Sei que as minhas expectativas em relação às férias foram altas e sei também o quanto é difícil tirar férias e não esperar nada delas. De qualquer modo, a lista me ajudou a perceber que a realidade tem o seu encanto, mesmo que de algum modo distante das idealizações.
Feita essa introdução quase que acadêmica, vocês poderão constatar como Gustavo dá saldos de desenvolvimento quando vai para Salvador. Não sei se o mérito é exclusivamente de Salvador e da minha família, pois talvez o aumento da genialidade de Guga ocorresse se tivessemos ido a qualquer outro lugar, feito qualquer viagem. Mas não dá para negar que a forma que a minha família se relaciona entre si é bastante intensa e isso ajuda muito na construção da identidade do meu bichinho (ai, ai! Dei uma de psicologa agora!).
IDA
No avião Guga já demonstrou que memória de criança é algo impressionante! Mal sentamos e ele já me perguntou claramente sobre "o suco de manga da mamãe".
Explico: Eu, na minha tentativa de dar uma vida mais natureba para o meu filho, tinha como regra não dar sucos de caixinha, pois são cheios de açúcar e conservantes. Enfim, como tudo na vida tem a primeira vez e toda regra materna tem o direito de ser quebrada num momento de desespero, permiti, na nossa viagem anterior, que ele se esbaldasse de suco de manga da mamãe (que é o jeito que ele chama suco de caixinha). Quebrei a regra, na maior cara de pau, pois eu estava com muita fome e se não fosse o bendito suco, teria sofrido falência multipla de órgãos! Ele tomou 4 copos e ainda pediu mais.
Então, voltando ao nosso vôo de ida, ele me perguntou: - Xuco de manga da mamãe? Moxa vai dar pra Guga? Pensei: Tou lascada, vou ter que inventar nova regra. SUCO DA MAMÃE, SÓ EM VIAGENS AÉREAS! Acho que cola, né?
Nesse mesmo vôo, Guga ficou melhor amigo de Aquiles, membro da banda de reggae Tribos de Jah, composta em sua maioria por deficientes visuais. Aquiles é um deles e Guga logo notou esse fato, pois toda hora ficava olhando para ele, colocando o rosto bem perto, percebendo que havia algo estranho. No final do vôo, Guga chamava Aquiles a cada 5 minutos, em alto e bom som, e além disso, chamou o outro integrante da banda de papai, causando uma gargalhada geral.
ITACIMIRIM
Itacimirim foi tudo aquilo que pensei e um pouquinho mais. A Pousada Jambo é maravilhosa, de frente para o mar, com direito a lua cheia e tudo. Ele continuou grudado, mas confesso que o barulho do mar amenizou o cansaço. É muito gratificante ver o seu filho se fartar de sol, mar, comida boa.
Ele amou de paixão a pousada. Chamava o nosso quarto de "apamento Vovó Jambo". Fez amizade com os hóspedes, dentre eles a filha de uma cantora famosa, que estava descansando por lá. Mas, como nem tudo são flores nessa idade e Guga, para não perder o costume, ensaiou dar uns catiripapos na menininha. Vergonha tripla.
Outro momento de alto constrangimento meu, óbvio, foi o fato de que ele encasquetou de fazer xixi no restaurante. Então, era eu dar um vacilo que ele ia correndo deixar a sua marca pelos cantos. Voltava para a piscina se pocando de rir!
Ponto alto foi a lua cheia! Quando ele viu, ficou doido! Ele é doido pela lua, gente! Gritou na maior empolgação: - Lua Cheia!!!! É velha, mamãe? Fazendo referência à música "A Lua", do MPB 4, que ele ama!
Gente, não é que eu arranjei um paquerinha? Pois é, mas quando eu percebi, já era hora do moço voltar para onde veio...Sniff! Mas eu fiquei feliz com esse movimento do cosmo, do universo, em me mostrar que é possível, é possível desencalhar algum dia.
SALVADOR PROPRIAMENTE DITA
Os outros dias em Salvador foram legais, mas muito, extremamente cansativos. Guga ficava tão excitado, que não conseguia seguir a nossa rotina. Dormia tarde e acordava cedo. Uma loucura! Cheguei até a emagrecer um pouco. Olha que alguns dos meus desejos se realizaram, ainda que parcialmente. Emagrecimento + Bronzeado. Ótimo!
Arrisquei ir ao Porto da Barra com ele e quase estafei! Percebi que uma horinha de praia é suficiente. Então, chegava lá, brincava na água bastante, depois, um pouquinho na area e pronto, hora de voltar! Ele, plenamente satisfeito e eu, cansava, mas ainda viva!
Além disso, rolaram alguns programas legais, como visitar uma amiga secular e ir para uma pracinha com outra amiga, para que eles, os nossos meninos, brincassem e nós fofocássemos. Tudo deu certo, com exceção do fato de que eu quase perdi Gustavo no meio da criançada. Foi coisa de 1 segundo. Quando me vi, estava desesperada com a mão na cabeça, cerebro vazio, embotado! O MAIOR HORROR DA TERRA! Mas tudo deu certo, pois achei ele dentro de um carrinho, dirigindo igual um deseperado. Lição: se seu filho é danado, não desgrude dele nem por um segundo! Simples assim!
VOLTA
Viagem de volta. Avianca já é TOP OF MIND para Gustavo e o suco de manga da mamãe é item da cesta básica. Pelo menos dentro do avião. Encurtando o papo: no final da viagem, Guga já estava íntimo de toda a tripulação e dos pilotos. Enquanto eles prestavam o serviço de bordo, Gustavo gritava a plenos pulmões: - Titia Moxa!!!! Quero xuco de manga!!! Quem aguenta com esse moleque?
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Férias em Salvador com o peito cheio de esperanças
É gente, voltarei à terra mãe em menos de 1 mês. Não vou mentir que sou mulher de malandro e as minhas esperanças já estão renovadas. Desta forma, segue o resumo das minhas expectativas de viagem:
1. Guga vai se comportar maravilhosamente bem, do aerolim de Guarulhos (é o jeito que ele vem se referindo ao aeroporto, para desespero das mães naturebas da minha lista materna) até o final da viagem.
2. Todos os membros da família vão me ajudar do jeitinho que a minha neurose de mãe solteira exige.
3. A ida a Itacimirim vai ser o ápice da viagem e eu voltarei bronzeada e mais magra.
4. Vou fazer caminhadas no final da tarde na orla e minhã mãe ficará com Guga (esse item pode estar incluido no item 2, mas prefiro garantir).
5. Guga vai sentir saudades do pai, mas não vai chorar (eu fico com peninha).
6. Vou encontrar o amor da minha vida (não custa nada sonhar, né?).
Depois eu conto como foi.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Pra quê Bienal?
A segunda feira foi cansativa, já em ritmo de contagem regressiva para as férias que se aproximam. Cheguei em casa saudosa e cansada. É dia do pai vir no final da tarde dar o jantar e coloco-lo para dormir. Entrei em casa e Guga já veio correndo me receber, gritando e tagarelando mil palavras por segundo. Uma delícia de ver! Quando chego no quarto dele encontro o pai, vermelho igual a um camarão, tentando encher uma piscina gigante, que mal cabia no pouco espaço que temos. Lembrei na hora: tratava-se de uma presente dado pela Tia Carla, comprado pela internet, sem que fossem checadas as dimensões. Era um troço gigante e ela só descobriu quando a encomenda chegou na casa dela. E eu só descobri quando o pai resolveu conferir. Guga tava eufórico, cantava parabéns pra vc a cada segundo, afinal tinha todos os motivos para celebrar! Qual é a criança que não gostaria de ter um pula-pula exclusivo? Decidimos levar para sala e Guga amou mais ainda. Pensei cá com os meus botões tolerantes, quem precisa de Bienal? Tenho minha própria instalação artística, 100% aprovada pela crítica!
domingo, 19 de setembro de 2010
As Palavras e o Mundo
Gente, esse é um post-dica. Hoje, pela segunda vez, fomos ao Sesc Pompéia para revisitar essa exposição fantástica! É demais, meu povo!
Guga antes de chegar na exposição, já reconheceu o espaço e gritou: - Cimeminha!!!! É porque dentre as várias atrações, tem um cineminha improvisado, que fica numa salinha escura, passando vários curtas sobre as palavras. Só que, na primeira vez que fomos, ele ficou com medo e saiu correndo. Brincamos com várias coisas, mas o cineminha ficou pendente, na cabeçinha dele, principalmente.
Hoje, como o tempo tava esquisito, vento e frio, lembrei do Sesc Pompeia e que poderíamos rever as atrações que mais gostamos e testar o "cimeminha" mais uma vez. Deu certo, fomos com Vanessa, Davi (1a e 8m), Julia e Lucas (3a). Todos adoraram e dessa vez o "cimeminha" foi sucesso. Guga até pediu mais! Mas não deixem de conferir a "Camaleão" e o "Criado-mudo", que são instalações que brincam de um jeito inteligente com o sentido das palavras. É diversão gratuita, de qualidade, para toda a família.
Guga antes de chegar na exposição, já reconheceu o espaço e gritou: - Cimeminha!!!! É porque dentre as várias atrações, tem um cineminha improvisado, que fica numa salinha escura, passando vários curtas sobre as palavras. Só que, na primeira vez que fomos, ele ficou com medo e saiu correndo. Brincamos com várias coisas, mas o cineminha ficou pendente, na cabeçinha dele, principalmente.
Hoje, como o tempo tava esquisito, vento e frio, lembrei do Sesc Pompeia e que poderíamos rever as atrações que mais gostamos e testar o "cimeminha" mais uma vez. Deu certo, fomos com Vanessa, Davi (1a e 8m), Julia e Lucas (3a). Todos adoraram e dessa vez o "cimeminha" foi sucesso. Guga até pediu mais! Mas não deixem de conferir a "Camaleão" e o "Criado-mudo", que são instalações que brincam de um jeito inteligente com o sentido das palavras. É diversão gratuita, de qualidade, para toda a família.
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Vou aprender a ler pra ensinar meus camaradas!
Essa é uma frase de uma música chamada Massemba (Roberto Mendes), que eu conheci atrávez do disco Brasileirinho de Maria Bethânia. Adoro esse disco e principalmente essa música. Mas o lance é o seguinte: Guga pegou o disco da Índia Velha, olhou atentamente e falou: - Mamãe?!
Não tive dúvidas, me achou parecida com ela. Gente, não tem feedback mais eficaz do que esse. Tenho que dar um tapa no visual o quanto antes! Daí em diante ele não sossegou: - Quer ver Maria Bethania! Quer ver dvd!
Era uma ordem, um chamado para conhecer a Índia, eu pensei. Corri e coloquei o Brasileirinho, cuja cenografia é linda, atrativa para crianças, por conta das luzes. Ele seguiu assistindo, atento à percussão e aos violões, perguntou sobre a flauta. Era uma música de Vila Lobos, linda. Mas quando chegou a tal Massemba, cantei com ênfase, porque essa música é de lascar! Adoro esse lance socialista de aprender a ler para ensinar os meus camaradas. Lembro também de minha avó, que costumava chamar as nossas amigas de camaradas. Aí, não perdi tempo, comecei a ensinar o verso para ele e o conceito de camaradas: - Guga, camarada é a mesma coisa que amigo, filho.
É incrível que é só ensinar, é só colocar em contato, que as crianças aprendem. Além disso, acho que música é algo universal, sem restrição de idade e por isso faço questão de ouvir tudo com o meu menino, não só as infantis, mas tudo, tudinho. É óbvio que até uma certa altura, não sabia se ele iria gostar do dvd, da Índia, mas ele me deu o sinal. Quando Miúcha entrou no palco, ele chiou: - Quer Maria Bethania! Pensei: não é que o bichinho gostou? E depois, já brincando com outras coisas, eu cantarolei o trecho do "Vou aprender a ler pra ensinar...", e ele completou, do alto da sua genialidade, enquanto bagunçava o armário da cozinha: - Meus amigos.
****
Indo nessa linha de que ouvir música é sempre bom, seja ela "da mãmãe" ou "de Guga", ontem ficamos ouvindo música pela manhã, enquanto tomávamos o nosso desejum. Já é hábito tomar café ouvindo música. Acho melhor do que ligar a tv.
Alías, isso é um legado da educação dos meus queridos pais, que não permitiam que comêssemos e assistindo tv. Lá em casa, refeição era hora de estar junto, nem que fosse para brigar!
Voltando ao assunto, estávamos eu e Guga ouvindo Novos Baianos, e ele começou a se empolgar nos batuques. Eu entrei na dança e danei a batucar. Ficamos naquele espírito de jam session, quando os músicos se empolgam e ficam olhando uns para os outros num clima de mega cumplicidade. É tudo de bom isso! No final do disco, "Preta, Pretinha" já era um hit, com direito a filminho e tudo. E "Tinindo, trincando" se tornou um desafio linguístico que ele queria superar, pois afinal não é fácil fazer "tchubi, dubi", quando se tem menos de 2 anos, né, gente!
Não tive dúvidas, me achou parecida com ela. Gente, não tem feedback mais eficaz do que esse. Tenho que dar um tapa no visual o quanto antes! Daí em diante ele não sossegou: - Quer ver Maria Bethania! Quer ver dvd!
Era uma ordem, um chamado para conhecer a Índia, eu pensei. Corri e coloquei o Brasileirinho, cuja cenografia é linda, atrativa para crianças, por conta das luzes. Ele seguiu assistindo, atento à percussão e aos violões, perguntou sobre a flauta. Era uma música de Vila Lobos, linda. Mas quando chegou a tal Massemba, cantei com ênfase, porque essa música é de lascar! Adoro esse lance socialista de aprender a ler para ensinar os meus camaradas. Lembro também de minha avó, que costumava chamar as nossas amigas de camaradas. Aí, não perdi tempo, comecei a ensinar o verso para ele e o conceito de camaradas: - Guga, camarada é a mesma coisa que amigo, filho.
É incrível que é só ensinar, é só colocar em contato, que as crianças aprendem. Além disso, acho que música é algo universal, sem restrição de idade e por isso faço questão de ouvir tudo com o meu menino, não só as infantis, mas tudo, tudinho. É óbvio que até uma certa altura, não sabia se ele iria gostar do dvd, da Índia, mas ele me deu o sinal. Quando Miúcha entrou no palco, ele chiou: - Quer Maria Bethania! Pensei: não é que o bichinho gostou? E depois, já brincando com outras coisas, eu cantarolei o trecho do "Vou aprender a ler pra ensinar...", e ele completou, do alto da sua genialidade, enquanto bagunçava o armário da cozinha: - Meus amigos.
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Indo nessa linha de que ouvir música é sempre bom, seja ela "da mãmãe" ou "de Guga", ontem ficamos ouvindo música pela manhã, enquanto tomávamos o nosso desejum. Já é hábito tomar café ouvindo música. Acho melhor do que ligar a tv.
Alías, isso é um legado da educação dos meus queridos pais, que não permitiam que comêssemos e assistindo tv. Lá em casa, refeição era hora de estar junto, nem que fosse para brigar!
Voltando ao assunto, estávamos eu e Guga ouvindo Novos Baianos, e ele começou a se empolgar nos batuques. Eu entrei na dança e danei a batucar. Ficamos naquele espírito de jam session, quando os músicos se empolgam e ficam olhando uns para os outros num clima de mega cumplicidade. É tudo de bom isso! No final do disco, "Preta, Pretinha" já era um hit, com direito a filminho e tudo. E "Tinindo, trincando" se tornou um desafio linguístico que ele queria superar, pois afinal não é fácil fazer "tchubi, dubi", quando se tem menos de 2 anos, né, gente!
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sábado, 18 de setembro de 2010
Vocabulário do Gênio
Esse post é mais um daqueles de cunho histórico. Gosto de pensar em Gustavo, já grandinho, lendo sobre as suas próprias histórias. Isso é maravilhoso! Então ai vai um registro das palavrinhas e expressões engraçadas proferidas pelo gênio.
Ventilador: antes, com um 1 ano, ele chamava de "loló". Aliás, "loló" passou a designar tudo que gira, roda, circula. O mundo passou a se dividir entre aquilo que faz e o que não faz "loló". Atualmente, "loló" virou "velentidor". A paixão continua a mesma, mas o nome evoluiu um pouquinho.
Batman: O pai é um apaixonado pelo Batman, por isso já tratou de dar as suas minuaturas de bonecos e carrinhos. Guga parece que vai seguir os passos do pai, mas ainda precisa aprender a chamar por um nome de respeito, pois até pouco tempo, o grande herói era chamado de "Timaman". Sei lá, carinhoso, mas não mata nem uma mosca.
Trocar fralda: "cafalda". Parece vovó mafalda. Adoro quando ele pergunta: - Calfalda?
Tomar banho: "tambanho". Fofura.
Passear: Sempre gostou de uma rua. Então logo tratou de aprender a se comunicar, propondo a todos que passavam pela porta: - Champá!!!!!!!! Só agora, coisa de uns meses, ele passou a falar em passear. Agora não dá para dizer que não entendeu.
Pão: "pitá pitá". Vixe, o bichinho já gosta de um pão. Hoje já fala corretamente, mas "pitá" já foi cantado em verso e prosa durante muito tempo.
Cobertor carinhoso: "cobertor cainhoso". É o seu objeto de transição. Adora a ponta do cobertor, fica pegando como se fosse um panhinho. Mas é mesmo uma delícia o tal do cobertor. Ele sabe identificar o carinhoso de vovó Zil, da mamãe, de Guga e do papai. Todos tem o seu. Penso até que todos nós temos o direito constituicional de ter um cobertor carinhoso para chamar de nosso. Menos pessoas carentes nesse mundo, né?
Leite: "gagau". Filho de baiana não tem outra opção.
Chupeta: "bubú". Idem. Consegui, sem esforço, tirar o bubu dele no mês passado. Sucesso de menino.
Mamãezinha/Papaizinho: "Mamãezina/Papaizino". Adoro quando ele reforça o carinho, usando "zina" como diminutivo. É como se fosse um x-burger com mais queijo. É um plus de amor!
Lua/Noite: "oite". Durante muito tempo a lua era "oite". Isso porque numa viagem que fizemos ao sítio de uma amiga, ficamos vagando de noite, ao redor da casa, admirando a lua. Ele gostou tanto que voltou falando "Oite" quando via a lua. Aliás, graças a ele voltei a ter esse hábito saudável de admirar a lua, coisa rara de se ver nessa cidade. Mas vale a pena procurar, pois quando encontramos a alegria é geral. Ele grita: - Oite, mamãe!!!! É um Sucesso! Mas agora ele já é um "hominho", fala "lua cheia"!
Ônibus: "ombuju". A escola dele é perto-longe. Perto para ir de carro, longinha para ir andando, ainda mais na marcha de Guga. Então, mesmo com um pouquinho de medo, eu autorizei que Elaine voltasse com ele de ônibus. Não imaginei que ele iria gostar tanto. Pois é, gostou, amou, adorou! Quer diigi, quer apertar o botão, quer tudo! Se estiver na rua e vir um ônibus, fica todo fofo fazendo sinal para o ônibus parar. Quem aguenta?!
Taxi: "caqui".
Por enquanto é só, pessoal! Voltaremos em breve com atualizações do vocabulário genial.
Ventilador: antes, com um 1 ano, ele chamava de "loló". Aliás, "loló" passou a designar tudo que gira, roda, circula. O mundo passou a se dividir entre aquilo que faz e o que não faz "loló". Atualmente, "loló" virou "velentidor". A paixão continua a mesma, mas o nome evoluiu um pouquinho.
Batman: O pai é um apaixonado pelo Batman, por isso já tratou de dar as suas minuaturas de bonecos e carrinhos. Guga parece que vai seguir os passos do pai, mas ainda precisa aprender a chamar por um nome de respeito, pois até pouco tempo, o grande herói era chamado de "Timaman". Sei lá, carinhoso, mas não mata nem uma mosca.
Trocar fralda: "cafalda". Parece vovó mafalda. Adoro quando ele pergunta: - Calfalda?
Tomar banho: "tambanho". Fofura.
Passear: Sempre gostou de uma rua. Então logo tratou de aprender a se comunicar, propondo a todos que passavam pela porta: - Champá!!!!!!!! Só agora, coisa de uns meses, ele passou a falar em passear. Agora não dá para dizer que não entendeu.
Pão: "pitá pitá". Vixe, o bichinho já gosta de um pão. Hoje já fala corretamente, mas "pitá" já foi cantado em verso e prosa durante muito tempo.
Cobertor carinhoso: "cobertor cainhoso". É o seu objeto de transição. Adora a ponta do cobertor, fica pegando como se fosse um panhinho. Mas é mesmo uma delícia o tal do cobertor. Ele sabe identificar o carinhoso de vovó Zil, da mamãe, de Guga e do papai. Todos tem o seu. Penso até que todos nós temos o direito constituicional de ter um cobertor carinhoso para chamar de nosso. Menos pessoas carentes nesse mundo, né?
Leite: "gagau". Filho de baiana não tem outra opção.
Chupeta: "bubú". Idem. Consegui, sem esforço, tirar o bubu dele no mês passado. Sucesso de menino.
Mamãezinha/Papaizinho: "Mamãezina/Papaizino". Adoro quando ele reforça o carinho, usando "zina" como diminutivo. É como se fosse um x-burger com mais queijo. É um plus de amor!
Lua/Noite: "oite". Durante muito tempo a lua era "oite". Isso porque numa viagem que fizemos ao sítio de uma amiga, ficamos vagando de noite, ao redor da casa, admirando a lua. Ele gostou tanto que voltou falando "Oite" quando via a lua. Aliás, graças a ele voltei a ter esse hábito saudável de admirar a lua, coisa rara de se ver nessa cidade. Mas vale a pena procurar, pois quando encontramos a alegria é geral. Ele grita: - Oite, mamãe!!!! É um Sucesso! Mas agora ele já é um "hominho", fala "lua cheia"!
Ônibus: "ombuju". A escola dele é perto-longe. Perto para ir de carro, longinha para ir andando, ainda mais na marcha de Guga. Então, mesmo com um pouquinho de medo, eu autorizei que Elaine voltasse com ele de ônibus. Não imaginei que ele iria gostar tanto. Pois é, gostou, amou, adorou! Quer diigi, quer apertar o botão, quer tudo! Se estiver na rua e vir um ônibus, fica todo fofo fazendo sinal para o ônibus parar. Quem aguenta?!
Taxi: "caqui".
Por enquanto é só, pessoal! Voltaremos em breve com atualizações do vocabulário genial.
domingo, 12 de setembro de 2010
Mamãe e suas cantigas
Sou uma pessoa extramente musical e acho que consegui passar um pouco desse hábito para o meu pequeno, que demonstra gostar bastante música. Desde que nasceu, ele me ouve cantar as cantigas que eu ouvia quando pequena. Esse hábito de cantar para as crianças, no meu caso, vem minha avó materna, a bisa Detinha, que sempre tinha uma "modinha" para nos entreter, nem que fosse inventada. Alías, inventar cantiguinhas é também uma mania familiar, obviamente sem nenhum compromisso com a qualidade, como vocês verão abaixo.
Algumas dessas músicas fizeram ou ainda fazem parte do ritual do sono. Quando ele era muito bebezinho (e tinha muitas cólicas), eu gostava de cantar uma música da minha própria autoria (música e letra), "Sono, sono, do soninho". Já maiorzinho, ele costumava adormecer com "Menininho Mandú", que eu aprendi com Vovó Zil e Bisa. Depois, ele passou a gostar de "Tudo, tudo, tudo", de Caetano, que eu resgatei via Palavra Cantada. Para essa música eu acabei fazendo a minha própria versão, digamos, personalizada. Atualmente, o que acontece é o seguinte. Deitamos e ele vai amolecendo. Ai proponho a cantoria: - Guga, vc quer música de Bisa ou música de vovó? Se ele pedir música de Bisa, ofereço duas opções, "Vou-me embora" ou "Tan, tan, tan". Geralmente ele escolhe a segunda. Se for música de Vovó, ele geralmente pede "Su, su". As letras vcs poderão acompanhar abaixo.
Sono, sono, do soninho
(Evie, letra e música)
Eu tou com sono, minha mamãe
Tou com sono, meu papai
Sono, sono, sono, do soninho
Sono, soninho
Sono, soninho
Tudo, tudo, tudo
(minha versão personalizada)
O meu Guguinha é bonitinho
O meu Guguinha é fofinho
O meu Guguinha é gostosinho
O meu Guguinha é lindinho
Paloma
(música de Vovó Zil, resgatada via Caetano no filme Fale com Ela, de Almodovar)
Su, su, ru, su, su
Palomaaaaaaaaaa
Ai, ai, ai, ai, ai
Palomaaaaaaaaaa
Vou-me embora
(música de Bisa, cancioneiro popular)
Vou-me embora que já descambou o sol (2X)
Capital é muito boa
Mas na roça é bem melhor
Tem razão da menina não ficar
Tem um bicho de 2 olhos que faz arrepiar
PG.: Quando veio de Salvador, em junho de 2010, Guga aprendeu a pedir essa música (Imbola, mamae!) Quando eu cantava, ele chorava, todo sentimental, como se tivesse com saudades de Salvador. E eu, ficava com o coraçao apertado de vê-lo chorar e também com saudades da minha avó. Hoje em dia ele não chora mais e já canta a música quase toda.
Tan, tan, tan, tan
(música de Bisa, autora da música e letra)
Tan, tan, tan, tan
Squitan, tan, tan
Tantantan, tan, tan
Squitan, tan, tan, tan, tan, tan, tan
Tan, tan, tan, tan
Squitan, tan, tan,
Squitan, tan, tan, tan, tan, tan, tan
PS.: Essa música é um clássico familiar. Todas os netos dela foram ninados com essa música. É a preferida de Guga para dormir.
Há também as músicas que não são de dormir, mas que fazem bastante sucesso aqui em casa. São cantigas que aprendi com os meus pais e minha avó paterna.
O pintor da boca torta
Tun, tun, tun
Quem bate na minha porta? (2x)
É seu Rafael, o pintor da boca torta
Sr. Rafael pode entrar e se sentar (2x)
A Sra. me diz o que tem para pintar (2x)
PS.: Essa música foi ensinada por minha avó paterna. Nessa época, a nossa casa passava por uma pequena e interminável reforma, fazendo com que eu e Evelyn ficassemos melhores amigas do pintor que, na minha fantasia infantil, era o próprio Sr. Rafael da música.
(Sem título)
Vc gosta de mim, ô Guguinha
Eu tb de vc, ô Guguinha
Vou pedir a seu pai, ô Guguinha
Para casar com vc, ô Guguinha
Se ele disser que sim, tratarei dos papeis
Se ele disser que não, morrerei de paixão, ô Guguinha
Palma, palma, palma, pé, pé, pé
Roda, Roda, Roda
Abraçarei quem quiser
(Sem título)
Ô Guguinha, vc não tem
Aqui nessa roda, quem te queira bem
Eu tenho, eu tenho, quem me queira bem
Eu tenho mamaezinha, ela é meu bem
PS.: Essas duas músicas me deixavam tristes quando eu era pequena. Melancolia infantil.
Algumas dessas músicas fizeram ou ainda fazem parte do ritual do sono. Quando ele era muito bebezinho (e tinha muitas cólicas), eu gostava de cantar uma música da minha própria autoria (música e letra), "Sono, sono, do soninho". Já maiorzinho, ele costumava adormecer com "Menininho Mandú", que eu aprendi com Vovó Zil e Bisa. Depois, ele passou a gostar de "Tudo, tudo, tudo", de Caetano, que eu resgatei via Palavra Cantada. Para essa música eu acabei fazendo a minha própria versão, digamos, personalizada. Atualmente, o que acontece é o seguinte. Deitamos e ele vai amolecendo. Ai proponho a cantoria: - Guga, vc quer música de Bisa ou música de vovó? Se ele pedir música de Bisa, ofereço duas opções, "Vou-me embora" ou "Tan, tan, tan". Geralmente ele escolhe a segunda. Se for música de Vovó, ele geralmente pede "Su, su". As letras vcs poderão acompanhar abaixo.
Sono, sono, do soninho
(Evie, letra e música)
Eu tou com sono, minha mamãe
Tou com sono, meu papai
Sono, sono, sono, do soninho
Sono, soninho
Sono, soninho
Tudo, tudo, tudo
(minha versão personalizada)
O meu Guguinha é bonitinho
O meu Guguinha é fofinho
O meu Guguinha é gostosinho
O meu Guguinha é lindinho
Paloma
(música de Vovó Zil, resgatada via Caetano no filme Fale com Ela, de Almodovar)
Su, su, ru, su, su
Palomaaaaaaaaaa
Ai, ai, ai, ai, ai
Palomaaaaaaaaaa
Vou-me embora
(música de Bisa, cancioneiro popular)
Vou-me embora que já descambou o sol (2X)
Capital é muito boa
Mas na roça é bem melhor
Tem razão da menina não ficar
Tem um bicho de 2 olhos que faz arrepiar
PG.: Quando veio de Salvador, em junho de 2010, Guga aprendeu a pedir essa música (Imbola, mamae!) Quando eu cantava, ele chorava, todo sentimental, como se tivesse com saudades de Salvador. E eu, ficava com o coraçao apertado de vê-lo chorar e também com saudades da minha avó. Hoje em dia ele não chora mais e já canta a música quase toda.
Tan, tan, tan, tan
(música de Bisa, autora da música e letra)
Tan, tan, tan, tan
Squitan, tan, tan
Tantantan, tan, tan
Squitan, tan, tan, tan, tan, tan, tan
Tan, tan, tan, tan
Squitan, tan, tan,
Squitan, tan, tan, tan, tan, tan, tan
PS.: Essa música é um clássico familiar. Todas os netos dela foram ninados com essa música. É a preferida de Guga para dormir.
Há também as músicas que não são de dormir, mas que fazem bastante sucesso aqui em casa. São cantigas que aprendi com os meus pais e minha avó paterna.
O pintor da boca torta
Tun, tun, tun
Quem bate na minha porta? (2x)
É seu Rafael, o pintor da boca torta
Sr. Rafael pode entrar e se sentar (2x)
A Sra. me diz o que tem para pintar (2x)
PS.: Essa música foi ensinada por minha avó paterna. Nessa época, a nossa casa passava por uma pequena e interminável reforma, fazendo com que eu e Evelyn ficassemos melhores amigas do pintor que, na minha fantasia infantil, era o próprio Sr. Rafael da música.
(Sem título)
Vc gosta de mim, ô Guguinha
Eu tb de vc, ô Guguinha
Vou pedir a seu pai, ô Guguinha
Para casar com vc, ô Guguinha
Se ele disser que sim, tratarei dos papeis
Se ele disser que não, morrerei de paixão, ô Guguinha
Palma, palma, palma, pé, pé, pé
Roda, Roda, Roda
Abraçarei quem quiser
(Sem título)
Ô Guguinha, vc não tem
Aqui nessa roda, quem te queira bem
Eu tenho, eu tenho, quem me queira bem
Eu tenho mamaezinha, ela é meu bem
PS.: Essas duas músicas me deixavam tristes quando eu era pequena. Melancolia infantil.
sábado, 11 de setembro de 2010
Guga e suas cantigas
Depois que viemos de Salvador, Guga virou um cantor de primeira. Por conta disso, me vejo na obrigação de registrar as suas versões dos nossos hits infantis.
Nana Neném
Nana Neném
Guga vai pegá
Mamãe tabaiá
PG.: Adorei a ênfase que ele deu no perfil trabalhador da mamãe. Juro que eu não canto dessa forma, até porque não costumo niná-lo com essa música. É coisa de Gênio, gente!
Alecrim
Alequim,
Quim douado
Schi schemeado....
PS.: Durante praticamente um ano essa música figurou nas nossas paradas de sucesso. Detalhe que o pai, que pouco conhecia músicas infantis, cantava Aimpim, ao invés de Alecrim. É quase um "trocando de biquini sem parar".
E agora, não poderia faltar a música mais cantada por ele, desde junho deste ano.
Joaquim
Ô Jaquim
Vem Cácuriá
Quesses nego fazenda?
Vem Cácuriá
PS.: Essa música nós aprendemos no dia da festa Junina da Lumiar, escolinha dele. Guga amou o evento, principalmente da programação musical, pois o Tutor Fábio (e banda) cantou várias músicas regionais do nordeste. E Guga, como bom filho de baiana, já sentiu a pressão! O encontro dele com essa música foi filmado e o vídeo é visto praticamente todos os dias, antes do horário de dormir. É uma tara.
Ah! Já ia me esquecendo da música de sua própria autoria.
Bia, Bia, Biaaaaá...
Lua, Lua, Luaaaaá...
PS.: Bia é a filha de Elaine, a Nani. E Lua, é a grande paixão desde o dia que fomos para o sítio de uma amiga e fiquei mostrando a lua para ele. No início ele a chamava de Oite (noite), mas agora sabe até as variações, cheia e minguante. Gênio.
Nana Neném
Nana Neném
Guga vai pegá
Mamãe tabaiá
PG.: Adorei a ênfase que ele deu no perfil trabalhador da mamãe. Juro que eu não canto dessa forma, até porque não costumo niná-lo com essa música. É coisa de Gênio, gente!
Alecrim
Alequim,
Quim douado
Schi schemeado....
PS.: Durante praticamente um ano essa música figurou nas nossas paradas de sucesso. Detalhe que o pai, que pouco conhecia músicas infantis, cantava Aimpim, ao invés de Alecrim. É quase um "trocando de biquini sem parar".
E agora, não poderia faltar a música mais cantada por ele, desde junho deste ano.
Joaquim
Ô Jaquim
Vem Cácuriá
Quesses nego fazenda?
Vem Cácuriá
PS.: Essa música nós aprendemos no dia da festa Junina da Lumiar, escolinha dele. Guga amou o evento, principalmente da programação musical, pois o Tutor Fábio (e banda) cantou várias músicas regionais do nordeste. E Guga, como bom filho de baiana, já sentiu a pressão! O encontro dele com essa música foi filmado e o vídeo é visto praticamente todos os dias, antes do horário de dormir. É uma tara.
Ah! Já ia me esquecendo da música de sua própria autoria.
Bia, Bia, Biaaaaá...
Lua, Lua, Luaaaaá...
PS.: Bia é a filha de Elaine, a Nani. E Lua, é a grande paixão desde o dia que fomos para o sítio de uma amiga e fiquei mostrando a lua para ele. No início ele a chamava de Oite (noite), mas agora sabe até as variações, cheia e minguante. Gênio.
Salvador, a realidade!
Gente do céu... Vou começar pelo final. Cheguei a pensar que era feliz em São Paulo e não sabia. Certas horas até deu saudades das reuniões, e-mails para responder, assuntos lights como preço de transferência, admissão temporária e tudo mais. Exageros à parte, a viagem foi bem melhor para Guga do que pra mim. Descancei nada! Por outro lado, Guga pintou o bordou, mostrou toda a sua genialidade e carisma para os familiares, e como não poderia deixar de ser, dirigiu todos os carros da frota. Vovô Jalba bradava aos quatro ventos o quanto as associações e capacidade dele de falar coisas eram incríveis! Enfim, todos se derreteram, mas apenas Nalim conseguia de fato entreter Guga a ponto de eu poder ficar minutos sozinha. Houve momentos memoráveis, como quando estávamos chegando da aeroporto na casa de Vovó Zil e Guga grita com as mãozinhas pro alto, XALVADOR!!! Outro ponto alto foi o momento em que todos os primos brincaram juntos, coisa linda de ver!!! Guga, no auge da viagem, começou a cantar músicas que não cantava (Nana neném, Alecrim), além de cantarolar sonszinhos sem sentido, demonstrando alegria. Por tudo isso, a viagem valeu bastante. Mas, numa ótica de mãe, como ser humano que precisa dormir, fazer cocô, xixi e sombrancelhas, a viagem foi uma nulidade. Voltei mais aborígene do que tinha ido. Necessidades fisiológicas na paz de deus ainda é artigo de luxo. Um dia eu consigo.
Momento de Stress.: Guga correndo freneticamente pelo aeroporto, em direção à esteira de raio x e eu atrás, com cabelos de Maria Bethânea e mochila escancarada! Lindo!
Chegou a hora!
Tudo arrumado, chego cedo do trabalho, pois tenho a sorte de estar numa das 100 melhores empresas para se trabalhar (o nosso feriado começa ao meio-dia), peço um rango na padaria e espero Guga acordar. Tudo como manda o figurino. Guga acorda e já apronta uma, vira uma lata de coca na cadeira da sala! A essa altura eu consegui a façanha de estar mini atrasada. Mas não desanimei. Entrei no taxi e rumei para Guarulhos. O trânsito infernal foi me deixando tensa. Mas não desaminei. Vamo que vamo, galera!!! Uhuuuu!!! Salvador vai me salvar!!!! Tudo certo no avião, Guga se comporta bem, mas conseguiu assustar o moço que viajaria do nosso lado, que prontamente tratou de se mudar para outra cadeira. Que fofo! Ficamos só eu e Guga, num latifúndio aéreo. Viagem tranquila.
P.G. – Guga reconheceu o aeroporto de GRU e dentro do taxi já perguntou por Sr. Thiago, o nosso taxista de praxe, que infelizmente não pode no levar dessa vez. Fico impressionada com essas associações do meu gênio.
P.G. – Guga reconheceu o aeroporto de GRU e dentro do taxi já perguntou por Sr. Thiago, o nosso taxista de praxe, que infelizmente não pode no levar dessa vez. Fico impressionada com essas associações do meu gênio.
Tomara que chegue logo!
Tava numa correria danada, cheia de coisa pra fazer na “firma”, assuntos e (pior) reuniões pipocando para todo lado, e só um pensamento me salvava e animava: SEXTA-FEIRA VOU PRA SALVADOR! Tudo vai ser diferente! Guga vai adorar, vai conviver com os avós, 3ª esposa do vovó, prima da mamãe e seu 2º marido, tias avós e seus maridos, sendo que uma já está no 3º, e primos!!! Enfim, eu tinha toda certeza do mundo dessa babel familiar, haveria alguma alma caridosa para me salvar do cansaço mental e físico que me abatia. É bom ter para onde ir, ter um segundo lar, eu pensava. Com a parentada tudo vai ser diferente! E tome-lhe esperança, tome-lhe pensamento positivo, tome-lhe botar inveja nos colegas de departamento! Afinal o ser humano é pirracento, e eu sou mãe, mas não sou santa! Até Guga tava ansioso. Chegou da escola na sexta feira e antes de entrar pela porta perguntou para Nani: “Xalvador”?
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Tuppewares e Tia Jú
Hoje recebemos a vista de Jú, amiga grávida de uns 5 meses, recém saída de uma fase de enjôos, começando a pensar no quarto do baby. Me comprometi a doar as ruínas do berço de Guga, que ela insiste em achar lindo. Enfim, gosto não se discute. Ela veio aqui e Guga se animou logo, afinal hoje em dia ele é uma criança super sociável, contrariando as expectativas (negativas, diga-se) de quando ele tinha uns 8 meses, fase em que ele estranhava tudo e todos. Foram estreitando a velha intimidade e quando me dei conta ele estava trazendo para a sala todos os potes de plástico que usamos para acondicionar as comidinhas e frutas dele (principalmente). O engraçado é que ele ia apresentando cada pote para Jú, se referindo exatamente às frutas que costumamos guardar. "Tipo assim", o pote com tampa laranja grande, ele falava Pote Uva, o com a tampa bege, meio baixo, Pote Melanxia, o com tampa amarela, Pote Mangã, e por ai vai. Gente, é incrível, eles aprendem mesmo quando não ensinamos! Isso é ótimo, pois tira uma grande ansiedade das mães de primeira viagem. Relaxemos, a vida ensina bastante, queiramos ou não. E dá-lhe os Tapaures!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
ó ar laranja!!!
Olha que engraçado. Cheguei tarde do trabalho e encontro Guga já com o pai, todo fofo, calminho, os dois brincando, numa harmonia só. Ele olha pra mim e já começa a demontrar os seus atos de rebeldia, "brincando" de bater e chutar, só pra testar a minha paciência. Vamos nessa toada, até que o caldo começa a engrossar, pq as brincadeiras de bater começam a ficar chatas. E nesse ponto, eu e o pai pensamos exatamente igual. Não devemos tolerar esse tipo de conduta, ainda que ele seja um bebê-menininho. Ele bateu no pai, que já mandou um mega esporro de volta. Guga fica com cara de assustado e começa a apelar para mim: - Mamãe, mamãe..Enfim, do alto da sua sabedoria construida nesses 1 ano e 9 meses de vida, ele sabe que se a mãe não salva, ninguém salva. E eu não salvei. Cara de brava, reforcei a bronca do pai. Ai só resta a ele seguir fingindo que nada aconteceu...Um pequeno cara de pau, esse meu menino. Propõe brincadeiras e tal e eu e o pai começamos a amolecer. Se perceber, já estavamos todos derretidos novamente. Criança é fogo! Deveriam dar consultoria para as empresas. Nessa brincadeira, eu e o pai olhamos para a cômoda (ou melhor, restos de cômoda) e vimos que os coelhinhos dados pelas avós estavam muquiados na última gaveta, cuja tampa já não existe mais. Falamos: - Guga, olhe os coelhinhos da vovó Cris e vovó Zil!!! Pega lá!!!. Ele viu a dupla e começou: - Xuco aanja. Aaanja. Eu e o pai nos olhamos e pensamos: - Como assim, laranja? Guga, vc quer dar suco pros coelhinhos? Vai lá, pega eles....E Guga só repetindo o mantra e apontado para a ruína de gaveta. Até que ele tirou um dos coelhinhos da frente e vimos praticamente uma plantação de laranja de verdade, escondida no fundo da gaveta. Autor: Guga. Gente, nessa hora a gente não aguentou. Rimos demais! A moda agora é muquiar frutas pela casa, nos buracos mais improváveis. Acho que ele fez isso de caso pensado. Quando eles (no caso, nós, os pais babões) estiverem putos comigo, lanço o truque das laranjas e fica tudo bem! E ficou! Demos beijocas e ficamos de bem novamente. Até o próximo ato de pugilismo, que ocorreu minutos depois.
Ps.: Nesse dia, euzinha, a mamãe saiu pra jantar com Julia e Cata. Tomei vinho, fiquei com boca roxa e o juizo mole. Aproveitei para escrever, pq bebada é muito mais fácil.
Ps.: Nesse dia, euzinha, a mamãe saiu pra jantar com Julia e Cata. Tomei vinho, fiquei com boca roxa e o juizo mole. Aproveitei para escrever, pq bebada é muito mais fácil.
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