E Emília, figura! Passamos o resto do dia cantando a música da Emília, na versão dos anos 80, interpretada por Baby do Brasil, que atualmente está bem parecida com a Cuca.

Natal na Paulista - agora eu entendo

Esse post é uma forma de me redimir. Sempre critiquei, lancei todas as maledicências possíveis e imagináveis contra a decoração de Natal da Paulista e de qualquer outro lugar. Sempre achei Natal e os seus motivos vindos da Lapônia uma coisa bizonha! Mas aí veio o meu príncipe. E eu, aos poucos, fui me rendendo àquilo que sempre rejeitei. Até o primeiro de ano Guga, uma guirlanda na parede. Do primeiro pro segundo ano, uma árvore de natal pequena, cheia de luzes. Só que ele não entendia nada. Quase não curtiu.


Esse ano já foi diferente. Aquela árvore já fez todo sentido para ele. Toda visita que chega, ele liga a árvore, como bom anfitrião que é. Comecei a me empolgar! Daí para eu ir para Avenida Paulista com ele e com a Super Tia Evelyn foi um pulo, digamos, um pulinho. Começamos pelo Banco do Brasil, com as suas renas e girafas e com os seus bonecos gigantes movidos a carne humana (num calor de 60 graus!). Pensei: - Ele não vai gostar, isso tá horroroso! Ledo engano, amou, amou, amou! Falou com todos os bonecos, pegou em todas as renas e tudo mais. Não vou mentir que gostou também (e muito) dos caixas eletrônicos, ensaiando até pegar o dinheiro de uma jovem desavisada (momento vergonha).

Seguimos a nossa pregrinação, com Guga no colo, rindo sozinho como se tivesse visto um passarinho verde. Isso me deu forças para continuar até o inferno! Evelyn então, nem se fala. A bichinha é empolgada com esse sobrinho de um jeito....! Bank Boston, aí fomos nós! Enfrentamos multidão e fila para, finalmente, colocar Guga frente a frente com Papai Noel de carne e osso. Quando estávamos na cara do gol, Guga avistou um pirulito no chão e começou a pedir, pois Tia Beca fez o favor de apresentar essa iguaria ao meu garoto naturalista. Pois é, comecei a fazer sinal para Papai Noel não dar o pirulito, tal como ele estava fazendo com as outras crianças. Ele acatou, mas sob protesto, queria saber o porquê eu não queria dar pirulito para Guga. Pode? Intrometido, não?

Mas isso não nos desanimou, seguimos na peregrinação bancária na direção do Bradesco, com direito a paradinha no Trianon, cuja decoração está realmente bonita! No Bradesco nossa pilha acabou e Guga começou a dar bafão na frente do coral da família Noel. Hora de voltar para a casa, mas com a sensação de que mais vale um filho feliz do que ver Papai Noel voando, como quer o meu amigo Tiago, que anda rogando praga para o velhinho no FB. PROTESTO!

Só pra finalizar, Guga não pode ver um judeu ortodoxo na rua que já chama de Papai Noel, na cara! (meu bairro é cheio deles, por conta das sinagogas). Acho que eles adoram..rs.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Encerramento da Escola


Guga começou a ir para a escola em julho desse ano. A adaptação foi difícil para todos nós e um dia pretendo fazer um post com as minha reflexões e registros. Só que hoje posso falar de boca cheia que ele está adaptado e, mesmo em seus momentos de crise, se sente confortável com as pessoas que cuidam e ensinam para ele as coisas da vida.

Então, nesse cenário, o encerramento das atividades escolares foi para mim um momento especial, pois pude afirmar (internamente) que valeu a pena ter enfrentado os medos e a incerteza sobre se colocá-lo na escola antes dos dois antes seria uma boa opção e também se a Lumiar seria uma boa escolha. Guga se desenvolveu muito bem nesse período escolar. Iniciou bastante disperso e terminou bastante integrado com os tutores e assistentes, mestres, coleguinhas de classe e também de outras classes, já que lá na Lumiar o convívio entre alunos de idades diferentes é bastante intenso, a ponto de Guga saber o nome da maioria dos alunos de outras classes. Ele também chama pelo nome todos os pais dos seus coleguinhas e eu acho isso muito engraçado. Detalhe: não chama de Tia, não. É a Lú, Silvio, Dudu, e por ai vai. As tutoras e Assistentes também não são chamadas de tia ou de professora. Política da Escola.


Dentre os projetos que ele mais se identificou foi do Fábio, que durante o ano, apresentou aos pequenos o ritmo e a dança do Cacuriá, típicos do Maranhão. Guga fica vidrado e isso eu notei desde a festa Junina. Só que hoje, como forma de integrar os pais no encerramento das atividades, os pequenos fizeram uma apresentação livre das principais músicas do Cacuriá, vestidos de batinha e sainha de chita. FOFURA TOTAL. Todos caíram na dança, com exceção de Guga, que ficou hipnotizado pelo batuque, a ponto de, no final, tocar ele mesmo o tambor do Fábio, rendendo palmas de todos os presentes. Esse momento mágico não foi filmado nem fotografado. Quis aproveitar sozinha (e sem interrupções) o momento de ver o meu filho tão integrado, mostrando as sua habilidades percussivas. Sucesso! Se não fosse a Lumiar, ele não teria conhecido o Cacuriá. Ponto para a escola.

Outra coisa muito legal que eu notei é que, hoje em dia, ele transita pela escola com uma desenvoltura incrível, assim como todos os coleguinhas. Noto que não há a neura de mantê-los sempre à vista. Na verdade, eles vão aprendendo a se virar naquele espaço físico, sozinhos. Fiquei aflita no início, mas acabei notando que Guga quase não apronta das suas, se resume a correr e conversar com os outros alunos e tutores. É uma lição que ainda não aprendi, pois, nas nossas andanças (eu + ele), fico bastante preocupada com a segurança dele e acabo segurando as rédeas, talvez mais do que deveria. Escola também ensina aos pais.

Além de ter criado bastantes vínculos com a Renata, tutora, e com a Vivi, assistente - com quem ele lida diretamente nas atividades. Ele fica bastante à vontade com a Dri, tutora da tarde e com o Fê, assistente da tarde, muito embora só fique na escola no turno da manhã. Agora, paixão mesmo ele tem pelo Rafa, assistente da turma do infantil, um carinha jovem, tranquilo, com sotaque do interior; pelo Fábio, mestre do Cacuriá; Andréa, responsável pela limpeza, e pelo Damião, o porteiro, figura bastante carismática, diga-se de passagem! O Damião ganhou até um apelido do Guga, que o chama de Dami, na maior intimidade. Adoro isso! Meu filho gosta de gente!

Fomos ao encerramento sozinhos (eu + ele). O pai tinha um compromisso, inadiável mesmo. Evelyn, trabalhou. O resto (avô e avó paterno) não sei - ponto para um post especial. Mesmo sozinha, já me sinto em casa na escolinha, a minha adaptação foi um sucesso também!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Canções de Ninar - Palavra Cantada

Às vezes me vem à cabeça uma frase que adoro de Guimarães Rosa em que se diz "qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura." Imagine um amor que não é um qualquer? Imagine um daqueles grandes e profundos? Que dá sentido a tudo e nos liberta de um monte de coisa, dando coragem para seguir?

É desse sentimento que surgem momentos ímpares, de total sintonia e comunhão que, de tão deliciosos, a gente não quer que acabe nunca. Momentos como o de hoje, em que estávamos eu e meu Guguinha, cantando música por música do disco Canções de Ninar do Palavra Cantada. Esse disco é pra lá de especial. Ninou a todos da família (até mesmo Artur), nos acalmou nos momentos difíceis e que até hoje nos emociona, pois voltamos às sensações dos primeiros meses, em que tudo era novo e misterioso.

Guga parece que entende tudo isso, só que hoje, ao invés de se embalar, do alto dos seus dois aninhos ativos, danou a fazer perguntas sobre as músicas e a escolher a que queria ouvir. Quando não gostava de uma música, pedia para mudar e falava "essa tá faquinha, mamãe!". Não sei onde ele aprendeu isso, mas eu me divertia com essa nova expressão. Quando gostava da música, perguntava de quem era e até o significado de algumas palavras. Eu expliquei o que podia e contei histórias do tempo que ele era bebezinho. Nessa hora, ele ficou dengoso e pediu para ir para o meu colo, como se fosse um pequenino de meses. Na hora eu pensei que eu não quero que ele cresça tão rápido, ou que, pelo menos, ao ouvirmos o Canções de Ninar, eu continue tendo essa sensação maravilhosa de nostalgia de uma fase vivida intensamente e da melhor forma que estava ao nosso alcance.

Cada mergulho, um flash!

Estou impressionada com a velocidade das mudanças do meu fofucho. Como venho dizendo neste blog, cada dia ele se apresenta com um dizer diferente, uma música, uma expressão. Esses dois anos são mesmo uma fase de altas transformações. Seguem os flashes!

***
Frases enfáticas
- Nani, apace aí! (Fica deitado na cama, no soninho da tarde, cantarolando e chamando Nani, até dormir);
- Não cante alto, mamãe! (Isso quando não me pede para parar de cantar);
- Queo ficar sozinho!
- Só uma chance! (Quando apronta alguma com Bibia, filha de Nani);
- Nani, o que é chance? (Depois de já ter pedido chances uma centena de vezes);
- Mamãe, queo comidinha! Eu ainda estou com fome! (Quase nove da noite, perto do horário de dormir).
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Músicas que cantarola sozinho
- Meu limão, meu limoeio, meu pé de jacalandá....(A parte que mais gosta é a que fala "uma vez, tindolelê, outra vez, tindolalá).
- Macaco pisa o milho, ploploplô...
- Um, dois, tres, VIZINHOS, quatro, cinco, seis, VIZINHOS (É isso ai, um garoto urbano só pode cantar vizinhos, afinal, nunca viu um índio na vida, nem em fotos! No final da música, eu adaptei para 1o VIZINHOS LEGAIS, um jeito que encontrei para que ele tenha boa impressão dos seres mudos que vivem no condomínio).
- Hoje é Domingo, pé de cachimbo...
- Como podelei viver, como podeleiiiiiiiiii! (Amo essa música de paixão, acho que sintetiza o amor que sinto por ele e pelo visto ele gosta bastante também);
- A dona aanha xubiu pela paede, veio a chuva fote e a derrubou...
- Ô Joaquim, vem cácuriá! (Para não perder o hábito!)
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