Não tenho muito a falar sobre o passeio. Sei que os detalhes estão guardados a sete chaves na cabecinha do meu menino, que aos poucos, muito aos poucos, irá revelar o que aconteceu. Receio que a primeira a saber não serei eu, mas Nani, a sua eterna confidente. Confesso que o "ciúme roi o cotovelos, a raiz dos cabelos, gela a sola dos pés", como já disse um dia o meu, o nosso, Caetano Veloso, na voz de Elza Soares. Gostaria que Guga falasse da sua vidinha comigo, como fala com Nani, mas, enfim, não tenho outra alternativa senão me conformar.
Sei, por ouvir dizer, que Guga amou o passeio. Ficou super empolgado com o pavão que, ao abrir a sua calda, despertou no meu menino uma reação eufórica. Segundo a Rê, tutora da escola, ele gritava: - É uma arvore! É um olho! Ficou louco de emoção.
Fora isso, adorou ver a galinhas chocando os seus pintinhos. Chegou até a tomar uma queda, pois, na agonia de presenciar o denguinho "galinha-pintinhos", tropeçou e caiu, sujando todo o seu rostinho, fazendo todo mundo rir.
Após o almoço, soube que ele tirou uma boa soneca embaixo da árvore, deitando num pufe. Fiquei com uma baita inveja, pois na mesma hora eu deveria estar enlouquecida na frente de um computador, correndo para terminar todo o meu "serviço" a tempo de ir pegá-lo na escola.
De qualquer forma, foi mais um desafio deixá-lo ir, passear com a sua turminha. Diferentemente dos meus pesadelos na noite anterior, dos meus medos e das borboletas voavam no meu estômago, tudo correu bem. Ele retornou para a casa, cansado, mas feliz e satisfeito.
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