Uma das coisas legais em ser mãe é que, sem o menor esforço, fazemos uma visitinha ao passado, às nossas origens, desencavamos lembranças da infância. Uma das formas mais fáceis de fazer essa viagem, para mim, é através da música. Com o nascimento de Guga, pude perceber que a minha infância foi altamente musical e aos poucos venho relembrando as nossas modinhas (como dizia a minha avó) e tentando ensiná-las para o meu pequeno.
Só que outro dia, quando estávamos fazendo uma atividade chamada Aula de Dança Materna, ministrado pela Tatiana Tardiolli, ela nos apresentou o que eu posso chamar de intensivão à viagem no passado - o cd de uma estudiosa de música, baiana do recôncavo, Lydia Hortélio, produzido em conjunto com Antônio Nóbrega, chamado ABRE A RODA TINDOLELÊ. Fantástico! Foi paixão à primeira audição. Pena que não é fácil de encontrar. Mas eu encontrei, porque eu sou danada, devo confessar!
Guga também se encantou e eu até arrisco dizer que ele sentiu a vibe nordeste-raiz do disco, já que a proposta é resgatar as cantigas e parlendas e brincadeiras e tudo que é bem tradicional no quesito infância. No disco, conseguimos identificar músicas com a "pegada" de Odete, para Guga, a Bisa Detinha, que parecem aqueles sambas de roda, animados com prato. Até a minha mãe cantarolou algumas músicas, lembrando também da época dela.
Olha, é mesmo uma obra de arte que, pelo que soube através da minha amiga e inspiradora, Paloma, esse trabalho influenciou alguns outros grupos de música infantil. Pesquisando na net sobre Lydia, li algumas entrevistas dela e fiquei encantada. Numa dessas entrevistas, ela falou uma frase simples, mas que me chamou atenção demais: "É preciso brincar para afirmar a vida". Concordo, concordo, concordo. Lamento, lamento, lamento as infâncias que se perdem por ai, por N motivos.
http://www.almanaquebrasil.com.br/papo-cabeca/e-preciso-brincar-para-afirmar-a-vida/
Para conhecimento de todos, Lydia Hortélio possui também outro trabalho chamado "Oh, Bela Alice", que pretende resgatar as cantigas de roda do sertão baiano dos anos 20 ou 30 (não sei ao certo). Mas, esse disco eu não encontrei ainda, apesar de ser danada!
Amiga linda que Deus me deu!!!
ResponderExcluirBem, terei que ser breve neste post, mas depois com calma te escrevo melhor, em suma: AMEI sei blog, sua forma linda, leve e amorosa de escrever, sua 'veia' literária (q eu já não tinha dúvidas dela) se apresentou com força total, e olhe que eu só li o abre a roda tindolê-lê, pq só vim dar aquela olhada rápida em emails, perfis e tal, vi uma foto sua com Guga e me bateu uma saudade sua, dai pimba, cliquei nela e cai aqui, no seu Blog, que clique abençoado e que maravilha poder voltar aqui e me deliciar com sua experiência, sem dúvidas vai me deixar mais perto de vc, ou melhor, de vcs.
Bom, depois nos falamos
Te amo amiga, mesmo assim de longe, de um modo calado, mas um amor sempre assim de coração, na vibração, na torcida do que há de melhor nessa vida, sempre!
Saudadessss...
Bjão
Sá
Amiga, já temos o CD, mas ainda não tive tempo de ouvir. Voltamos ontem e ainda estou organizando as coisas. Que saudades de vcs e daí. Quero voltar logo.
ResponderExcluirBeijos
Oiê, entre em contato com o Teatro e Escola Brincante, em São Paulo, de Antônio Nóbrega, lá tem os dois CDs da Lydia, tá? Beijos
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