segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I´m calling you!!!!!!!

Outro dia, estava eu cantarolando essa música melosa, do filme Bagdá Café (que eu adoro de paixão) e me surpreendi com Guga, o meu gênio, me acompanhando no refrão. A música é em inglês, mas ele não se intimidou.

Comecei a cantar desde o início, pois o meu repertório de músicas infantis tinha acabado e como eu tinha ouvido essa música recentemente, lancei a idéia para ver se iria colar. A idéia era que ele dormisse e eu imaginei que como o rítmo da modinha era lento, pra lá de lento, ele iria se embalar. Mas, qual o quê, ele ficou atento, de olhinhos arregalados no escuro, ouvindo tudo desde o início. Quando chegou o refrão, senti que ele curtiu mais ainda. Ai, depois, quando iria repetir a música novamente, desde o início, ele falou com o seu novo estilo "delicado": - "Exa não, mamãe! A ota!". E eu, sem saber se ele queria outra música, perguntei: - Outra música? E ele: - Não! A pate, AAAAAAAAAAAAAAA, COIUUUUUUUUUUUUUU!!!!!! (A parte, Calling You!!!!).

Resumindo: repeti o refrão umas 6 vezes e acabei dormindo, sem saber se a estratégia surtiu algum efeito. Só sei que a música foi aprovada!



Passeio - Cia dos Bichos

Não tenho muito a falar sobre o passeio. Sei que os detalhes estão guardados a sete chaves na cabecinha do meu menino, que aos poucos, muito aos poucos, irá revelar o que aconteceu. Receio que a primeira a saber não serei eu, mas Nani, a sua eterna confidente. Confesso que o "ciúme roi o cotovelos, a raiz dos cabelos, gela a sola dos pés", como já disse um dia o meu, o nosso, Caetano Veloso, na voz de Elza Soares. Gostaria que Guga falasse da sua vidinha comigo, como fala com Nani, mas, enfim, não tenho outra alternativa senão me conformar.

Sei, por ouvir dizer, que Guga amou o passeio. Ficou super empolgado com o pavão que, ao abrir a sua calda, despertou no meu menino uma reação eufórica. Segundo a Rê, tutora da escola, ele gritava: - É uma arvore! É um olho! Ficou louco de emoção.

Fora isso, adorou ver a galinhas chocando os seus pintinhos. Chegou até a tomar uma queda, pois, na agonia de presenciar o denguinho "galinha-pintinhos", tropeçou e caiu, sujando todo o seu rostinho, fazendo todo mundo rir.

Após o almoço, soube que ele tirou uma boa soneca embaixo da árvore, deitando num pufe. Fiquei com uma baita inveja, pois na mesma hora eu deveria estar enlouquecida na frente de um computador, correndo para terminar todo o meu "serviço" a tempo de ir pegá-lo na escola.

De qualquer forma, foi mais um desafio deixá-lo ir, passear com a sua turminha. Diferentemente dos meus pesadelos na noite anterior, dos meus medos e das borboletas voavam no meu estômago, tudo correu bem. Ele retornou para a casa, cansado, mas feliz e satisfeito.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pérolas de Genialidade

Meu compositor de música e letra

Pois é, gente, é isso ai que vcs leram. Meu menino inventa músicas (sei que esse toque de genialidade não é só dele, mas de todos os meninos e meninas fofas desse mundo afora). O temas variam bastante, a depender do humor e da ocasião. A lua é uma eterna musa, não só para músicas, mas para todo tipo de situação. Só que esse final de semana, a bola da vez foi uma frase que ele aprendeu recentemente, que é "Abre pra gente, mamãe". Ele pede isso o tempo todo e o "a gente", eu presumo que seja eu e ele. Aí, esse sábado, estávamos envolvidos numa de suas empreitadas de abrir coisas, quando ele começa a entoar a sua mais nova invenção:

"Abpagente, tititi
Abpagente, tchatchatcha
"

É de um rítmo, de uma riqueza poética, coisa de louco! Vale traduzir, para que vocês não percam nenhum detalhe: abre pra gente, tititi, abre pra gente, tchatchatcha.

A lua, sua eterna musa

Como disse nestante, a lua é tudo para ele. Os diálogos que travamos com ela são constantes e intensos. Ora conversamos amigavelmente, perguntando porque ela ainda está no céu, quando já é dia. Ora ele dá esporros, e eu embarco no mesmo humor, reclamando que ela anda meio preguiçosa e que já deveria ter ido para a casa da mamãezinha dela, pois o sol já está bem quente. Ora eu admiro a admiração que ele tem por ela, seja na sua fase minguante, seja na sua versão mais robusta.

Outro dia, a pedido do meu menino, desenhei umas 20 luas, de todas as cores possíveis, todas com aquela touquinha de dormir, que ninguém usa, mas que sempre existiu nos livros infantis. Só que ele pedia para eu desenhar e ao mesmo tempo se irritava com as touquinhas. Nesse humor oscilante, ele começa a dialogar com a lua:

Guga: - Lua, tie o chapeu aanja!
Lua (no caso, a mamãe fazendo voz de lua): Porque você quer que eu coloque o chapéu laranja?
Guga: - Lua, cooque foa o chapeu aanja! tô chateado, queo naná!

Tradução: lua, tire o chapéu laranja; lua, coloque fora o chapeu laranja; tô chateado, quero naná!

O "tô chateado" foi demais para mim. A primeira vez que ele nomeia assim, um sentimento de frustação. Lindo demais!

O Porquê do por que!

Eu sempre busco perguntar o porquê que ele fez determinada coisa, mas ele demonstra, ou melhor, demonstrava não entender muito o que significava esse negócio de falar os porquês. Mas essa semana (confesso que ele está pra lá de gênio essa semana), ele já ensaiou algo nesse sentido.

Mamãe perguntadeira: - Guga, por que você não quer a Nani! (ele tava chorando dizendo que não queria que Nani entrasse em casa)

Guga: - Poquê o brinquedo tá aqui!!!

Não fez muito sentido, o tal porque, mas já é um começo. Ficou meio nonsense, mas o surrealismo é genial também!

Autoexplicativa

Quando algo não sai do jeito que ele quer, ele já manda a clássica, "NÃO QUERO MAIS BRINCAR!". É o ponto final de um bebê! É um TIBI, ao melhor estilo de Jalbão!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Meu primeiro insulto

Ontem de manhã, estávamos eu e Guga no caminho inicial da nossa rotininha 'acordar-gagau-cafédamanhã-escolinha', quando ele, não lembro bem em que contexto, largou essa: - Seu bobos!!!! Obviamente, se dirigiu a mim, afinal a mãe é o primeiro alvo dos beijos e também dos insultos. Fiquei pasma e perguntei: - Guga, quem te ensinou isso?? Achei que ele iria falar que tinha sido o Gregório, pois ele costuma por a culpa nesse coleguinha da escola, muito fofo, diga-se de passagem! Não, dessa vez, segundo ele, o culpado foi o Chicão, outro fofo da escolinha, que é da turma dos mais velhos. Tem fundo de verdade...

Moral da história: resta pouca coisa de bebê no meu menino (snif!). Não posso perder nem um minuto, pois tá passando muito rápido!

PS.: Amanhã é o primeiro passeio dele pela escolinha. Vão passar o dia numa fazendinha vendo animais e tal. Autorizei, mas tô com um medão da zorra!

domingo, 21 de novembro de 2010

A maternidade, ontem e hoje

Já faz um tempo que vem pensando e comparando a maternidade de hoje e de ontem. Desde que engravidei, venho colhendo informações e lembranças com a minha mãe sobre como era a vida dela na gravidez e na minha infância, inicialmente como filha única e depois com os meus irmãos. É nítida a diferença em relação a vários aspectos. Como tudo na vida, há pontos positivos e negativos no jeito que se criava filho antes e também no jeito que nos compartamos com os nossos filhos hoje.

A impressão que eu tenho é de que antigamente, na época em que eu era só filha, ser mãe era algo muito mais natural, da natureza mesmo. Era uma consequencia lógica na vida da maioria das mulheres, independente da sua classe social. O destino estava meio que traçado: casar e ter filhos. Trabalhar era mais uma necessidade do que uma opção. Profissão pautada na vocação com plano de carreira era um plus em tanto. Então, nesse contexto, até os 30 anos as mulheres já tinham seus filhos, que eram criados por elas, com ajuda de babá ou de familiares. Não existia essa glamourização da maternidade, como sendo um momento mágico de novas experimentações e sentimentos arrebatadores. Não quero dizer com isso que se amava menos os filhos. Só quero dizer que ter filhos era como andar pra frente. Não tinha ciência, não tinham orientaçoes especiais, cartilhas e coisas do gênero. Cada um educava os filhos de acordo com os seus valores e referências familiares.

Hoje o buraco é mais embaixo, as mulheres (pelo menos num certo extrato social) tem engravidado mais tarde, porque antes disso é preciso se estabelecer (e crescer) profissionalmente, fazer a sua pós-graduação, mestrado, viagens fantásticas, comprar apartamento, enfim, cumprir etapas que tornam a maternidade algo mais distante do que era na época da minha mãe.

Conheço várias mulheres na faixa dos 30 anos que ainda não são mães. Eu mesmo cumpri todas essas etapas e só engravidei aos 35. Ai é que eu me deparei com um outro paradigma de maternidade. Percebo que hoje ser mãe é tido como algo mágico, diferente, que requer uma preparação especial, leituras, cursos e toda sorte de aparatos para ensinar a mulher (e também o homem) para aquilo que antes era muito natural. É preciso ler, ouvir, se informar, trocar experiencias e tudo mais. O lado bom disso tudo é que hoje temos mais informações sobre os benefícios da amamentação, parto natural, alimentação balanceada. Ou seja, querendo, é possível propiciar uma saude melhor para os nossos filhos. Por outro lado, vejo um excesso de endeusamento nesse momento (eu me incluo nessa situação), talvez porque tenhamos nos desviados tanto da rota que nos leva à maternidade, que hoje em dia, seja algo diferente mesmo.

Hoje li uma reportagem que falava de Coaching para mães. São consultores que ministram sessões de treinamento para a futura mamãe ou para a mãe de primeira viagem, visando alinhar suas expectativas na gravidez e nos primeiros meses. Fiquei em estado de choque! Como assim, alinhar expectativas? Quer dizer que é preciso alguém vir me dizer que o filho, ainda na minha barriga, poderá nascer de um jeito que eu não espero? Será que preciso de um profissional que me prepare para as noites sem dormir, para os eventuais problemas na amamentação, para os conflitos que possam ocorrer no meu casamento nessa nova fase?

Gente, isso pra mim um mau sinal! Minha avó (semi-analfabela e musa inspiradora desse blog) criou as 3 filhas sozinha, na luta, com a maior dificuldade do mundo e não precisou de coaching nenhum! Minha mãe não teve tantas dificuldades e de uma certa forma, teve até mais facilidades do que eu tenho hoje, pois contava com o super help da minha avó e das empregadas e ainda estava casada com o meu pai. De qualquer forma, não tinha nem 1/3 das informações que temos hoje. Não precisou de coaching!

Já ouvi dizer que esse excesso de informação, glamourização, endeusamento da maternidade e paternidade, pode gerar crianças e futuros adultos muito egocêntricos. Não sei, não sabemos ao certo no que resultaremos. Pode ser que eu esteja apenas com medo do novo. Mas o que eu sei é que a falta de coaching da minha avó resultou a minha mãe, que por sua vez, resultou em mim e nos meus irmãos, pessoas muito honestas e trabalhadeiras (rs).

sábado, 20 de novembro de 2010

Dois anos - muito amor e muita festa!

Ele completou dois anos no dia 10 de novembro. Como caía num dia de semana, decidimos comemorar na escolinha e depois fazer uma festa no final de semana seguinte, com toda a família.

A festa da escolinha


Conversamos com o pessoal da escola para saber qual era o esquema. Fiquei tranquila quando soube que só era permitido comemorar na hora do lanche, o que nos obrigaria a fazer algo simples. Então, na véspera, já encomendei o bolinho de aimpim da padaria, que ele adora, e comprei os paezinhos de festa. Tava crente que iria usar as bexigas tinha aqui em casa. Fiquei com a sensação que tava tudo sob controle. É raro eu ter essa sensação, pois não sou muito organizada e costumo deixar tudo pra última hora. Elaine e Bibia dormiram aqui em casa, o que já foi um grande presente para Guga, que ama Bibia de paixão. Ele beijava ela, corriam pela casa, fizeram uma boa farra!

No dia, os bolos chegaram pontualmente, mas ao checar as bexigas, vi que não daria para encher, só com bombinha. Liguei correndo para Artur, que já estava a caminho, e ele nos salvou. Na minha opinião, bexiga é tão essencial num aniversário quanto o bolo. Tudo certo para a nossa festinha!

Chegamos na escola, montamos a mesinha, ajeitamos as bexigas. Além do pessoal da escola, dos coleguinhas, fomos eu, Artur, Elaine e Cristina, a avó paterna. Ela levou o presentinho dele, o que não foi muito boa idéia, pois ele quis abrir na frente de todos os amiguinhos, gerando aquele auê. Depois de alguns "catiripapos", a coisa se acalmou. Cantamos os parabéns, na versão universal e na versão baiana e ele apagou a velinha. Para ele, apagar a velinha é o ponto alto. Acho até que ele dispensaria o resto!

A festa da família

Eu sempre fico ansiosa antes das minhas festas e geralmente costumo deixar tudo para a última hora, para me torturar um pouquinho, afinal, a minha vida é muito é fácil e sem emoções (rs)! Mas em se tratando de filhos, o negócio muda de figura, a gente tenta ser um ser humano melhor em todos os sentidos, inclusive nos preparativos das festas. Comecei com certa antecedência, troquei idéias com amigas para me inspirar na escolha do tema e graças a isso, me apropriei da idéia de uma amiga de Mary, que fez dos instrumentos musicais o tema do aniversário do seu pimpolho. Tudo a ver com Guga! Mandei ver. Ou melhor, mandamos ver, pois Evelyn, Artur, Cristina, avó paterna, e Gabi, madrasta de Artur, fizeram parte da produção da festa.

O que eu tenho gostado nesse lance de preparar as festas de Guga é perceber que, na verdade, eu sou festeira. Eu gosto de idealizar as lembrancinhas, os detalhes do tema, os frufrus. É para mim uma celebração da minha maternidade. São dois aninhos do meu carneirinho e dois anos da nova Evie. É por isso que, apesar de toda a correria da minha vida, não abro mão desses momentos.

- trilha sonora: amei fazer, escolhi cada música, inclui músicas adultas que tinha um apelo infantil ou que Guga gostasse (Fliperama, de Tom Zé, Planet Rock, do Afrika Bambata, São João Xangô Menino, dos Doces Bárbaros, Preta Pretinha e Acabou Chorare, dos Novos Baianos).

- decoração: como disse, o tema foi de intrumentos musicais. Depois que a festa acabou, foram revertidos em favor do meu caneirinho, que até hoje se empolga com a flauta e vuvuzela. Nas mesas, colocamos pandeiros de enfeite, cheios de trufas dentro. Ficou lindo! Quanto às bexigas, esse ano me libertei da casquinhagem e contratei os enchedores de bexiga. Recomendo! O toque pessoal da decoração foram os murais de fotos, feitos sob cartolinas coloridas. Tentei separar as fotos por tema: nascimento, família do papai, família da mamãe e outra cartolina com fotos variadas, dando ênfase para as primeiras experiencias (dentinho, festa junina, escolinha etc..). Fazer o mural foi delicioso e ficou bem legal, tanto é que pretendo aproveitar na decoração do quarto dele.


- brinquedos: num dos cantos do salão de festa, fizemos um cantinho dos brinquedos, com instrumentos musicais que Guga já tinha, além do pula-pula que ele ganho da Tia Carla no ano passado e que, apesar do tamanho gigante, eu intui que me salvaria de algum forma. E salvou! A criançada adorou!


- comes e bebes: Cristina, mais uma vez, arrasou nos docinhos. Gabi, se superou no bolo em forma de violão! Enfim, cada um deu sua contribuição, o que me fez economizar uma boa grana. Os bebes, Artur gerenciou. Garçons são outro item que não abro mão!

Tudo deu muito certo. A festa de Guga foi ótima! Teve mais criança do que o ano passado e eu estava mais tranquila. Veio a Valentina, amiguinha de Guga da escolinha, Vanessa, Salo e seus filhotes, Lucas e Júlia. Bela, amiga de infância, de quando eu tinha 9 anos, com os seus dois filhos. Maurício, Rika e suas meninas fofas! Vieram também os meus amigos sem filhos e que curtem muito o meu filhote (Tia Maroca, Tio Vini e Tio Ali, Machado e Mazé, Tia Debbie etc..) e os convidados de Artur, cuja família sempre prestigia em peso!

Mas o que me fez realmente feliz é poder contar com a presença da minha família, que veio novamente prestigiar (esse ano, além de meu pai e minha madrasta, minha mãe e Luis Otávio, vieram também minha tia Denise e meu irmão, o Tio Mima, que Guga ama de paixão!). Ponto alto foi ver todos os homens, incluíndo meu Guga, dançarem Afrika Bambata. Pena que não tem filme, só foto. Vejam que farra!

Guga ficou bem (apesar de não ter dormido depois do almoço), brincando bastante e se empolgando cada vez que recebia um presente. Ele perguntava logo: - Que é??? E ia logo abrindo os pacotes. Na hora do parabéns, ele se apressou para apagar a velinha, pois é a hora que ele mais gosta. Depois, ficou comendo as notas musicais do bolo, açucar puro, para despero do meu "projeto criança saudável". Bem, no dia da festa, ele pode comer de tudo, mas ficou mesmo fissurado pela decoração do bolo, sem ligar para o mundo de brigadeiros que estavam por lá. Ufa!!!

Dois anos - a adolescência da bebezice

Andei sabendo que os dois anos de uma criança são marcados por birras, acessos de raiva e tudo mais. Os americanos gostam muito de classificações e costumam chamar essa fase de "terrible two". Mas como Guga já é uma criança agitada, fiquei imaginando que não fosse sentir muita diferença quando chegassem os dois anos. Enfim, não é que bem no dia do aniversário, ele nos dá uma demonstração daquelas de rebeldia?! Vamos aos fatos:

Cenário: Eu, Artur, Elaine e Bibia (filha dela e melhor amiga de Guga), todos juntos, curtindo a maior brincadeira. Tava uma farra em casa, ele eufórico com a presença de Bia, nós felizes com a comemoração do aniversário na escola. Tudo indo às mil maravilhas, quando eu decido perguntar para ele como tinha sido a festinha, só pra testar a sua habilidade narrativa recém adquirida. Lá vou eu com as minhas perguntas:

Euzinha: - Guga, como foi o aniversário na escola? Você gostou?
Guguinha, o rebelde: - Gotei
Euzinha: - Quem estava lá?
Guguinha, o rebelde: - Rê, Vivi, Valentina...(A conversa poderia ter acabado por aqui)
Euzinha: - Quem mais?
Artur: - Quem mais, Guga? Quem mais estava lá?
Guguinha, o rebelde: - Papai, mamãe...
Euzinha e Artur: - Quem mais, Guga??????
Guguinha, o rebelde, já de saco cheio, querendo brincar com Bibia: - Papai, mamãe...
Nós, loucos para que ele citasse o resto da galera: - Sim, Guga, além de papai e mamãe?
Guguinha, o rebelde, com voz de intolerante: - Já contei, mamãe!! Já contei!!

Vejam bem, minha gente, depois desse dia, ele vem me dando cada cortada! Tem horas que vou toda animada, embarcando na música dele e ele diz: - Não canta, mamãe!!!!

Na primeira vez, eu precisei me certificar era isso mesmo, se ele não queria que eu cantasse. E ele disse, na maior convicção: - Não, não canta, mamãe!

Eu tenho achado a maior graça dessa rebeldia sem causa. Até porque, o velho hábito de bater em mim, nos amiguinhos, nos desconhecidos, diminuiu bastante. Isso, sim, me deixava louca da vida!

O lado bom dessa fase é que ele, além de falar tudo e viver cantarolando, virou um perguntador de primeira:

- Ontá?
- Quem deu? (quando recebe um presente)
- A gente vai? (Pra onde a gente vai?)
- Quem é ? (quando toca o telefone)

De qualquer forma, é cedo pra contar vantagem, pois posso estar diante de um cãozinho dos teclados, né?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dica musical imperdível - saudade não tem idade


Uma das coisas legais em ser mãe é que, sem o menor esforço, fazemos uma visitinha ao passado, às nossas origens, desencavamos lembranças da infância. Uma das formas mais fáceis de fazer essa viagem, para mim, é através da música. Com o nascimento de Guga, pude perceber que a minha infância foi altamente musical e aos poucos venho relembrando as nossas modinhas (como dizia a minha avó) e tentando ensiná-las para o meu pequeno.


Só que outro dia, quando estávamos fazendo uma atividade chamada Aula de Dança Materna, ministrado pela Tatiana Tardiolli, ela nos apresentou o que eu posso chamar de intensivão à viagem no passado - o cd de uma estudiosa de música, baiana do recôncavo, Lydia Hortélio, produzido em conjunto com Antônio Nóbrega, chamado ABRE A RODA TINDOLELÊ. Fantástico! Foi paixão à primeira audição. Pena que não é fácil de encontrar. Mas eu encontrei, porque eu sou danada, devo confessar!


Guga também se encantou e eu até arrisco dizer que ele sentiu a vibe nordeste-raiz do disco, já que a proposta é resgatar as cantigas e parlendas e brincadeiras e tudo que é bem tradicional no quesito infância. No disco, conseguimos identificar músicas com a "pegada" de Odete, para Guga, a Bisa Detinha, que parecem aqueles sambas de roda, animados com prato. Até a minha mãe cantarolou algumas músicas, lembrando também da época dela.


Olha, é mesmo uma obra de arte que, pelo que soube através da minha amiga e inspiradora, Paloma, esse trabalho influenciou alguns outros grupos de música infantil. Pesquisando na net sobre Lydia, li algumas entrevistas dela e fiquei encantada. Numa dessas entrevistas, ela falou uma frase simples, mas que me chamou atenção demais: "É preciso brincar para afirmar a vida". Concordo, concordo, concordo. Lamento, lamento, lamento as infâncias que se perdem por ai, por N motivos.


http://www.almanaquebrasil.com.br/papo-cabeca/e-preciso-brincar-para-afirmar-a-vida/

Para conhecimento de todos, Lydia Hortélio possui também outro trabalho chamado "Oh, Bela Alice", que pretende resgatar as cantigas de roda do sertão baiano dos anos 20 ou 30 (não sei ao certo). Mas, esse disco eu não encontrei ainda, apesar de ser danada!



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carros

Guga ama dirigir e por conta disso passou a amar carros. Reconhece os carros das pessoas mais chegadas na rua. Isso já foi objeto de um post meu por aqui e por isso não vou tagarelar mais. O fato é que, no domingo passado, estávamos indo para a pracinha e no caminho eu emparelho com um Citroen Picasso preto. Ele logo grita espantado:

- Mamãe, carro vovô Jalba!

E eu, focada que estava no transito, apenas confirmei:

- É, filho, é mesmo...

E ele, do alto da sua genialidade, percebendo que quem dirigia era um estranho:

- Mamãe, vovô Jalba "empestou" carro pu moxo????

A baba da mamãe escorreu no volante na hora! Orgulho do meu pequeno...

Frase do dia

Mamãe, quer cantar Gilberto Gil!!!!!!
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